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O que há de novo?

Ciência, Tecnologia e Inovação são temas do eixo II do XX Encontro Nacional do PROIFES-Federação

A segunda mesa de discussão da tarde desta quinta-feira (21) no XX Encontro Nacional do PROIFES-Federação abordou “O compromisso do PROIFES-Federação com a defesa da Ciência, Tecnologia e Inovação”, tema do Eixo II, com mediação do integrante do GT de Ciência e Tecnologia do PROIFES, Dárlio Inácio e coordenação do diretor de Ciência e Tecnologia, Ênio Pontes.

Ênio recordou o início do GT Ciência e Tecnologia e fez uma apresentação sobre o tema do eixo, onde começou abordando os desafios orçamentários que a área enfrenta. “São cortes orçamentários no CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), na CAPES (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que afetam bolsas e limitam pesquisas”, apontou. 

De acordo com o diretor, há instabilidade na política de investimento que impacta na pesquisa e inovação no país, resultando na chamada “fuga de cérebros”, onde perdemos um “irreparável capital humano”. Existe, ainda, uma demanda reprimida pelas dificuldades enfrentadas pelos estudantes. Outra urgência está no investimento em pesquisa ambiental, como foi possível observar no contexto climático recente no Brasil e no Rio Grande do Sul. Nesse sentido, considera importante a participação do GT na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá no Pará, em 2025. 

Outro tema levantado foi a importância da comunicação científica. “É importante conscientizar a sociedade por meio da educação, para que entenda o quanto é necessário investir na área”, refletiu.

Sobre o papel do PROIFES em CT&I, Ênio fez um relato sobre a ativa participação da entidade nos fóruns e na defesa do setor. Concluiu com um “chamado à ação”, destacando a importância da mobilização coletiva e de uma proposta de ação concreta.

A seguir, Dárlio Inácio recordou a importância do tripé “ensino, pesquisa e extensão” e comentou o esvaziamento dos sindicatos, considerando que a defesa da CT&I pode atrair mais adeptos.

Antes de abrir para os debates, a professora Bárbara Coelho, integrante do Grupo de Trabalho, foi chamada para uma apresentação onde destacou os debates do GT relacionados à inteligência artificial (IA) e em como os sindicatos podem participar dessa discussão. 

Bárbara comentou os ataques de desinformação no contexto da greve deste ano na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e as técnicas que foram utilizadas nesse cenário. A partir dessa perspectiva, indicou alguns pontos de atenção sobre o papel dos sindicatos de docentes. Um dos pontos foi o da defesa dos direitos trabalhistas e a proteção ao emprego, assim como das funções acadêmicas nas universidades e como lidar com a automatização.

Outro tópico foi o da necessidade de promover uma educação democrática e inclusiva, tendo em mente o recente lançamento do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), além de eventos do PROIFES em parceria com a ADUFEPE e com o GT da APUB sobre o tema. 

A docente destacou a inteligência artificial para o desenvolvimento social, e considerou que um aspecto que vem chamando a atenção foi o da inclusão. “A tecnologia tem que ser inclusiva”, afirmou.

O fomento ao desenvolvimento ético da pesquisa sobre inteligência artificial é outro ponto que indicou como importante para a participação dos sindicatos. “Não podemos ser isentos”, opinou. Bárbara falou sobre o impacto da IA no que chamou de “contexto de desordem informacional” na perspectiva dos sindicatos.

Para além do ciclo de IA, falou sobre oportunidades de editais de produtividade, comentando o quanto o comparativo entre regiões do país mostra a discrepância de recursos.

O XX Encontro Nacional do PROIFES-Federação vai até sexta-feira (22), encerrando na parte da tarde.

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