Reajuste Salarial – Conselho deliberativo do PROIFES emite resolução para os sindicatos federados

No último sábado (11) o Conselho Deliberativo do PROIFES-Federação se reuniu para avaliação da proposta de reajuste apresentada pelo governo na última reunião da Mesa Nacional de Negociação permanente realizada na sexta-feira (10). Após a avaliação o Conselho emitiu resolução com encaminhamentos aos sindicatos federados. Os membros do CD chegaram ao consenso de que a nova proposta do governo mantém as bases daproposta feita em 16 de fevereiro e de que a elevação do índice percentual para 9% (a serem pagos a partir de maio) é apenas efeito da postergação do início da aplicação de reajuste na folha de pagamento, considerando insuficiente a proposta apresentada pelo governo. Diante do quadro político, orçamentário e negocial, o CD orienta os Sindicatos federados a realizarem consultas às suas bases, de acordo com as especificidades de cada entidade, sobre essa nova proposta do governo, até o dia 15/03. Além disso, solicita que os Sindicatos federados enviem relatório por escrito, quantitativo e qualitativo, sobre as consultas, para que dê suporte à Federação nos encaminhamentos finais. Confira a resolução completa:

Reajuste salarial: Governo apresenta contraproposta de reajuste de 8,4%

Nesta sexta-feira (10/03) foi realizada a terceira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente com o governo federal e entidades representativas dos servidores públicos, dentre elas o PROIFES-Federação, para apresentação de contraproposta de reajuste salarial. O Secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público, Sérgio Mendonça, apresentou a contraproposta de reajuste de 8,4% com início no mês de abril. Em relação aos auxílios, foi mantida a proposta de reajuste de 43,6 % no vale alimentação ,para os demais auxílios não houve proposta. Sérgio Mendonça explicou ainda a tramitação do reajuste que não poderá ser realizado por meio de Medida Provisória. “ A proposta apresentada excede o limite financeiro previsto e o reajuste terá que ser encaminhado por meio de um projeto de lei a ser aprovado nas duas casas do Congresso Nacional, Câmara e Senado. Havendo acordo entre o executivo e as carreiras iremos trabalhar de forma ágil para que o reajuste já aconteça a partir de abril”, afirmou Sérgio Mendonça. A proposta oficial será encaminhada pelo governo para que as entidades discutam com as bases o que foi apresentado. Na próxima semana, haverá nova reunião da mesa para encaminhamento da resposta apresentada pelos servidores. “Reconhecemos o esforço do governo, mas saímos da reunião frustrados, uma vez que a proposta está distante do que foi reivindicado pelos servidores. Levando em consideração a proposta apresentada em fevereiro, não tivemos nenhum avanço considerável” afirmou o Secretário do PROIFES, professor Lúcio Vieira.   Com a nova proposta apresentada nesta sexta-feira, o Conselho Deliberativo do PROIFES irá se reunir neste sábado (11) para avaliação e encaminhamentos aos sindicatos federados. Participaram da reunião, o secretário do PROIFES, Lúcio Vieira, o diretor tesoureiro, Flávio Silva, o diretor de assuntos jurídicos, Jailson dos Santos e Geovana Reis, participante do Conselho Deliberativo da entidade.

Ministério da Gestão edita nova portaria sobre redistribuição de cargos

Norma revoga a Portaria nº 10.723/2022, mas cria parâmetros visando atender determinações do TCU sem inviabilizar a redistribuição de cargos O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) publicou, nesta sexta-feira (10/3), nova Portaria que altera as regras para redistribuição de cargos efetivos na Administração Pública Federal, em conformidade com as determinações elencadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em seu Acórdão nº 1.176, de 2022. A norma revoga a Portaria SGP/SEDGG/ME 10.723, de 19 de dezembro de 2022, e estabelece novas orientações e procedimentos aos órgãos e entidades do Executivo Federal. A Portaria foi elaborada de forma a atender o principal requisito para sua efetivação, que é o interesse público. A redistribuição é reconhecidamente um importante instrumento de gestão de força de trabalho no âmbito da Administração Pública Federal, que permite ajustes de lotação de cargos e força de trabalho, adequando-se às necessidades para a melhor prestação de serviços públicos. No último dia 23, o PROIFES- Federação, representado pelo seu presidente , professor Nilton Brandão e algumas entidades que representam a educação, SINASEFI, ANDES, FASUBRA e CONDSEF se reuniram com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos para discutir a revogação da Portaria nº 10.723/22. “Com a nova portaria em vigor, O PROIFES-Federação cumpriu seu papel de defender os interesses dos docentes das universidades e institutos federais”, afirmou Brandão.   A nova norma trouxe, entre outras, as seguintes orientações: a) inclusão da regulamentação da redistribuição de cargos vagos; b) participação e inclusão da competência do órgão central do Sipec na redistribuição de cargo vago, cuja competência é do titular do órgão central do Sipec, conjuntamente com os órgãos e entidades da Administração Pública Federal, nas situações em que envolver cargos vagos; c) possibilidade de redistribuição quando houver concurso público vigente ou em andamento, desde que não seja para cargo de mesma especialidade ou área de conhecimento; d) possibilidade de redistribuição somente se o servidor não tiver sido redistribuído nos últimos três anos; e e) o servidor só poderá ser redistribuído caso tenha cumprido os três anos de estágio probatório. A nova Portaria reforça ainda em seu texto todos os requisitos para a redistribuição de cargos que estão previstos na Lei 8.112/1990. O secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, destacou a importância da revisão das regras e salientou que os critérios estabelecidos seguem as recomendações do TCU. “Essas alterações foram necessárias visto que a Portaria 10.723/2022 restringiu-se a cargos efetivos ocupados, além de vedar a redistribuição caso houvesse concurso vigente para qualquer cargo, o que veio a inviabilizar o instituto da redistribuição”, avaliou. “Tivemos o cuidado de seguir todas as orientações do TCU, mas de modo a possibilitar que esse importante instrumento de gestão pública continue sendo utilizado”, finalizou. Fonte: Ministério da Gestão e Inovação em serviços públicos

08 de março: Governo Federal anuncia ações voltadas para as mulheres

Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (08), Dia internacional da mulher, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou atos, decretos e projetos de lei voltados para a valorização da mulher. Entre as medidas divulgadas está o envio ao Congresso Nacional de um projeto de lei que visa garantir o pagamento pelo empregador de salários iguais para homens e mulheres que exercem a mesma função.  O presidente avaliou que, diante de um contexto de diversas formas de violência contra as mulheres, é dever do Estado e de toda a sociedade enfrentar cada uma delas. Lula destacou o papel importante que as 11 ministras exercem no seu governo e classificou o respeito às mulheres como um valor inegociável. “Nada, absolutamente nada justifica a desigualdade de gênero. A medicina não explica. A biologia não explica. A anatomia não explica. Talvez a explicação esteja no receio dos homens de serem superados pelas mulheres. É isso que não faz sentido algum. Primeiro porque as mulheres querem igualdade, não superioridade. Segundo porque quanto mais as mulheres avançam, mais o país avança. E isso é bom para toda a população.”, afirmou Lula. Pacto contra a misoginia A ministra das mulheres, Cida Gonçalves declarou o propósito do governo de marcar o dia 8 de março com políticas públicas para enfrentar violência e promover igualdades de gênero, autonomia econômica e saúde integral das mulheres. Cida informou que o governo lançará um pacto nacional de enfrentamento ao feminicídio com ações casadas com os estados. “Minha esperança nunca foi maior em pôr um fim nas desigualdades que nos matam”, afirmou. Medidas anunciadas Confira algumas das medidas anunciadas pelo governo nesta quarta-feira: Formação O governo informou a abertura de vagas em cursos e programas de educação profissional e tecnológica para 20 mil mulheres em situação de vulnerabilidade nos próximos dois anos. Ciência e pesquisa O governo anunciou a Política Nacional de Inclusão, Permanência e Ascensão de Meninas e Mulheres na Ciência, Tecnologia e Inovação. A previsão é de que o CNPq disponibilize R$ 100 milhões para financiar projetos de mulheres nas ciências exatas, engenharia e computação. Segurança Investimento de R$ 372 milhões na implantação de 40 unidades da Casa da Mulher Brasileira, com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública. O governo recriará o programa Mulher Viver sem Violência, que prevê a doação de 270 viaturas para a Patrulha Maria da Penha nos 26 estados e no Distrito Federal. Cota para mulheres vítimas de violência O executivo anunciou um decreto que regulamenta a cota de 8% da mão de obra para mulheres vítimas de violência em contratações públicas na administração federal direta, autarquias e fundações. Dia Marielle Franco O governo anunciou o Dia Nacional Marielle Franco, lembrado a cada 14 de março, data em que a vereadora Marielle Franco, da cidade do Rio de Janeiro, e o motorista Anderson Gomes foram assassinados. A ação visa conscientizar contra a violência política de gênero e de raça. Trabalho sem violência e assédio O governo vai ratificar a Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), primeiro tratado internacional a reconhecer o direito de todas as pessoas a um mundo de trabalho livre de violência e assédio, incluindo violência de gênero. Entre outras medidas, a Convenção 190 amplia conceitos de assédio sexual e moral no trabalho. Assédio no serviço público Foi anunciada a criação de uma política de enfrentamento ao assédio sexual e moral e discriminação na administração pública federal. Fonte: Agência Brasil e G1

Dia Internacional da Mulher: Lugar de mulher é na luta

Nesta quarta-feira, 08 de março, se comemora o Dia Internacional da Mulher, um mês dedicado a dar visibilidade as lutas e as políticas públicas que garantem direitos e respeito às mulheres. Neste ano, a data representa ainda a reconstrução de um espaço de luta, após quatro anos de retrocessos. Mas, mesmo diante desse cenário, as mulheres têm conquistado espaço de poder não só no meio sindical, mas também dentro do Congresso Nacional. Há uma nova onda de deputadas eleitas no último pleito de 2022, o que já pode ser considerado um grande feito, levando em consideração que, no Brasil candidaturas de homens brancos, cis e mais velhos ainda são privilegiadas. A partir deste ano, a bancada feminina será composta por 91 deputadas em um universo de 513 deputados eleitos, o que equivale a pouco menos de 18% do total – na legislatura passada eram 15%. No Senado, teremos dez mulheres – apenas quatro delas foram eleitas em 2022 , as demais continuam em seus mandatos, que têm duração de oito anos. Em 2019, no início da legislatura passada, eram 12 mulheres. O Senado Federal é composto por 81 senadores, o que significa que as mulheres representam apenas 12,3% do total de parlamentares da Casa nesta legislatura. “É fundamental que o dia internacional da mulher seja lembrado como um dia de luta e resistência e como um ato principalmente político. Ainda há muito no que avançar, não só dentro do movimento sindical, mas nas demais esferas de poder. Seguimos na luta contra os retrocessos e em busca de melhorias nas políticas a favor das mulheres”, afirmou Rosângela Oliveira, diretora de assuntos educacionais do EBTT do PROIFES-Federação e presidente do SINDEDUTEC. Mulheres no movimento sindical A história do sindicalismo brasileiro sempre privilegiou a participação masculina nos espaços de poder e de decisão. A invisibilidade das mulheres, nas imagens e nas escritas históricas dos direitos conquistados pelos sindicatos, é fruto da desigualdade de gênero que existe na sociedade e foi reproduzida por muito tempo no movimento sindical. No PROIFES-Federação, as mulheres possuem local de fala e também representatividade no meio sindical. Dos sindicatos federados, três possuem mulheres como presidentes, são elas: Rosângela Oliveira (SINDEDUTEC), Marta Lícia (APUB) e Fernanda Castelano (ADUFSCAR). Dentro da Diretoria e Conselho Deliberativo da Federação, são seis diretoras e treze mulheres participando ativamente do CD da entidade. Nesta quarta-feira o governo Lula irá lançar um pacote de medidas para mulheres, envolvendo a luta contra a violência e pela igualdade de gêneros em todos os espaços da sociedade , inclusive no mercado de trabalho. A CUT, movimentos feministas e de mulheres também farão atividades em diversas cidades, ao longo do mês, no entanto, é no 8 de março, que essas ações ganham ainda mais destaque.

PROIFES protocolou duas moções de repúdio em plenária do FNDC

O PROIFES – Federação protocolou, durante a 24ª Plenária do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), uma moção de repúdio às declarações do vereador de Caxias do Sul, Sandro Fatinel (sem partido). O vereador realizou declarações xenofóbicas contra trabalhadoras e trabalhadores nordestinos. Além desta, foi apresentada também uma proposta de apoio ao MST, que teve sua atuação criminalizada no sul da Bahia após descumprimento de acordo por parte de uma empresa de celulose, que apontaria as terras para ocupação do movimento, o que assentaria 450 famílias. Jailson Alves, diretor jurídico do PROIFES, se encarregou de protocolar as duas moções. Ele declarou que o discurso de ódio contra o povo nordestino é na verdade um discurso escravocrata que precisa ser punido. “Viemos debater tudo que impacta na comunicação, tanto estatal quanto da sociedade como um todo. Esse debate perpassa todas as outras agendas sindicais pelas quais nós lutamos”, declarou. Gilka Pimentel, diretora de comunicação do PROIFES, declarou que é importante a participação do movimento sindical em eventos como este, para que haja contato com outras esferas da sociedade civil. “O FNDC é uma organização dos movimentos da sociedade civil. Então não tem só jornalistas e comunicadores, mas tem entidades que participam hoje do debate da democratização da comunicação. A importância da gente estar aqui é se vincular a esta e outras lutas, como a agenda necessária de conquistas do governo (no âmbito da comunicação) e a relevância da EBC (Empresa Brasileira de comunicação), que foi tema que perpassou o evento. É importante que nós que fazemos comunicação sindical estejamos vinculados a um debate mais geral”, disse. Leonardo Santa Inês, que também integrou a comitiva do PROIFES, colocou que esta é uma oportunidade de novos esforços em prol da promoção do espírito democrático. “Essa plenária acontece num momento de grande esperança de retomar uma pauta tão importante como a democratização da comunicação. Depois de anos de ataques e de desinformações sendo promovidas pelos próprios agentes estatais, nós temos agora a oportunidade de fazer novos esforços de regulação tanto das mídias tradicionais quanto das digitais, que promovam mais diversidade ao debate público e mais democracia pro nosso país”, concluiu. Acesse as moções de repúdio no site oficial da APUB: apub.org.br

Autonomia universitária: MEC realiza reunião com reitores eleitos e não empossados

Nesta segunda-feira (06) a Secretária de Educação Superior do MEC, Denise Carvalho, recebeu a Frente Nacional de Luta pela Autonomia e Democracia nas Instituições Federais de Ensino Superior. A Frente é composta pelos Reitores(as) e Vice-Reitores(as) eleitos(as) e não empossados(as) de todas Instituições Federais de Ensino e pelas entidades sindicais da educação e do movimento estudantil. Na ocasião, as entidades apresentaram para a secretária uma carta com reivindicações importantes para a retomada da autonomia universitária. Atualmente, vinte universidades têm dirigentes empossados na reitoria pelo Governo Bolsonaro, que não foram eleitos pelas suas comunidades acadêmicas e que não ocupavam o primeiro lugar na lista tríplice. O PROIFES-Federação foi representado pela diretora de assuntos sindicais, Maria do Socorro Coelho, que na oportunidade reforçou para o MEC a solicitação do PROIFES pelo fim da lista tríplice. A Secretária, Denise Carvalho, informou o interesse do MEC em colocar fim na lista e se dispôs a marcar audiência com a entidade para discussão do assunto e apresentação de proposta de projeto de Lei que a Federação possui. “A reunião foi positiva e demonstrou para nós um MEC comprometido com a autonomia das universidades. Entendemos e defendemos que a autonomia e a gestão democrática das instituições de ensino são garantias constitucionais que precisam ser preservadas em nome de um Estado Democrático de Direito e em nome de um país soberano”, afirmou Maria do Socorro. Dentre as reivindicações presentes na carta estão: A abertura de um canal direto de comunicação com o MEC para atendimento de demandas e recebimento de denúncias; Atuação do MEC perante o congresso nacional em prol da revogação definitiva do dispositivo da lista tríplice para nomeação de reitores das universidades federais, estabelecendo assim uniformidade com a legislação, mais recente e progressista, dos Institutos Federais. A Frente Nacional de Luta pela Autonomia e Democracia nas Instituições Federais de Ensino Superior é composta pelas seguintes entidades: PROIFES-Federação, ANDES-SN, FASUBRA-Sindical, SINASEFE, UNE, FENET, UFERSA e CEB IFSC.

PROIFES participa da Plenária do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação

Na noite da última sexta (3), teve início a 24° plenária do fórum nacional pela democratização da comunicação (FNDC). O Proifes teve sua representação garantida por Gilka Pimentel, diretora de comunicação, Jailson Alves Dos Santos, diretor de assuntos jurídicos e Leonardo Santa Inês Cunha (APUB). Durante a mesa de abertura, foram apresentados os temas e os desafios da comunicação como instrumento de garantia da democracia, da civilidade. Helena Martins, que integrou a equipe de transição da comunicação, destacou que há muita dificuldade de entender a centralidade da luta pela democratização da comunicação. “É preciso pensar o papel do movimento de comunicação. Foi num ambiente alimentado pela mídia que fomos jogados numa realidade nefasta de retirada de direitos de destruição social e mesmo da própria vida”, disse. Na mesa também estava presente Renata Mieli, coordenadora do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé. Para ela, o que é preciso combater é a malha de desinformação que se articulou. “São várias plataformas que se organizaram num ecossistema que se retroalimenta. O direito a comunicação passa também por manter o ambiente comunicacional seguro e com qualidade para que haja possibilidade de estabelecer diálogos entre as diferenças”, explicou. Mieli destacou ainda que a universalização do acesso à internet é uma bandeira estratégica para a luta pela democratização da comunicação, junto a uma regulação convergente da comunicação, que abranja várias frentes. “A liberdade de expressão não é um direito absoluto. Não se pode defender ideias que exterminem outras pessoas. Precisamos recuperar essa bandeira. Reconquistar a liberdade de expressão, para que ela não seja mais um meio de ataque à democracia.”, disse. João Brant, Secretário de Políticas Digitais da SECOM, presente de maneira online, também comentou que a chave da equação é a liberdade de expressão. “A gente só resolve a cilada se a gente retomar a bandeira da liberdade de expressão. Coletivamente é preciso garantir que a sociedade esteja bem informada – por isso não podemos apostar em soluções que não tenham pacto real com a sociedade”, comentou. Ana Mielke, militante do coletivo de comunicação Intervozes, colocou que atualmente a agenda da comunicação está fragmentada, principalmente a digital, o que, para ela enfraquece a capacidade de acompanhar os debates todos e se posicionar. Jailton dos Santos, representando o PROIFES, propôs que o FNDC se posicionasse contra o vereador Sandro Fatinel que, depois de virem à tona casos de trabalho análogo a escravidão no Rio Grande do Sul, fez discurso xenofóbico contra baianos. Na manhã de sábado (4) a mesa foi composta por Rita Freire, presidenta do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Samira de Castro, presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que debateram o combate ao fascismo no cenário mundial e nacional. Rita Freire ressaltou a importância de manter o processo de retomada e defesa da democracia latente, principalmente no contexto mundial, que traz o desmonte de democracias via desinformação. “Isso não se faz em silêncio e deixando de exercer a crítica. A comunicação e a crítica não são construídas para destruir o projeto democrático. A crítica vem de uma perspectiva democrática e hoje é importantíssimo pressionar o governo para proteger esse flanco que ainda está aberto.”, disse. Samira de Castro, presente de maneira online, colocou que combater o sequestro do legislativo e a investida fascista sejam desafios do governo, é preciso que a comunicação exerça seu papel social. “Nada disso vai acontecer com desinformação, mentiras e manipulações, que são recursos recorrentes, mas o objetivo de desmonte da democracia só é possível com a aliança tática da mídia hegemônica com o projeto golpista. Diante disso, a mídia vive uma incapacidade de lidar com a realidade social, e de desmentir o volume de desinformação que recebemos hoje em dia. É preciso democracia na comunicação para defender a democracia”, ressaltou. Renata Mieli falou sobre a Campanha Calar jamais, criada para denunciar violações ao exercício da profissão de jornalista, tao frequente no governo Bolsonaro. Mieli apresentou o relatório ao final da apresentação da campanha.  Na parte da tarde, finalizando o dia, o regimento da plenária foi colocado em apreciação assim como as teses apresentadas e as emendas. Fonte: SINDEDUTEC

Reestabelecimento do Fórum Nacional de Educação: MEC realiza nova reunião com Diretoria Executiva do FNPE

Na manhã desta quinta-feira (02) o secretário da SASE (Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino), Maurício Holanda, recebeu os membros da Executiva do FNPE – Fórum Nacional Popular de Educação para apresentação da estrutura da portaria que irá reestabelecer o Fórum Nacional da Educação. Durante a reunião, ficou definido que a executiva do Fórum irá se reunir para discutir a proposta com as entidades participantes do FNPE e, após isso, dar encaminhamento com o governo. O Ministro da Educação, Camilo Santana, indicou no dia 07 de fevereiro, após reunião com o FNPE, o retorno do Fórum. O PROIFES-Federação, membro da executiva do FNPE, foi representado na reunião pelo Diretor de Ciência e Tecnologia da entidade, professor Ênio Pontes. “Entendo que nesse momento o país se encontra em um momento diferente do que vivia quando o Fórum foi estabelecido, mas acredito que a retomada do FNE simboliza o retorno do diálogo e do momento de União e Reconstrução do país”, afirmou Ênio.

No mês das mulheres, 21ª edição da Mátria conta como mulheres têm ocupado espaços de poder

Publicação é feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE Chegou o mês de março e com ele as mobilizações em defesa de um mundo mais justo e igualitário ganham evidência. Quem acompanha o movimento sindical e social sabe que a batalha não se restringe a esse período e conquistas como a paridade nas direções das instituições sindicais comprovam isso. Mas sabemos também do simbolismo do 8 de Março e toda força que carrega a partir da luta empenhada por aquelas que abriram caminhos e nos indicaram possiblidades. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação (CNTE) este é um mês de muito orgulho, porque traz mais uma edição da revista Mátria, nossa publicação que alcança a maioridade absoluta com o 21º número. São mais de duas décadas de reportagens que promovem debates, ideias e propostas para um novo modelo de sociedade. Este número convida você a prestar atenção na capa. A partir da imagem da foto já histórica das mulheres presentes na posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, construímos a ideia da diversidade que esperamos ver se realizar após um período tenebroso de retrocessos e violência. O grande destaque desta edição fica por conta da ocupação do poder por olhares e fazeres femininos, dentro e fora do Executivo, Legislativo e Judiciário. Inclusive no movimento sindical. Sabemos que ainda é necessário avançar muito, especialmente quando falamos de lugares de decisão, mas não podemos deixar de celebrar os avanços. Abrimos este número com uma entrevista exclusiva com a comandante do Ministério das Mulheres, Cida Gonçalves, e conversamos também com a primeira senadora eleita por Pernambuco, Teresa Leitão, e a primeira mulher titular do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, Luciana Santos. Seguimos em marcha com uma reportagem sobre como o feminicídio ainda se faz presente em nosso país e como destrói famílias. Tratamos também da pobreza e dos desafios enfrentados por mães de todo o país para manter os filhos na escola e como a mercantilização da educação tem comprometido o futuro de milhares de jovens na América Latina. Abordamos ainda um tema lamentavelmente atual, os ataques terroristas nas escolas e mostramos como discursos extremistas têm alimentado ações assim. A Mátria apresenta também o perfil de Sonia Guajajara, à frente do primeiro ministério indígena de um país em crise social diante da miséria dos povos originários, a luta das trabalhadoras rurais para manter viva a diversidade nacional e mais um série de dicas culturais para aprender, lutar e levar para a sala de aula o debate sobre o machismo e o patriarcado. A Mátria é distribuída gratuitamente para sindicatos, escolas e bibliotecas públicas e você também pode ler aqui Fonte: CNTE