PROIFES-Federação participa de Reunião da  Mesa Nacional de Negociação Permanente dos servidores federais

Na tarde desta terça-feira (25) o PROIFES, representado pelo seu presidente, professor Nilton Brandão, esteve presente na segunda reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente dos servidores federais. A reunião, que contou com a participação de diversas entidades representativas dos servidores públicos, tratou exclusivamente das normas infralegais elencadas como itens prioritários da pauta de reivindicações dos servidores. São elas: Instrução Normativa 02/2018; Instrução Normativa 54/2021; Licença para Exercício Classista; Consignação Sindical; Decretos 9262/2018 e 10.185/2019; Decreto nº 9991/2019; Decreto n° 0.620/2021;PEC 32e PL 252/2003. Durante o debate, o governo reforçou que a revogação das normas demanda um estudo mais aprofundado de diversas questões envolvidas no tema, se comprometendo a realizar essa análise, com o objetivo de atingir um ponto comum e de avanço entre o governo e os servidores.  No que diz respeito ao Decreto 10.620/2021, que trata da competência para a concessão e a manutenção das aposentadorias e pensões do regime próprio de previdência social da União, o governo informou que já encaminhou para todos os órgãos um decreto suspendendo o cronograma de transferência e que está trabalhando na elaboração de um órgão gestor único previsto na lei. “Tivemos uma reunião produtiva e creio que estamos avançando na resolução das demandas que impactam diretamente a vida dos servidores. O PROIFES, continuará presente nessa luta e buscando a imediata instalação da mesa de negociação setorial para que possamos discutir de forma específica a carreira e as perdas salariais dos docentes das universidades e institutos federais”, afirmou Nilton Brandão.

PROIFES-Federação participa de Encontro Regional da Rede de Mulheres Trabalhadoras da educação

Durante os dias 24, 25 e 26 de julho mais de uma centena de professoras participam em San José, na Costa Rica, do encontro Regional da Rede de mulheres trabalhadoras da educação da Internacional da Educação da América Latina (IEAL).  A diretora de direitos humanos do PROIFES-Federação, Fernanda Castelano, e a diretora de assuntos educacionais do EBTT, Rosangela Oliveira, estão no encontro representando a Federação. O evento,dividido em três dias, possibilita que as participantes compartilhem a atual situação de seus países e organizações, bem como conheçam as mais recentes iniciativas da REDE, com incentivo para participação nos espaços de formação. Programação Na segunda-feira (24), primeiro dia do encontro, ocorreu uma apresentação a respeito da Convenção 190 sobre violência e assédio no mundo do trabalho por Larraitz Lexartza, Oficial de Gênero da OIT para América Central, Panamá, República Dominicana e Haiti. No restante do dia, participantes de cada organização falaram sobre a situação política nos seus países e a situação dos direitos das mulheres e da igualdade de género.  Na oportunidade, Fernanda Castelano e Rosângela Oliveira deixaram sua contribuição e compartilharam as experiências vividas como mulheres sindicalistas.  “O encontro tem como principal objetivo, o empoderamento das mulheres para que sejamos multiplicadores da força das mulheres latino-americanas na política sindical e no trabalho social, são três dias de muito debate e reflexão em torno das principais questões que atingem as mulheres no trabalho da educação no nosso continente”, afirmou a diretora de direitos humanos do PROIFES, Fernanda Castelano. Nesta terça-feira (25), houve uma sessão plenária, onde um grupo de deputadas brasileiras compartilharam suas experiências com os participantes. A deputada Bia Lima (PT/Goiás), falou sobre a necessidade de empoderamento das mulheres para a participação e a ação política.  Posteriormente, foi realizada a apresentação do Observatório da REDE: Sumemos Igualdad, um novo site que trará atualizações relacionadas com a igualdade de género no mundo do trabalho e especificamente para o setor da educação. O resto do dia foi dedicado a dois workshops, “ A opinião pública também é nossa: a comunicação para as mulheres sindicais”, focado em fornecer às participantes ferramentas básicas de comunicação que permitam aos professores posicionar seus temas e agendas dentro e fora de suas organizações e gerar reflexão sobre a necessidade de dar visibilidade ao trabalho das mulheres nas organizações. O outro workshop, denominado “Tocar, bailar y cantar en clave sindicalista con Tocá el Tambó” procura explorar o potencial da música em espaços de protesto social, permitindo aos participantes construir um slogan que será partilhado com o resto da plenária no final do dia. Por fim, no último dia haverá uma exposição relacionada com a campanha da EI “¡Por ​​​​la Pública! Escola Criamos” , que se opõe à privatização da educação e ao comércio educacional e busca reivindicar maior financiamento do Estado para a educação pública, pelo Observatório Latino-Americano de Políticas Educacionais (OLPE). Antes do encerramento da atividade, o Escritório Regional fará o lançamento oficial do volume 9 da Revista RED, que este ano se dedica à sobrecarga de tarefas da mulher e aos desafios da conciliação trabalho, união e vida familiar. Confira o relato da professora Fernanda Castelano a respeito do encontro:

Conselho Deliberativo do PROIFES dá andamento nas propostas apresentadas durante o XIX Encontro Nacional da entidade

Na manhã deste sábado (22) o Conselho Deliberativo do PROIFES-Federação se reuniu,ainda em Salvador, com o objetivo de dar andamento a uma média de 200 propostas apresentadas e aprovadas pelos participantes do  XIX Encontro Nacional da Federação.  O encontro Nacional teve quatro eixos de debate que discutiu temas importantes para a educação pública brasileira como a elaboração do Plano Nacional de educação, valorização da carreira EBTT, os desafios do movimento sindical e da comunicação, a defesa da universidade pública e desafios futuros do PROIFES-Federação dentro do movimento docente. “Tivemos um encontro amplo que abraçou temas pertinentes para a defesa da educação pública, democrática e de qualidade,bem como a valorização da carreira dos docentes das universidades e institutos federais. A partir das mais de 200 propostas apresentadas no encontro a Federação irá desempenhar de forma mais efetiva o seu papel de defesa da educação no Brasil”, afirmou o presidente do PROIFES, professor Nilton Brandão Eixos de debate do XIX Encontro Nacional O encontro Nacional do PROIFES teve início na quarta-feira (19) e teve como pauta a discussão de quatro eixos: PNE-Enfrentamento da questão pública x privado: Mercantilização e disputa ideológica; Desafios do movimento sindical frente ao novo governo; Reestruturação sindical e o futuro do PROIFES e Carreira, salários, previdência, condições de trabalho e democracia interna das IFS. Além disso, na quinta-feira (20) o PROIFES lançou em parceria com a Internacional da Educação na América Latina a campanha contra a privatização da educação.

Chega ao fim o XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação, em Salvador/BA

O XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação reuniu mais de 200 convidados, entre delegações de 13 estados federados, diretores, autoridades, observadores e equipe de trabalhadores. Após três dias de um amplo debate na capital baiana, o XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação se encerrou na noite desta sexta-feira, 21, apontando os rumos da educação pública no Brasil. As discussões tiveram como norte quatro eixos que impactam no cotidiano dos docentes, universidades públicas e instituições federais como a luta contra a privatização da educação, reestruturação sindical, assuntos de valorização profissional, carreira e previdência. Como anfitriã do evento nacional, a presidenta da APUB-Sindicato, Marta Lícia de Jesus, saudou as delegadas e delegados dos sindicatos federados e as equipes de trabalho. “Construímos o Encontro do PROIFES com muito zelo e carinho para discutirmos os eixos. Política se faz com emoção”, manifestou. Lúcio Vieira, secretário geral do PROIFES-Federação, agradeceu a companhia da professora Marta na condução da mesa e reconheceu a eficiência das pessoas que organizaram o evento. Também comentou sobre a retomada da democracia no País. “Sinto-me orgulhoso em fazer parte desse grupo do PROIFES, entidade comprometida com a defesa da educação pública e da democracia”, ressaltou. Para Wellington Duarte, vice-presidente do PROIFES-Federação, a qualidade do XIX Encontro Nacional significa o compromisso dos docentes com o futuro da educação pública. “A Federação é a melhor forma de organização do movimento docente. Longa vida!”, destacou. Nilton Brandão homenageou os trabalhadores do PROIFES e da APUB-Sindicato. Salientou ainda, a importância do Seminários de Comunicação, que realizou sua quinta edição em Salvador/BA. “Tenho a convicção que a cada ano estamos subindo um degrau no futuro da Federação. Quem faz o PROIFES não é a diretoria, mas é o que representa cada delegado. Longa vida ao PROIFES-Federação!”, celebrou. Carlos Cancellier presente O plenário aprovou por unanimidade a moção “Que nunca se esqueça para que nunca mais aconteça” (Projeto Memórias Reveladas), de autoria do professor Joviniano Carvalho Neto da APUB-Sindicato. O documento refere-se ao reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier, alvo da Operação Ouvidos Moucos em 2017. “Respeito à Vida e à Autonomia Universitária. Cancelier Presente! Foi aprovada ainda, a Moção de Repúdio contra as Altas Taxas de Juros praticadas no País pelo Banco Central Independente de Roberto Campos Neto, proposta pelo professor Jairo Bolter, presidente da ADUFRGS-Sindical. Conforme aclamado pelo plenário, será construída ainda a Carta de Salvador. Nos informes, o professor Carlos Alberto Marques, diretor de Políticas Educacionais do PROIFES-Federação e dirigente da APUFSC apresentou a agenda do Fórum Nacional de Educação, que terá Conferências Municipais e Estaduais de Educação ainda neste ano e a Conferência Nacional em 2024, na capital federal. A professora Flávia Bezerra da ADUFSCAR comemorou a equidade de gênero em todas as mesas do XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação. “Trata-se de uma conquista do GT Feminismo que trabalhou essas questões”, afirmou.

Carreira, Salários, Previdência, Condições de trabalho e Democracia interna das IFES foram temas do último eixo de debate do XIX Encontro Nacional

O último eixo temático do XIX Encontro Nacional do PROIFES teve como tema “Carreira, Salários, Previdência, Condições de trabalho e Democracia interna das IFES” e contou com textos de 51 autores e autoras, divididos em 25 propostas para apreciação do plenário e devidos encaminhamentos. A coordenação da mesa ficou com Flávia Bezerra (ADUFSCAR) e Geci Silva (ADUFG E PROIFES). No primeiro item, Gilka Pimentel, diretora de comunicação da federação e de assuntos do EBTT da ADURN contextualizou todos os setores da EBTT – escolas de aplicação, colégios militares, escolas técnicas vinculadas e institutos federais – para serem incorporados na agenda estratégica da federação. Na sequência, Dimitri Taurino Gomes (ADURN) apresentou uma reflexão sobre o processo de precarização docente que desde 2016 se aprofundou, sendo piorado na pandemia e que, aliado a uma lógica produtivista, acarretam um nível de adoecimento aos docentes tanto mental quanto físico. Ele propôs também que estes pontos fossem incorporados à agenda estratégica do PROIFES. Adnilra Sandeski (SINDIEDUTEC) demonstrou que a PEC 555/2006 precisa ser contemplada mais intimamente nas discussões da federação pois o projeto anula a cobrança de contribuições previdenciária sobre os proventos de aposentadoria e pensões. Clarisse Paradis (APUB), tratou da luta de estruturação do campus como um contexto par pensar a defesa dos serviços públicos em geral, como transporte que leva os alunos e trabalhadores as instituições de ensino e o SUS que garante ensino aos residentes, por exemplo. De acordo com ela, é preciso pensar os modelos de educação pública junto com outros serviços. Joviniano Neto reforçou a aposentadoria, como parte fundamental da carreira e deu enfoque para o aumento de representatividade que a pauta dos aposentados vem ganhando na federação. Maria Elizabeth da Silva (APUB), que colocou que é preciso aproveitar o atual momento político para dar maior atenção e importância às atividades de extensão visando maior financiamento a desburocratização de implantação de projetos extensionistas. Leopoldina Menezes, também da Bahia, solicitou que haja um aumento de atenção e cobrança sobre a aplicação da Lei de Cotas em concursos públicos já que, de acordo com a professora, diversas vezes as determinações legais não são cumpridas. Ana Lúcia Góes colocou que atrás da sub representatividade de mulheres dentro da academia e da realidade da divisão sexual do trabalho, existem condições que pioram a situação das mulheres: negras e mães têm o menor índice de representação na academia. Por isso, o texto propõe que se criem ambientes no meio acadêmico e sindical que sejam acolhedores para estas realidades. Manoel Marcos Neto (APUB), tratou da questão do envelhecimento da população brasileira e a falta de políticas públicas que acompanhem a mudança demográfica no Brasil. Carlos de Souza, também da Bahia, tratou do reajuste do teto da carreira docente e foi apresentado por Carlos de Souza. Luciana Pinheiro (ADUFRGS) e tratou da democracia nas IFES para eleição de reitores e de como a Lei 9192 foi interpretada de maneira torpe no governo Bolsonaro. O GT Carreira do PROIFES Federação assinou uma proposta em que um dos pontos é um reajuste anual que reponha a inflação do ano anterior. Ainda no mesmo tema, Maria José Dias, (ADUFG) fez uma reflexão sobre a carreira dos trabalhadores EBTT da Educação Infantil. Márvio de Medeiros (ADURN), propôs trazer o olhar da federação para a inclusão digital da categoria de aposentados como meio de socialização. Ana Kratz (ADUFG) atentou para o papel dos sindicatos federados na articulação em meio parlamentar para frear as perdas de direitos de trabalhadores que já não estão mais na ativa. A Resolução 190 da OIT também foi abordada por um texto de construção coletiva do Núcleo Sindical de Base do SINDIEDUTEC de Assis Chateaubriand. Apresentada por Tatiane Marttinazzo, a proposta pretende colocar o tema em pauta na federação. Ana Maria Trindade, também do Paraná, fez as propostas 17, 18 e 19, onde contextualizou as reformas previdenciárias e seus reflexos na carreira docente, os atuais formatos do RSC nas IFES e Colégios Militares e a Educação Militar, fetichizada pelo governo Bolsonaro, mas que na realidade carrega distorções sobre o que seria um ensino de qualidade. Flávia Bezerra de Menezes (ADUFSCAR) propôs pensar o papel do PROIFES diante da divisão de classes baseada no gênero e na estrutura interna das IFES. Apresentando uma pauta mais jurídica da assessoria da federação, Francis Bordas (Bordas Advogados Associados) expôs a situação dos precatórios que em 2026 deve fechar, no mínimo, 112 bilhões de reais em dívida pública. Liciene Dias (ADUFG) também colocou as cotas como ponto central para a reafirmação e ampliação da democracia nas IFES. Para ela também é papel dos sindicatos e federação, assegurar o cumprimento das leis de inclusão racial dentro das instituições de ensino. Ana Karin (ADUFRGS) propôs pensar a curricularização da extensão por se tratar de uma face da Educação Pública Federal que tem om potencial de diálogo com a sociedade singular. Mariliz Guterrez, também do Rio Grande do Sul falpu sobre o bem estar mental do aposentodos. A Tarde terminou com Romeu Bezerra (APUFSC) comentando sobre a impressão atual que se tem de que as universidades são apenas meios para que interesses específicos de indivíduos sejam alcançados, quando na verdade são espaços de discussão social que devem ser diversos e plurais.

Nota: GT Ciência e Tecnologia do PROIFES-Federação

A Federação de Sindicato de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico – PROIFES, entidade de referência na luta em defesa dos direitos inerentes à educação e à carreira do magistério, vem manifestar sua inconformidade com as notícias vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, que apontam uma possível mudança de liderança da pasta, para satisfação de interesses de acomodação de apoios no Congresso, o que colocaria em risco a continuidade do atual projeto. Cumpre observar que, em passado recente, o MCTI foi ocupado por um governo negacionista e reacionário, que praticou contra a ciência e a razão atos que tiveram graves consequências,  em dimensões institucional e humanitária. O MCTI tem a função de estruturar e executar os principais instrumentos de incentivo e fomento à pesquisa e ao ensino científico nacional, de forma que a escolha da equipe gestora do Ministério não pode ser pautada por interesses de cargo e poder. Por fim, neste momento de reconstrução do tecido institucional do País, é preciso considerar a fundamental importância das políticas de desenvolvimento científico e tecnológico para a realização de um projeto nacional sustentável na economia e solidamente alicerçado nos valores da democracia e da justiça social. PROIFES – FEDERAÇÃO

Estratégias para o fortalecimento da Federação foi tema de discussão no eixo 3 do Encontro Nacional do PROIFES

Reflexões e propostas para ampliar a democratização interna e o fortalecimento da Federação no movimento sindical foram questões centrais debatidas no Eixo 3 do XIX Encontro Nacional do PROIFES, na manhã de hoje (21). A mesa com o tema “Reestruturação sindical e o futuro do PROIFES-Federação” foi coordenada pela professora Marta Lícia Teles (presidenta da Apub) e pelo professor Lúcio Vieira (ADUFRGS/secretário geral do PROIFES); foram apresentados 14 textos com propostas a serem integradas nas ações da entidade. Dentre as temáticas abordadas também se destacou a questão dos direitos humanos e sua transversalidade como meio de democratizar as instâncias e a política da Federação, especialmente relacionada às desigualdades de gênero no movimento sindical. Foi ressaltada a importância das ações da diretoria de Direitos Humanos do PROIFES, que no último ano promoveu o curso sobre feminismos para as/os docentes, reverberando na qualidade e assertividade das formulações apresentadas. Nesse sentido, foram aprovadas uma série de propostas que visam contribuir com o avanço dessa pauta.  O sindicalismo, suas formas organizativas, as ameaças e oportunidades, assim como sua interface com o novo período político nacional também apareceram nas apresentações. As professoras e professores também debateram o papel do movimento docente na reconstrução democrática, cultural e econômica do país. Ainda, foi discutida a centralidade da comunicação sindical, compreendendo-a como instrumento para incidir na política e nas relações de poder, referenciando o V Seminário de Comunicação do PROIFES, realizado no último dia 18, antecipando o Encontro; a defesa da ciência e tecnologia e o combate ao negacionismo pelo movimento sindical docente; e a necessidade de investir em formação política constante e ampliada. O XIX Encontro Nacional do PROIFES continua na tarde de hoje com o debate do último eixo, que discutirá as questões de carreira, salários, previdência, condições de trabalho e democracia interna das IFES. 

Docentes debatem os desafios do Movimento Sindical em mesa do XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação

Após seis anos de retrocessos, sobretudo para a Educação brasileira, o Encontro Nacional do PROIFES-Federação volta a acontecer em um momento que proporciona não só para os docentes, mas também para os demais trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, uma janela de oportunidade para a retomada de avanços. Diante disso, quais são os desafios do Movimento Sindical frente ao novo governo? Essa foi a questão que os delegados e delegadas que apresentaram textos no Eixo 2 buscaram responder durante a tarde desta quinta-feira (20). Sob a coordenação do vice-presidente do PROIFES-Federação e diretor do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, e da diretora do ADUFG-Sindicato, Geovana Reis, foram apresentadas 15 teses com propostas de encaminhamentos para a Federação. Os textos abordaram diversos temas, como a defesa da universidade pública; o papel da extensão; fake news e os desafios da comunicação sindical; a independência dos sindicatos; Reforma do Ensino Médio; entre outros.  A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 555/2006, que trata do fim da contribuição previdenciária para aqueles e aquelas que já estão aposentados, também foi abordada durante as discussões. A ideia é que o PROIFES-Federação intensifique o trabalho pela aprovação da PEC.  Em todas as exposições um consenso: a Democracia não está consolidada no Brasil. Nesse sentido,  foram apresentadas diversas propostas com o objetivo de fortalecê-la  e reforçando a necessidade de manter a autonomia dos sindicatos diante do governo. Todas as propostas apresentadas foram debatidas e votadas pelos delegados e delegadas presentes e, as aprovadas, serão encaminhadas para avaliação do Conselho Deliberativo do PROIFES-Federação, que vai se reunir no próximo sábado (22). Além dos encaminhamentos, os docentes aprovaram três moções: em defesa do Ministério da Ciência, Tecnologia & Inovação (MCTI); em defesa da redução da taxa de juros e da retomada do processo de desenvolvimento; e em defesa da memória do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier. Os documentos serão disponibilizados posteriormente no site do PROIFES-Federação. “Tivemos uma mesa bem produtiva, com 45 propostas aprovadas, o que demonstra que os docentes estão ligados com as pautas da educação. Agora as propostas serão encaminhadas pelo Conselho Deliberativo da Federação para que saíamos fortalecidos desse processo”, afirmou Wellington Duarte. O XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação segue até amanhã (21), na cidade de Salvador/BA. Acompanhe a cobertura completa do evento nas redes do PROIFES e dos sindicatos federados.

Plano Nacional da Educação e enfrentamento entre público e privado são discutidos no XIX Encontro Nacional do Proifes

Eixo I teve 12 textos apresentados que trataram, entre outros temas, do financiamento da educação, formação docente e diversidade A mesa do Eixo I discutido no XIX Encontro Nacional do Proifes-Federação foi conduzida por Carlos Alberto Marques, diretor de Políticas Educacionais da entidade, membro do Fórum Nacional de Educação (FNE) e ex-presidente da Apufsc-Sindical, e Raquel Nery, diretora de Seguridade Social do PROIFES e diretora da Apub-Sindicato,na manhã desta quinta-feira, dia 20.  No total, 12 professoras e professores apresentaram suas propostas neste eixo, que teve como tema o Plano Nacional de Educação (PNE), enfrentamento da questão pública x privado: mercantilização e disputa ideológica. Ao abrir os trabalhos, Bebeto e Raquel explicaram a dinâmica da mesa. Depois, todos os autores apresentaram seus textos. Ao final, se discutiram as propostas e foi realizada votação.  O primeiro texto foi “A barreira simbólica – Universidade estranha às causas populares”, de Lúcio Vieira. Depois, Reginaldo Soeiro falou sobre “Vagas Remanescentes das IEs públicas e a relação com as verbas da educação destinadas ao Fies”. “Desafios da educação frente às políticas educacionais ainda em vigência” foi o tema do texto de Andréa Hack, Eliane Gonçalves, Marta Lícia Teles Brito de Jesus e Silvia Maria Leite de Almeida. Silvia também apresentou o texto “Fortalecer o FNPE: O PNE em disputa”. Bebeto Marques apresentou o texto “Por uma reforma da universidade”, produzido coletivamente pela delegação da Apufsc-Sindical para o XIX Encontro Nacional do Proifes-Federação. Na sequência, Isabelle Maria Mendes de Araújo falou sobre “Novo arcabouço fiscal e desafios para o financiamento da educação pública”.  “A mercantilização da educação nacional e o risco para os campi avançados da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica” foi o assunto do texto de Gabriel Augusto Cação Quinato e Marcos Paulo Rosa. Já Maria Cristina Martins tratou dos “Desafios da educação pública”. “Evasão no ensino superior público do Brasil: Debate necessário” foi o tema do texto de Oswaldo Gomes Corrêa Negrão. Depois, foi abordado o “Massacre neoliberal contra a educação: propostas para o enfrentamento do extremismo de direita nas instituições de ensino”, de Rogério Martins Marlier. Douglas Verrangia tratou de “Diversidade nos campi como base para a defesa da universidade pública, laica, gratuita e de qualidade”. Depois, Fernanda Castelano Rodrigues falou sobre “A universidade como direito: Desafios para uma nova Política Nacional de Educação”. O último texto do Eixo I foi “A necessidade de construção do novo PNE”, de Geovana Reis. Depois da apresentação dos textos, foram lidos pela mesa os blocos de propostas por categorias: PNE; financiamento para manutenção e/ou expansão da educação pública; formação e valorização; participação, gestão democrática da educação e reforma universitária; legislação e normas; EPT e EBTT; e valorização da diversidade. Após  a leitura das propostas de cada bloco e de discussão, foi aberta a votação – que em alguns casos ocorreu em bloco e em outros individualmente. “Respeitar aquilo que veio das bases dos sindicatos: esse é nosso esforço”, ressaltou Carlos Alberto.

XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação lança campanha contra privatização da educação pública na América Latina

Iniciativa também tem como objetivo promover a defesa de mais recursos para o ensino público; Discussão reuniu especialistas em educação do Brasil e outros países O PROIFES-Federação e a Internacional da Educação para a América Latina (IEAL) lançaram nesta quinta-feira (21/07), uma campanha contra a privatização da educação. A iniciativa também tem como objetivo defender mais recursos financeiros para o ensino público em todos os seus níveis. A campanha foi apresentada durante a programação do XIX Encontro Nacional do PROIFES, que ocorre até sexta-feira (21), em Salvador, na Bahia. Na ocasião, a vice-presidente da IEAL, Fátima Silva, destacou que a iniciativa deve ser movida pela defesa da educação pública. “Nossa campanha defende a formação humanista, que tenha a pessoa como centro do processo ensino-aprendizagem. As tecnologias precisam ser incorporadas como meio e não como final”, destacou. Fátima também falou sobre o contexto econômico do ensino. “Quando temos mais recursos, também temos como garantir autonomia, soberania e valorização. Precisamos nos unir para conseguir avançar nas pautas em defesa da educação e dos serviços públicos”, defendeu. O debate sobre os problemas enfrentados com a privatização da educação também contou com a participação da secretária de Relações Internacionais da Federação Nacional de Docentes Universitários da Argentina (Conadu), Yamile Socolovsky. “O ensino não pode ter como base ou ser pensado sob o aspecto neoliberal. Vejo com muita preocupação essa força da privatização. É fundamental adotar estratégias para enfrentar esse problema. Afinal, educação é sinônimo de soberania”, disse. Para o secretário-geral da Federação Nacional de Docentes Universitários da Argentina (CONADU), Carlos de Feo, a mobilização dos trabalhadores será decisiva para evitar retrocessos. “Creio que a América Latina se prepara para uma época de fortalecimento dos movimentos populares”. O diretor de Relações Internacionais do PROIFES, Eduardo Rolim, que coordenou o debate, também ressaltou a importância da mobilização. “Os trabalhadores precisam se organizar internacionalmente. Por isso nossa entidade tem buscado ter uma atuação internacional cada vez mais forte para enfrentar os desafios do presente e do futuro”, declarou. Antes do debate, o presidente do PROIFES, professor Nilton Brandão, apresentou o novo livro que será lançado pela entidade: Relações Internacionais do PROIFES. A obra relata as ações da entidade em âmbito internacional e conta com entrevistas com lideranças de diversos países. “A história passa e precisa ser contada. As futuras gerações devem saber o que temos feito por nós e por elas. O livro é um resgate da nossa trajetória”.