Governo convoca PROIFES para nova reunião da Mesa Específica e Temporária da área de Educação

Na tarde desta sexta-feira (12) o Ministério da Gestão e Inovação enviou ao PROIFES a convocação para a 4º reunião da Mesa Específica e Temporária da área de Educação do Magistério Federal. A marcação da reunião é resultado dos esforços e pressão da Federação para que as negociações referentes a reajuste salarial e reestruturação de carreira aconteçam de forma mais breve possível. O encontro será na próxima sexta-feira (19) às 14h30 no Ministério da Gestão em Brasília. A última reunião da Mesa específica aconteceu no dia 22 de fevereiro, onde o PROIFES cobrou do Governo que a malha salarial das carreiras do EBTT e do Magistério Superior contemple o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público que hoje é de R$4,580,57. A Federação reivindicou ainda a retirada da obrigatoriedade do ponto para os integrantes do EBTT e debateu a portaria 983 que estabelece diretrizes complementares à Portaria nº 554, de 20 de junho de 2013, para a regulamentação das atividades docentes, no âmbito da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Na nova reunião o PROIFES espera receber do Governo avanços significativos nas negociações com respostas concretas para as diversas demandas apresentadas. “O andamento das mesas e a marcação desta nova reunião é fruto do trabalho que o PROIFES vem exercendo nos últimos meses. A Federação reitera seu compromisso em participar ativamente das mesas e continuará lutando por melhores condições salariais e pela reestruturação de carreira dos docentes do Magistério Superior e EBTT,  com firmeza iremos atuar em prol do professor, uma base fundamental para o desenvolvimento dessa nação” afirmou Wellington Duarte, presidente do PROIFES. Entenda como funciona e o que é abordado em cada mesa de negociação:

Em encontro com Andifes, Lula fala em recomposição do orçamento das universidades e valorização da categoria docente

Reunião durou mais de duas horas e contou com a presença dos ministros da Educação e da Gestão O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quinta-feira, dia 11, com a diretoria da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) no Palácio do Planalto. Além de discutirem diversas pautas prioritárias para as universidades, o encontro resultou em três encaminhamentos: um deles é o compromisso, por parte do governo, em buscar um acordo com os sindicatos que representam os técnicos-administrativos em educação (TAEs) e a categoria docente para a valorização da carreira. Na presença dos ministros Camilo Santana, da Educação, e Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Lula também afirmou que irá agendar uma reunião para tratar do orçamento das universidades federais com a Andifes, o Ministério da Educação (MEC) e a área econômica do governo. Anunciou ainda que o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Educação deve ocorrer em breve. “Essa perspectiva de uma nova reunião com os ministros Haddad, Tebet e Esther não existia, é algo inédito. Além do compromisso do presidente com a educação superior, só vamos encontrar caminhos para recompor e ampliar o orçamento das universidades federais se eles se envolverem”, disse Márcia Abrahão, presidente da Andifes, ao Correio Braziliense. Ainda segundo o jornal, Márcia destacou que o presidente ouviu atentamente as demandas dos dirigentes, que incluia, além do aumento dos investimentos nas universidades, a necessidade de criação de uma lei que garanta previsibilidade orçamentária para as instituições e a demanda de reajuste dos técnicos e docentes, atualmente, em campanha salarial. Na pauta do encontro, também foram discutidas a autonomia universitária na nomeação de reitores, a ampliação das rádios e TVs universitárias, o PAC das universidades, assistência estudantil e a transformação de Cefets em universidades tecnológicas. Participaram da reunião a presidente da Andifes, reitora Márcia Abrahão Moura (UnB), os vice-presidentes da Andifes, reitor José Daniel Diniz (UFRN), reitora Lucia Pellanda (UFCSPA), reitor Sylvio Mário Puga (UFAM) e reitor Valder Steffen (UFU), a secretária-executiva do MEC, Izolda Cela, o secretário de Educação Superior, Alexandre Brasil, o secretário-executivo adjunto do MEC, Gregório Griza, e a secretária-executiva da Andifes, Lívia Leite. Fonte: ApufscCom informações de Andifes e Correio Braziliense

Posição do PROIFES-Federação sobre as Mesas de Negociação

Após as duas reuniões de Mesa de Negociação que aconteceram nessa semana a Diretoria do PROIFES-Federação se reuniu nesta quinta-feira (11) com o objetivo de avaliar a conjuntura das negociações e emitir posicionamento aos seus sindicatos federados. Confira abaixo a posição da Federação sobre o tema: As mesas de negociação (Nacional e Setorial) de quarta (10) e quinta-feira (11) mostram que o caminho da negociação é ainda a melhor opção, reforçando a tática que o PROIFES vem aplicando desde o início do processo de lutas por reajuste de salário e carreiras. O Governo agora formalizou a questão do reajuste dos benefícios (auxílio alimentação, creche e seguro-saúde). Também apresentou uma metodologia para tratar das questões de carreira, nas Mesas Setoriais e Específicas. Na Mesa Específica, que será convocada extraordinariamente nos próximos dias, o PROIFES continuará firme na defesa e ajustes em nossa carreira, nascida nas jornadas de 2012. Nesse sentido, a Diretoria do PROIFES-Federação entende que se deve aceitar imediatamente o Termo de Compromisso proposto pelo governo na Mesa Nacional, com a definição da metodologia para a continuidade das negociações e para o ajuste dos benefícios, inclusive para que estes sejam pagos na folha de pagamento do mês de maio. Do mesmo modo, cabe ressaltar que a proposta apresentada deixa ainda aberta a importante questão do reajuste salarial para 2024, de modo a contemplar a todos, aposentados e ativos. O PROIFES Federação continuará buscando a aprovação da sua proposta de reestruturação da carreira, com reajustes em 2024, 2025 e 2026, de modo a cumprir o piso nacional (Lei 11.378/2008) e a redução das perdas salariais acumuladas. Por fim, a Federação deixa claro que não abre mão da defesa de um reajuste para 2024, necessário para diminuir as perdas salariais que tivemos ao longo dos últimos anos, mesmo com o reajuste de 9,0% acordado com o governo em 2023. Entenda como funciona cada uma das três mesas de negociação em andamento:

Conferência Livre de Ciência e Tecnologia: Abertura do evento realizado pela Adufepe destaca imprescindibilidade da inovação para o país

A Ciência tem impacto direto no desenvolvimento de uma sociedade, como evidenciam os diálogos da manhã desta quinta-feira (11), durante a abertura da Conferência Livre promovida pela Adufepe nos dias 11 e 12 de abril, como evento preparatório para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCT&l) que norteará as discussões sobre o futuro do país nesta área. Mediada pelo diretor de Ciência e Tecnologia do PROIFES-Federação, Ênio Pontes de Deus, a mesa de abertura foi composta pela presidenta da Adufepe, Teresa Lopes, pelo presidente da Regional SBPC-PE, José Thadeu Pinheiro, pelo presidente da Associação dos Pós-graduandos (APG), João Marcelo; pelo vice-presidente da UNE-PE, Everton Simão; e pelo assessor especial do Ministério da Ciência, Tecnologia & Inovação (MCTI), Gustavo de Melo Braga, que representou a ministra Luciana Santos. “Temos aqui hoje experiências diferenciadas de como fazer ciência e visões que se complementam para formar um importante panorama das legislações e vivências relacionadas ao sistema científico. Educação, ciência, tecnologia e inovação são âmbitos indissociáveis, pois fazer tecnologia e inovação requer um sistema educacional de ponta. Por outro lado, nunca é demais lembrar que quase a totalidade da produção científica nacional é feita nas universidades”, declarou Ênio Pontes. Além dos programas estratégicos de inovação e investimentos, o representante do ministério, por sua vez, elencou as principais ações realizadas na área pelo atual governo entre elas: a correção de bolsas de ensino e pesquisa, lançamento de editais, concursos, recomposição e execução dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT. Ele afirma que a ciência está voltando a assumir seu espaço a partir de premissas fundamentais. “Se conseguirmos, sem retrocessos, logo teremos uma estabilidade nesse processo. Esses avanços podem se consolidar e ao final de quatro ou oito anos teremos um novo parque tecnológico no Brasil com mais cérebros, desenvolvimento e conexão entre a ciência, indústria e a vida das pessoas”, prevê George Gustavo de Melo Braga. A conferência especial de abertura foi proferida pelo ex-ministro de CT&l e professor da UFPE Sergio Rezende. Na palestra intitulada “A saga da ciência brasileira. Sem ciência e educação, não há desenvolvimento”, ele trouxe um panorama sobre os avanços da CT&I no Brasil nas últimas décadas no âmbito político, educacional e legislativo. Rezende é Secretário Geral da 5ª CNCT&l e abriu sua fala mostrando a relação das oito economias mais ricas do mundo, detentoras dos maiores PIBs, com o número de publicações científicas, evidenciado que o investimento em CT&I é o motor da prosperidade. “Não por acaso, os países mais ricos têm mais tradição em produção científica. Ciência é conhecimento, fundamental para tecnologia que é aplicação da ciência que gera riqueza”, reiterou Rezende. Mesa 1 O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) são exemplos de Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica (ICTs) que têm como missão executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico. A primeira mesa temática da conferência discutiu: “Financiamento e fomento à pesquisa científica – panorama internacional e nas ICTs do Brasil”. Sob a mediação da presidenta Teresa Lopes, teve a participação de Fernanda De Negri, diretora de Estudos Setoriais do Ipea e Paulo Foina, presidente da Associação Brasileira de Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação. A partir de dados de outras economias mundiais, Negri compartilhou sugestões para melhorar os incentivos para pesquisa e desenvolvimento no Brasil. “A maior parte do investimento em pesquisa ao redor do mundo é feita com financiamento público, mas a pesquisa de ponta não cabe mais, apenas, na universidade”, avaliou a pesquisadora autora do livro “Novos caminhos para a inovação no Brasil”. Ao citar instituições voltadas para desenvolvimento de pesquisa em áreas determinadas no cenário internacional, ela pontua que tais instituições têm, entre outras características, gestão e governança independentes que lhes conferem autonomia. “Essas instituições têm uma escala muito grande. No Brasil fizemos estudo sobre instituições de pesquisa e tecnologia e, de modo geral, temos os laboratórios brasileiros ainda pequenos, situados dentro dos departamentos das universidades, com poucos pesquisadores. Precisamos dar escala à ciência brasileira. Não adianta só distribuir os recursos do nosso orçamento, mas é preciso dar escala e objetividade com estratégias claras do que queremos com esse financiamento.  As conferências são importantes para fazer isso”, reforça. Voltado para o cenário científico local, Foina discorreu sobre a importância da pesquisa tecnológica no Brasil a partir de políticas de inovação e sobre fontes de financiamento da pesquisa tecnológica nos institutos brasileiros.Ele, que tem experiência profissional e docente na área de Ciência da Computação e desenvolve estudos e pesquisa em Gestão de Tecnologia e Inovação, em suas considerações afirmou a necessidade de uma política de desenvolvimento socioeconômico consistente e de modernizar a formação universitária do país repensando a educação superior. “Os governos devem usar seu poder de compra para fomentar a inovação e o desenvolvimento local. Nós temos equipamentos, infraestrutura,  competência e capacidade para fazer pesquisa tecnológica de ponta”, finalizou. Fonte: ADUFEPE

Participe da Conferência Livre de Inteligência Artificial para Desenvolvimento Social promovida pelo GT de Ciência e Tecnologia da APUB

Alicerçada no objetivo central de fomentar sobre o desenvolvimento social no contexto da Inteligência Artificial (IA), a Reunião congrega líderes visionários, pesquisadores renomados, representantes governamentais, da academia científica, profissionais da indústria e membros da sociedade civil. O evento visa não apenas discutir os avanços e desafios dessa tecnologia, mas também oferecer orientação estratégica para sua aplicação eficaz em prol do bem-estar coletivo. O objetivo principal da CLIA visa contribuir com o debate sobre inteligência artificial para a 5a CONFERÊNCIA NACIONAL DE CIÊNCIA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. Os primeiros 50 inscritos receberão material de inscrição no ato do credenciamento. FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc4aVMs5V6Xn4la1gLOBL641sarwaXJk9XcWMV7tTscIhtJsw/viewform Confira a programação: (8:20) Café e credenciamento PROGRAMAÇÃO GERAL:(09:00) Abertura: Saudação de representantes das instituições e entidades envolvidas. (10:00) (Intervalo e Networking): Intervalo para Coffee Break e interação. (10:30) (Sessão 1) – Estratégia em Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Intervalo para Almoço (14:00) (Sessão 2) – Casos de sucesso e demandas em IA para Desenvolvimento Social; (15:30) (Intervalo e Networking): Intervalo para Coffee Break e interação. (16:00) (Sessão 3) – Democracia e IA Generativa : debate e proposição. (17:30) Debate e Brainstorm para sistematização da proposta. (18:40) Encerramento.

PROIFES participa da instalação da Mesa Setorial do MEC

Na manhã desta quinta-feira (11) aconteceu a 1º Reunião da Mesa Setorial de Negociação do MEC com entidades representativas da categoria docente. A instauração da mesa foi uma reivindicação do PROIFES-Federação e tem como objetivo debater as pautas não orçamentárias que envolvem a carreira do Magistério Superior e  Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Neste primeiro encontro, o MEC foi representado pelo Secretário Executivo da pasta, Gregório Grisa e por representantes da SESU (Secretaria de Educação Superior) e SETEC (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica). Pelo PROIFES, estiveram presentes o presidente, Wellington Duarte, o diretor tesoureiro, Jairo Bolter, o diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, Geci Silva, e a diretora de Direitos Humanos, Rosângela Oliveira. A mesa foi composta ainda pelas seguintes entidades representativas dos docentes, técnicos e servidores públicos federais , Fasubra Sindical, Sinasefe, Sindsep – DF e Andes. Durante a reunião o MEC explicou o funcionamento da Mesa, que a partir de agora acontecerá com reuniões bilaterais entre as entidades representativas e seus respectivos setores dentro do MEC, com um primeiro encontro já previsto para o dia 06 de maio. Gregório Grisa reforçou também o compromisso do Ministério da Educação com a reestruturação das carreiras, o Secretário afirmou ainda a disposição em analisar as propostas das entidades para um debate efetivo das pautas. Em sua participação, Wellington Duarte reforçou a importância do processo de negociação e a disposição do PROIFES em dialogar de forma propositiva sobre as questões que envolvem a carreira docente. “ Temos um carinho muito especial pela nossa carreira e é dentro disso que iremos trabalhar na Mesa Setorial. Entendemos que, nesse momento, as discussões passam pela questão salarial e isso é fato, sabemos que a qualidade de vida dos docentes e o poder de compra caíram em média de 40%, então pretendemos convencer o MEC e o Governo da necessidade da recomposição salarial, inclusive dentro do orçamento de 2024. Quanto às pautas não orçamentárias, o nosso diálogo com o Governo está permanentemente aberto, a proposta de carreira está na mesa e já foi entregue a todos os órgãos do Governo, acredito que nesta condição podemos avançar e distensionar as negociações” afirmou. Geci Silva defendeu ainda a instalação do Grupo de Trabalho para discussão da carreira. “Temos vários pontos encaminhados que precisam ser tratados com agilidade. Precisamos discutir as condições de trabalho, principalmente dos campi da expansão e das novas universidades. Ressaltamos aqui a necessidade da criação do GT específico para discutir a carreira que atualmente está desvalorizada, com uma malha salarial que não cumpre o piso do professor”, destacou Geci.

PROIFES-Federação discute conjunturas políticas e realidade da educação superior brasileira durante XIII Conferência Regional da IEAL

Nesta segunda-feira (08), segundo dia da XIII Conferência Regional da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), aconteceu uma série de análises das conjunturas políticas e das realidades dos sistemas educacionais em cada um dos países que compõem a IEAL. Representando o PROIFES, a professora Ana Boff de Godoy, diretora de Relações Internacionais e Assuntos Sindicais da Federação, expôs a realidade da educação superior federal brasileira com ênfase na influência da extrema direita e neoliberalismo na educação e na carreira dos docentes. “O Brasil conseguiu se livrar de Bolsonaro, mas não nos livramos da extrema direita e do neoliberalismo. É importante ter presente que para que Lula voltasse ao governo foi feita uma frente ampla com setores neoliberais. Um deles foi exatamente o da Educação. Hoje, temos um ministro da educação que representa grupos de comércio educativo, sobretudo da Fundação Lemann, que tem controle quase total do ministério da Educação. É fundamental, então, que tenhamos consciência de que a educação pública brasileira está sequestrada por interesses mercantis”, destacou Ana Godoy. Do ponto de vista da educação superior, Ana apresentou que, no Brasil, há 2.608 instituições de educação superior, sendo que 2.306 são privadas e somente 302 são públicas. Em números de matrículas, temos cerca de 8 milhões e seiscentas mil matrículas no ensino superior, sendo pouco mais de 6 milhões e meio de matrículas nas instituições privadas, que contam cada vez mais com financiamentos, inclusive do poder público. “Essas instituições estão cada vez mais atrativas, pois além das bolsas e financiamento, os preços dos cursos estão cada vez mais baixos e podem ser concluídos cada vez mais rápido, sendo que a maior parte dessas instituições oferece o ensino à distância, inclusive para cursos como o de Educação Física. Apesar disso, as universidades públicas são as que figuram nos rankings de excelência de qualidade e são e são responsáveis por mais de 95% das pesquisas científicas em nosso país. É importante esclarecer que, no Brasil, as universidades públicas são também gratuitas”, afirmou Ana Godoy. No que diz respeito à carreira dos docentes do ensino superior, a Diretora destacou que “ para se chegar à docência nesse nível é preciso fazer concurso público e ter, além do Mestrado, Doutorado. Mas nosso salário é um dos mais baixos do serviço público. Recebemos, no fim de carreira, um salário equivalente ao salário de início da carreira de um assistente jurídico, ou seja 3.500 a 4.000 dólares mensais. Isso, no final da carreira, depois de 30 ou 35 anos de dedicação à educação pública superior, à pesquisa, à extensão, à administração das universidades e à pós-graduação”. Ana Godoy ressaltou ainda que no Brasil os docentes, sobretudo os pesquisadores, estão buscando lugares melhores para trabalhar, porque além dos salários baixos, a profissão não é respeitada. “O que já foi motivo de orgulho e símbolo de status, hoje é de vergonha. O Brasil é o primeiro país no ranking de violência contra professores. Temos um aumento progressivo de licenças-saúde no ensino superior, com professores e professoras cada vez mais doentes tanto física quanto psicologicamente. Nos últimos 6 anos, tivemos uma diminuição de 76% na procura de cursos de licenciatura, responsáveis por formar novos professores. De maneira que se o governo Lula não olhar para a Educação com coragem suficiente para enfrentar as próprias alianças que fez para poder se eleger, a educação superior estará fadada ao fim, pelo simples fato de que não haverá mais docentes e servidores técnicos nas universidades”, finalizou. Durante todo o dia foi apresentado ainda um panorama da situação da educação na Finlândia e nos Estados Unidos com uma discussão sobre as tendências regionais do comércio em educação na América Latina. Além disso, Gabriela Bonilla, pesquisadora do Observatório Latino-americano de Políticas Educativas (OLPEN), apresentou o documento da IEAL do Observatório Latino-Americano de Políticas Educativas, o qual elenca e analisa as cinco reformas permanentes do neoliberalismo para desmantelar o sistema educativo e as condições de trabalho da educação. A pesquisadora lembrou que América Latina é campo propício para o comércio da educação, visto que tendemos a acreditar que não é um problema pagar pela educação, uma vez que teremos um retorno futuro. Isso facilita o avanço da filantropia evangélica e neoliberal, a exploração/comércio da fé em aliança com interesses econômicos e grupos políticos que já estão há quarenta anos deslegitimando trabalhadoras e trabalhadores da educação.

Adufepe sedia Conferência Livre sobre Incentivo à Produção Científica nas Universidades e Institutos Federais

Nos próximos dias 11 e 12 de abril, a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) sediará a Conferência Livre: Incentivo à Produção Científica nas Universidades e Institutos Federais. A iniciativa é uma parceria com o PROIFES-Federação e tem por objetivo construir propostas a serem levadas para a 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia que norteará a política de Ciência e Tecnologia para os próximos 10 anos. O evento acontecerá de forma híbrida no auditório Professor Paulo Rosas, na sede da associação, e virtualmente pelos canais de transmissão da Adufepe e do PROIFES. O evento tem como objetivo discutir e propor soluções inovadoras nas áreas de financiamento e fomento à pesquisa científica e os impactos no marco legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (para instituições científicas e de inovação tecnológica) e perspectivas de novos instrumentos no âmbito do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.   Clique aqui e inscreva-se!  “A conferência é de extrema importância para todos nós que fazemos a Adufepe e para a comunidade da UFPE em geral porque ela consolida a nossa relação com o desenvolvimento tecnológico e científico que está sendo proposto no Brasil atualmente. Por isso, a Adufepe em parceria com o Proifes, vai realizar essa ação de contribuir com propostas para a ciência e tecnologia fundamentais para o Brasil e em Pernambuco”, ressalta a presidenta da Adufepe, Teresa Lopes. Para o  Diretor de Ciência e Tecnologia do PROIFES-Federação, Ênio Pontes, a Conferência Livre representa um marco importante na preparação da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.  “Quando se reúne as autoridades, representantes do governo, pesquisadores e demais interessados, a Conferência promove a troca de conhecimentos, experiências, propostas e isso pode impactar diretamente as políticas de financiamento e fomento à pesquisa científica e, assim, também o desenvolvimento das instituições científicas de inovação tecnológica. A participação da Adufepe e PROIFES na organização da conferência torna-se relevante, uma vez que essas entidades representam os docentes das IFES e têm um papel fundamental e significativo na defesa dos interesses da comunidade acadêmica”, avalia o professor Ênio. O debate terá participação de autoridades, representantes do governo e pesquisadores e discutirá estratégias para incentivar e fortalecer a produção científica nas universidades federais, promovendo o avanço da produção científica e tecnológica e seus impactos na sociedade. A programação será norteada pelos eixos estruturantes da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), nas seguintes diretrizes:• III – Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicosnacionais; e• IV – Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social. Confira aqui a programação completa Os resultados provenientes das discussões e propostas levantadas durante a conferência livre serão encaminhadas para compor a base da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que ocorrerá em Brasília nos dias 4, 5 e 6 de junho de 2024. Assim, as ideias compartilhadas durante o evento irão contribuir diretamente na construção das políticas estratégicas que serão adotadas em nível nacional para promover o avanço tecnológico e desenvolvimento para todo o país.

PROIFES-Federação participa da XII Conferência Regional da Internacional da Educação para a América Latina

Teve início neste domingo (07) em San Jose, na Costa Rica, a XIII Conferência Regional da Internacional da Educação para a América Latina. O PROIFES-Federação, única entidade da Educação Superior brasileira filiada à Internacional da Educação América Latina (IEAL), está presente no evento, representado pelo vice-presidente Flávio Silva e pela Diretora de Relações Internacionais e Assuntos Sindicais, Ana Godoy. Durante a abertura, David Edwards, Secretário Geral da Internacional da Educação (IE) destacou o fato da IE ser a única instituição de educação internacional a se fazer presente na Palestina e a contribuir financeiramente para mitigar a dor das crianças palestinas, que se encontram, em sua totalidade, sem acesso à escola e em situação de alta vulnerabilidade social e alimentar. Lembrou que, apesar de a grande maioria dos Estados alegar não ter dinheiro para a educação, sempre há dinheiro para a guerra. “Os Estados não estão cumprindo o seu papel frente à educação pública, mas possibilitam às multinacionais não pagarem impostos para os países que exploram”, reiterou. O Secretário apontou como ponto positivo, o fato do Grupo de Alto Nível sobre a Profissão Docente ter sido convocado pelo Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, frente à crescente e preocupante escassez mundial de docentes. A IE membro desse grupo por meio de sua presidenta, Susan Hopgood, apresentou à ONU suas demandas, as quais foram acolhidas e traduzidas em um documento de Recomendações da ONU para a profissão docente. Esse documento pode ser conferido na íntegra aqui: https://www.ei-ie.org/es/item/28334:united-nations-secretary-generals-high-level-panel-on-the-teaching-profession-recommendations-and-summary-of-deliberations O Presidente da IEAL Hugo Yasky, por sua vez, deu destaque à presença das mulheres na militância sindical, sobretudo a partir da RED de Mulheres Trabalhadoras da Educação, que tem tido papel fundamental no fortalecimento e expansão da IEAL, bem como na própria defesa da educação pública.Destacou também um novo e complicado elemento na militância sindical (e das forças progressistas em geral), que são as redes. “A extrema direita tira total proveito dessas ferramentas, mas nós ainda não aprendemos a usá-las”, ponderou, utilizando como exemplo recente a eleição de Javier Milei, na Argentina. A segunda parte da manhã foi dedicada à análise de conjuntura, tendo como palestrante o professor Carlos Cascante, da escola de Relações Internacionais da Universidad Nacional de Costa Rica.. “Eu sou produto da escola pública; e, mais precisamente, um produto da escola pública rural deste país”. Foi assim que Cascante abriu sua fala, onde versou sobre a importância da América Central na conjuntura global e a geopolítica da/na América Central. Abordou a disputa entre dois gigantes, Estados Unidos e China, apontando prós e contras da presença massiva desses dois países na estrutura econômica sobre os países centro americanos, além de analisar os padrões de conduta desses países em relação aos gigantes. Durante a tarde aconteceu a eleição da nova presidência da IEAL. Em um primeiro momento, foi lida a declaração da eleição da presidência e vice-presidência da IEAL para o período 2024-2028 pela comissão eleitoral, presidida por Eduardo Pereira, da CNTE-Argentina, tendo o vice-presidente do PROIFES, Flávio Silva, como integrante da comissão. Para presidir a IEAL, foi eleita Sonia Alesso (CTERA/Argentina), que contou com 16 apoios, incluindo do PROIFES. Como vice-presidente da sub-região Cone Sul, foi eleito Roberto Leão (CNTE/Brasil), com 8 apoios, incluindo o do PROIFES. Como vice-presidenta da sub-região Centroamérica e República Dominicana, foi eleita Yorgina Alvarado Diaz (SEC/Costa Rica), com 8 apoios. Como vice-presidenta da sub-região Andina, foi eleita Isabel Olaya (FECODE/Colombia), com 5 apoios. “O PROIFES se orgulha em fazer parte da IE e IEAL, sempre atuando em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Estamos presentes da Conferência reafirmando esse importante compromisso”, afirmou o vice-presidente Flávio Silva. “Durante a Conferência iremos apresentar a realidade da educação superior brasileira, discutindo a influência da extrema direita na educação, a luta contra a privatização e a situação dos docentes, um panorama importante dentro da articulação política para que o PROIFES-Federação ganhe ainda mais força na defesa de uma educação superior de qualidade e com valorização dos docentes”, afirmou a Diretora de Relações internacionais e Assuntos Sindicais, Ana Godoy.

Nota de pesar – Amarílio Ferreira Junior

É com imenso pesar que o PROIFES-Federação recebe a notícia do falecimento do professor Amarílio Ferreira Junior. Amarílio foi um grande parceiro de luta da Federação, foi dirigente da Adufscar por diversos mandatos e também presidente da entidade entre 2017 e 2021, sempre na defesa de uma educação de qualidade e com justiça social. Amarílio Ferreira atuava como Professor Titular do Departamento de Educação da Universidade de São Carlos (UFSCar), realizou doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo e estágio pós-doutorado em História da Educação no Institute of Education da University of London (Bolsa FAPESP). Além disso, foi bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq e credenciado de Pós-Graduação em educação da UFSCar (mestrado e doutorado), com ênfase em História, Filosofia e Sociologia da Educação. O Professor também atuava na área da pesquisa, desenvolvendo diversas atividades nas seguintes temáticas de História da Educação: educação jesuítica colonial, políticas educacionais da ditadura militar, movimento sindical dos professores da escola pública e educação soviética. Amarílio sempre teve, como eixo condutor de seu trabalho, a defesa da universidade pública, laica, gratuita e de qualidade. Além de autor de inúmeras publicações, era também professor e orientador exemplar.  O PROIFES presta solidariedade a todos os amigos, familiares e companheiros de luta do Professor.