Governo vai publicar MP com reajuste para servidores a partir de janeiro
Medida provisória coloca em prática acordos para aumentos salariais em 2025 e 2026 O governo deve publicar, nos próximos dias, uma Medida Provisória (MP) com reajustes salariais para quase 50 categorias do serviço público a partir de janeiro de 2025. Fontes do governo relataram à CNN que o texto já saiu do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), responsável pela negociação dos acordos salariais, e foi remetido para a Casa Civil. A MP vai validar os novos salários para 2025 e 2026, que serão feitos conforme a categoria. Em 2023, houve um reajuste linear de 9%. Em 2024, não houve alterações na remuneração. Os aumentos se limitaram neste ano a benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-creche e auxílio-saúde. Além dos reajustes, um ponto-chave nas negociações foi alongar o tempo percorrido para que funcionários cheguem ao topo de sua carreira. A ideia era justamente romper com a lógica de que trabalhadores entram no serviço público ganhando altos salários e logo alcançam o nível máximo. De acordo com o MGI, graças aos acordos fechados em 2024, 86% das carreiras terão agora 20 níveis diferentes de progressão — anteriormente, essa proporção era de 30% das carreiras. Em muitas delas, o salário de entrada diminuiu. Ao optar pelo envio ao Congresso de uma MP, o governo não precisará esperar necessariamente pelo PLOA, que corre risco de atrasar. Assim, os servidores poderão ter seus reajustes validados a partir de janeiro. “A MP é a melhor solução. Ela tem força de lei e possui efeito imediato, garantindo o cumprimento dos acordos. E aí, a partir de fevereiro, março, o Congresso pode aprovar a MP, convertendo-a em Lei”, comentou Sérgio Ronaldo, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo. Fonte: CNN/ Imagem: Pedro França/Agência Senado
Valorizar a educação requer investimento e democracia forte, aponta debate
Educadores e entidades representativas participaram do lançamento da Campanha Mundial pela Educação Pública, realizado nesta segunda-feira (9), na Comissão de Educação e Cultura (CE). Durante a apresentação da ação, eles apontaram o subfinanciamento da educação, a desvalorização dos professores e a fragilidade do sistema democrático como alguns dos maiores gargalos para assegurar o acesso à educação pública de qualidade como um dos principais direitos humanos. O debate foi conduzido pela autora do requerimento (REQ 103/2024 – CE), senadora Teresa Leitão (PT-PE). O lançamento da campanha no Senado, que antecede o Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado nesta terça-feira (10), busca debater os esforços por uma educação inclusiva, de qualidade e equitativa. O objetivo é ampliar a conscientização sobre a importância da educação pública como direito essencial, apoiar as organizações membros da Internacional da Educação em sua luta contra cortes de investimento e privatizações de gestões e contratos, além de defender a valorização dos profissionais do sistema educacional. Conforme o Relatório de Monitoramento Global, lançado em outubro deste ano pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), 110 milhões de crianças e jovens ingressaram na escola desde 2015. O que significa apenas 1% da população em idade escolar que se encontrava fora da escola. O estudo ainda aponta que enquanto 33% de crianças e jovens em países de renda baixa estão fora da escola, nos países de renda alta esse número é de apenas 3%. Além disso, mais da metade dos que estão fora da escola se encontram em países da África subsariana. A oficial de Projetos de Educação da Unesco para o Brasil, Lorena Carvalho, disse que o financiamento da educação é um dos principais gargalos para que a população de países menos desenvolvido tenham acesso garantido ao ensino público. — A Unesco e o Banco Mundial tem um Observatório do Financiamento da Educação. Dados de 2022 revelam que o obstáculo em se ampliar o acesso à educação de qualidade em todo mundo está na falta de financiamento. Países de renda média e baixa gastam cerca de US$ 55 por estudantes, enquanto países de renda alta gastam em médica US$ 8,3 mil por estudante. Ainda de acordo com Lorena Carvalho, há um peso muito grande relacionando as dívidas desses países com o baixo financiamento na educação pública. Quanto maior a dívida pública, menor o grau de investimento na educação. Segundo ela, a Unesco tem defendido a troca dessas dívidas por investimento em educação. A organização também pediu em carta apresentada durante a reunião do G20, em novembro, no Rio de Janeiro, que o incentivo à educação seja olhado como alavanca fundamental para futuros mais justos, que tenha abordagens educacionais mais renovadas e possa pensar na crise climática, no combate ao discurso de ódio e na promoção da igualdade de gênero. Mercantilização O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE), Heleno Araújo Filho, disse que, por ser um direito humano que deve ser respeitado, a educação não pode ser regrada pelo mercado. Ele lembrou que a campanha internacional também acolhe a campanha nacional da CNTE “Não Venda a Minha Escola”. A ação que busca, segundo ele, alertar a população sobre governos estaduais que estão avançando com projetos de transferir a gestão da educação pública para o setor privado ou transferido recurso público para que empresas ministrem parte da carga horária ou cursos. O coordenador citou como exemplo a manifestação da AAPP Sindicato, entidade representativa do Paraná, que se posiciona contrariamente ao projeto que, segundo ele, transfere recursos públicos para as empresas. De acordo com ele, os projetos têm avançado sem o devido debate com a sociedade e com os profissionais que trabalham na educação pública. — Isso sem qualquer possibilidade de controle sobre sua aplicação. O governo do Ratinho Junior, governador do Paraná, está na contramão do direito à educação para todas as pessoas. Logo o governador do Paraná ataca um direito humano fundamental que é a educação. A senadora Tereza Leitão alertou para a necessidade de mobilização e união contra essas investidas que, segundo ela, buscam enfraquecer a educação pública e desvalorizar os educadores. Para Teresa, eventos, como o que aconteceu na CE nesta segunda-feira, colaboram na conscientização da sociedade sobre o cenário. — Além da luta que continua, a gente lembrar sempre: se muito vale o já feito, mais vale o que virá. E o cenário é de esperança, do verbo esperançar, é de luta e de muita unidade entre os trabalhadores em educação para ganharmos a sociedade. Todas essas instituições que aqui estiveram presentes representam e têm incidência sobre os pensamentos e os destinos da sociedade. Por isso que a gente precisa caminhar sempre com união, com a reconstrução deste país que começou errado, mas tem como ser consertado com o nosso compromisso e a nossa luta. Democracia, equidade e inclusão A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (SEB/MEC), Kátia Helena Serafina Cruz Schweickardt, ressaltou que o atual governo tem trabalhado para recolocar o diálogo pela educação pública na agenda de prioridades do país. Entre as ações “recuperadas” ela citou a defesa de que a educação básica precisa ser executada de forma sistêmica, o incentivo a educação integral, o avanço na ampliação de matrículas e a reforma do ensino médio com a criação do programa “Pé de Meia”. No entanto, a secretária advertiu que nenhum plano será efetivo se o país não fortalecer a sua democracia, reconhecer sua diversidade e sanar preconceitos que ainda são preservados na sociedade e nas esferas de poder. — Muitas das disputas que a gente faz são disputas para fortalecer a democracia. Isso a gente não pode perder de vista. E a gente precisa reconhecer as nossas fragilidades e elas estão posicionadas no racismo, na misoginia, na homofobia, na hierarquização das regiões brasileiras. Se a gente não mudar esse nosso modo de pensar, nós não nos faremos respeitados e não conseguiremos convencer o país de que a educação pública é a política pública mais importante desse
Audiência cobra maior financiamento público para a educação e repudia privatizações
Educadores públicos de todo o país acompanharam, na manhã desta segunda-feira (9), a audiência pública de lançamento da Campanha Mundial pela Educação Pública, no Senado Federal, em Brasília. Lançada em todo o mundo, a iniciativa da Internacional da Educação (IE), apoiada pela CNTE, busca combater as políticas de privatização da educação e cobrar mais financiamento público para um ensino de qualidade. A sessão atendeu ao requerimento da senadora Teresa Leitão (PT-PE), que também coordenou o evento. Convidado a compor a mesa de discussões, o presidente da CNTE e coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE), Heleno Araújo, enfatizou a educação pública como um direito humano básico que deve ser assegurado a todas as pessoas. “Esta audiência pública é a primeira atividade da Campanha Nacional lançada pela CNTE “Não Venda a Minha Escola”, que se insere na Campanha Mundial da Internacional da Educação (IE) que exige mais recursos públicos para a escola pública”, explicou. Heleno também repudiou o avanço de políticas de privatização da gestão escolar que vêm acontecendo em estados como o Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. “É a prática na qual uma empresa ou instituição pública é vendida ao setor privado. Nesse caso, o Estado deixa de gerir a entidade, passando-a para uma empresa privada”, relatou. Segundo ele, a prática tem sido uma das formas de precarizar o ensino e atacar o direito humano fundamental à educação, já que busca atender os interesses empresariais em primeiro lugar. “Precisamos juntar todas as pessoas que estão dentro da escola e ao redor da escola, para podermos, juntos e juntas, tomar em nossas mãos os rumos democráticos da escola e do País”, completou. Qualidade e financiamento Dados de 2022, reunidos pelo Observatório Mundial de Educação da Unesco e do Banco, apontam o relacionamento direto da qualidade da educação pública dos países com o investimento feito por esses. Segundo o relatório, nações de renda média e baixa gastam em média US$ 55 por estudante, enquanto países com renda alta gastam em média US$ 8.543 com cada aluno. “Os dados revelam que o obstáculo em ampliar o acesso à educação de qualidade em todo o mundo está na falta de investimento”, reforçou Lorena Carvalho, representante de Projetos de Educação da Unesco Brasil. Para Manuela Mendonça, membro do Conselho Executivo da Internacional da Educação, garantir o ensino gratuito é um direito básico que precisa ser assegurado, principalmente em cenários de crises geopolíticas, ambientais e democráticas como os vividos ao redor do mundo. Entretanto, as ações nocivas de privatização da educação pública por parte das gestões enfraquecem esse direito, resultando na transferência do dinheiro público para as mãos de empresários. “Não é apenas mais um direito, é algo que deve anteceder todos os outros… Ter o financiamento público é essencial para alcançar uma educação de qualidade e reter profissionais qualificados”, destacou. De acordo com Katia Helena Cruz, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), é importante estabelecer o diálogo com os entes federados no processo de reestruturação da educação. “O ensino público precisa ser pensado de modo sistêmico em todas as suas dimensões. Tornar a educação pública um serviço de qualidade, com expansão de matrículas, e reconceituando a política de educação, não tem sido uma coisa simples… mas estamos comprometidos com a potência da diversidade, do valor dos territórios e com o que se produz em cada realidade brasileira”, disse. Fonte: CNTE
Privatização de escolas é o novo plano de governadores da direita
A Sexta (6), sábado (7) e a segunda-feira (9) serão os dias que podem definir o rumo da educação pública no Paraná e, eventualmente, em outros estados brasileiros. Nestas datas o governo do Paraná fará o que chama de consulta pública para entregar a gestão de 177 escolas para empresas privadas cujo objetivo será garantir lucro para si e ter controle do futuro da população. O projeto, chamado de “Parceiro da Escola” pela equipe de marketing do governador Ratinho Junior, é alvo de questionamentos do Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público, instituições voltadas ao setor, representações dos trabalhadores como a APP-Sindicato, além de amplos setores da comunidade escolar. A CUT Paraná, está somando à APP-Sindicato, na luta contra a privatização das escolas. “Esta é uma das nossas prioridades no momento. Que nossas entidades, nossos militantes, possam estar unidos nesta luta para evitar mais este retrocesso que Ratinho Jr tenta impor à classe trabalhadora. Por este motivo organizamos uma carta aberta à população paranaense assinada 178 entidades repudiando, de forma veemente, a privatização do ensino público no Paraná”, enfatizou o presidente da Central no Estado, Marcio Kieller. Ideologia da direita é formar mão de obra barata Além de garantir o sequestro dos recursos da educação pública, há também um outro motivo para privatizar o ensino. “Não basta apenas vender mais plataformas, cursos, livros e outros produtos e serviços para acessar o dinheiro público. Eles agora entram na escola para dizer o que é preciso ensinar de conteúdo para os filhos da classe trabalhadora, coisa que não fazem nas escolas dos filhos dele, onde se ensina conteúdo, pois precisam ter conhecimento para seguir formulando políticas públicas e continuar governando”, comenta a presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto. “Já nossos filhos precisam apenas trabalhar para eles. Então desenham como devem pensar. Esta é a outra face cruel que é o empresário dominando a escola para dizer como é que deve ser o futuro trabalhador. Temos aqui [no Paraná] 300 escolas cívico-militares já ensinando alunos a bater continência, não contestar e apenas aceitar o que é colado. Isso é um projeto pensado de como dominar”, destaca Walkiria. Privatização do ensino em outros estados Atualmente, além do Paraná e São Paulo, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul também passam por processos semelhantes de tentativa de privatização do ensino público estadual. “Para entender o que está acontecendo é preciso entender que é um projeto pensado de como se apropriar do dinheiro público para virar lucro e segundo que é como ditar o que é ensinado à classe trabalhadora nas escolas”, completa a presidenta da APP-Sindicato. O estado de São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem em comum com o Paraná, que chama a atenção. Renato Feder, secretário da educação paulista, que antes ocupou o mesmo cargo no Paraná e defende o projeto privatista do ensino público. A Segunda Presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e deputada estadual, professora Bebel, fez duras críticas ao projeto disse que uma greve dos profissionais da educação não está descartada. “A defesa da educação pública, sendo dever do Estado, está na Constituição, assim como a gestão democrática da educação está na Lei de Diretrizes de Base (LDB). Essa privatização em escala caminha com outras medidas, que não são isoladas, como as escolas cívico-militares e outras ações como corte de R$ 11 bilhões da educação feito por Tarcísio e aprovado pela Assem Legislativa, de maioria governista. Caso continue nesse caminhar ano que vem vamos precisar lançar uma greve por sabe se lá por quanto tempo porque não dá mais para aguentar esse secretário”, enfatizou a professora Bebel. Leia mais Sindicatos lutam contra a privatização, a terceirização e o desmonte da educação Mobilização no PR A presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, também destaca toda a organização envolvendo a luta contra o projeto, inclusive além das 177 escolas ameaçadas. “Conseguimos colocar nas 2.000 escolas do estado o debate sobre privatizar ou não e o que muda. Mas mais que isso: a greve que tivemos em junho, contra a votação do Projeto de Lei e também a truculência do Estado pedindo minha prisão por conta da greve fez com que o tema estourasse a bolha da educação e do mundo sindical. Isso fez com que o tema atingisse toda a sociedade paranaense”, explica Walkiria. “Isso é uma coisa que o governo não gosta, pois não conseguiu implantar sua narrativa. Nestes meses de luta acompanhamos as 177 reuniões que o estado fez com a comunidade escolar. Algumas a polícia tentou nos tirar, outras não pudemos falar e outras pudemos. Mas também fizemos nossas reuniões. Temos comitês de luta em cada uma destas escolas. Estado estava querendo não ter quórum para decidir, conseguimos barrar isso, então ampliaram para três votações. Temos equipes nas 177 escolas com pais, mães e entidades, para nos ajudar no dia. Quem desejar nos ajudar pode procurar um núcleo sindical da APP-sindicato. Nós precisamos fiscalizar a votação, apuração e dialogar com a população. Vamos sair vencedores deste processo quando a última urna for aberta na segunda-feira”, projetou. Repercussão No Paraná o projeto já gera diversas críticas. O deputado estadual professor Lemos é um dos parlamentares que luta contra a privatização. “O Programa Parceiro da Escola de parceiro não tem nada. É a pura e simples privatização das escolas do Paraná. Parceiro da escola é a comunidade escolar que já contribui com a gestão. O governo quer tirar dinheiro público da educação e colocar na mão de empresários. Isto é um absurdo e estamos lutando diuturnamente para evitar esse mal. Protocolamos no TC, ainda no dia 1º de novembro, medida cautelar pedindo a suspensão do Programa. O Programa foi suspenso temporariamente e seguimos na luta. A educação pública precisa ser pública de fato”, analisa deputado. No Tribunal de Contas do Estado, o conselheiro Maurício Requião, também levantou a voz para apontar uma série de problemas que envolve o projeto de Ratinho Júnior. “Estamos diante de uma trama complexa que, se implementada,
Inteligência artificial é tema de debate do CNE
O Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão colegiado de participação social do Ministério da Educação (MEC), promoveu um seminário para discutir os desafios e impactos do uso da inteligência artificial na educação brasileira e para subsidiar a criação de uma resolução com recomendações sobre o tema. Na pauta do evento, foram debatidos cinco eixos temáticos, sendo eles: formação de professores; aplicação na gestão das instituições de ensino superior; ética, privacidade e propriedade intelectual; impactos na aprendizagem; e novas formas de avaliação. “Precisamos pensar em como garantir uma regulação possível e real, que garanta a ética e a democracia na educação, ao mesmo tempo em que entenda que a ciência não pode parar”, apontou a presidente da Comissão de Estudos sobre a Utilização de IA e conselheira do CNE, Mônica Sapucaia. “Esta etapa de discussão é fundamental para construirmos a resolução que vai auxiliar a educação superior brasileira na implementação deste tema que está tão em alta na atualidade e que fará, cada vez mais, parte da vida humana.” Para o relator da Comissão de Estudos sobre a Utilização de Inteligência Artificial do Conselho Pleno (CP) do CNE, Celso Niskier, o seminário é uma oportunidade de ouvir grandes especialistas sobre o tema. “A ideia é ter subsídios para um futuro relatório, que será posteriormente transformado em uma resolução com recomendações e normas para as instituições de educação superior. Queremos tratar especificamente da formação de professores, do uso de IA nas avaliações, para melhoria da aprendizagem e também sobre os limites éticos da aplicação dessas tecnologias dentro das salas de aula”, explicou. Participantes – Estiveram presentes nas conversas o reitor do Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), Luiz Claudio Costa; o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), Ingo Sarlet; a coordenadora do Mestrado Profissional em Direito do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Laura Mendes; e a pesquisadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da Fundação Getúlio Vargas (CEP/FGV), Enya Carolina Silva da Costa. Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações do CNE
Fala Professor – Democracia em risco: os militares brasileiros e a “tutela” do Brasil
A trama golpista revelada pelas investigações da Polícia Federal (PF), no qual militares do alto escalão, ministros e o ex-presidente da república, Jair Bolsonaro, planejavam matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, é mais do que estarrecedora. Ela revela que os quartéis ainda não conhecem o seu lugar na democracia. As investigações mostraram que o plano, que contou até com agentes infiltrados na segurança de Lula, só não foi levado adiante por incompetência e/ou covardia de seus mentores. Não fosse pela falta de capacidade ou de coragem, o Brasil poderia estar mergulhado em uma instabilidade política sem precedentes ou mesmo em uma ditadura militar. Ao que tudo indica, os militares brasileiros ainda se consideram “tutores” da democracia, podendo suspendê-la quando acharem conveniente. Esse pensamento não é novo e vem desde a Proclamação da República, que foi feita através de um golpe de estado orquestrado e executado por marechais. Em vários outros momentos da história recente do nosso país é possível perceber as Forças Armadas tramando e atacando as liberdades do povo. O Golpe de 1964 e a posterior ditadura que durou 21 anos é o maior exemplo dessa sanha antidemocrática, mas não é o único. Naquele momento da nossa trajetória, quando o regime de exceção começou a arrefecer, poderíamos ter dado um basta nisso, punindo exemplarmente os envolvidos nas mortes, torturas, desaparecimentos e todo o tipo de arbítrio contra os brasileiros. Entretanto, o caminho escolhido na época foi o da Anistia Geral. Esse caminho, apesar de preservar a vida e a integridade física de quem ousou discordar do regime, trouxe um revés. Anistiou também os torturadores, assassinos e seus mandantes. Mais do que isso, deu a eles a certeza da impunidade e a impressão de que são, de alguma forma, fiadores do nosso destino. E foi justamente essa impressão que nos coloca onde estamos hoje. Tramas golpistas, benefícios que brasileiro nenhum sonha em ter, a recusa de reconhecer crimes hediondos e o apagamento da história. No fundo de tudo isso, a certeza da impunidade e da manutenção de seus privilégios. Se existe algo de bom nessas recentes revelações, é que temos nas mãos uma nova oportunidade de corrigir essa trajetória. Tirar de vez o golpismo da caserna e mostrar às Forças Armadas que fardas são uniformes e que militar existe para servir o povo, e não o contrário. Ou a sociedade brasileira enterra definitivamente essa sanha golpista, ou eles continuarão tentando tomar o poder. E um dia pode ser que consigam. Obs: O conteúdo presente na publicação é de inteira responsabilidade do autor. Fonte: ADUFG Sindicato
Seminário de Previdência Complementar será realizado em Brasília
Evento, que reunirá especialistas para discutir estratégias de previdência e educação financeira,será em 27 de novembro A Funpresp-Exe, a Funpresp-Jud e a DF-PreviCom convidam todos os servidores públicos para o“Seminário de Previdência Complementar do Servidor Público: Quem Planeja, Realiza”, queserá realizado no dia 27 de novembro de 2024. O evento visa promover debates e oferecerinformações relevantes sobre educação financeira e previdenciária, com o objetivo de auxiliaros participantes a construir um futuro financeiro mais seguro. O seminário será realizado no auditório da Procuradoria-Geral da Justiça Militar (PGJM), emBrasília, e contará com a presença de painelistas e especialistas renomados na área,proporcionando uma oportunidade para aprimorar conhecimentos e desenvolver estratégiaseficazes de planejamento financeiro e previdenciário. Para os interessados que não puderemparticipar presencialmente, haverá transmissão ao vivo pelo canal da Funpresp-Exe noYoutube. Todos os participantes, tanto presenciais quanto virtuais, receberão certificado departicipação. Os servidores que optarem por participar de forma física no evento terão aoportunidade de receber brindes exclusivos e participar de sorteios de prêmios especiais. Inscrições As inscrições já estão abertas e podem ser feitas por meio de formulário eletrônico. As vagassão gratuitas e limitadas, então é importante garantir sua participação o quanto antes. Oformulário de inscrição é destinado aos servidores públicos que desejam participar doseminário, seja de forma presencial ou virtual. Apenas aqueles que completarem a inscriçãoreceberão o certificado de participação. Não perca a oportunidade! Inscreva-se agora e prepare-se para planejar um futuro maistranquilo e financeiramente estável. SERVIÇO Seminário de Previdência Complementar do Servidor Público: Quem Planeja, RealizaQuando: 27 de novembro de 2024 (quarta-feira)Horário: das 14h às 18hLocal: Auditório da Procuradoria-Geral de Justiça MilitarEndereço: Setor de Embaixadas Norte, lote 43, Bloco C, CEP 70800-400 – Brasília – DFObservação: Haverá transmissão pelo canal da Funpresp no Youtube (@Funpresp)Observação: Haverá transmissão ao vivo pelo canal da Funpresp no Youtube (@Funpresp)PROGRAMAÇÃO
G20 Social: PROIFES-Federação participa da construção de propostas que serão entregues aos líderes mundiais
O PROIFES-Federação em sua participação no G20 Social, no Rio de Janeiro, dos dias 14 a 17 de novembro, atuou, ao lado de representantes de movimentos sociais e entidades da sociedade civil organizada, na construção de propostas entregues ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula assumiu o compromisso de repassar as demandas aos líderes do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana, e se reúne na próxima semana. O presidente esteve no G20 Social na tarde deste sábado (16) quando recebeu o documento final do G20 Social. O diretor de políticas educacionais do PROIFES, Carlos Alberto Marques, participou da comissão de sistematização do documento final do G20 Social, e colaborou com a redação do tema “sustentabilidade, mudanças climáticas e transição justa”, focado em adaptação e mitigação. “Particularmente atuei para incluir no texto a educação ambiental e a ciência”, explicou Bebeto. Além de medidas relacionadas à crise climática, o documento propõe a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a taxação das grandes fortunas dos super-ricos do mundo, entre outros temas. Além de Carlos Alberto, o vice-presidente, Flávio Silva; a diretora de direitos humanos, Rosangela Oliveira; e a segunda secretária, Adnilra Sandeski, estiveram presentes no evento. G20 Social A representante da think thank InterAgency Institute Raquel Castilho da Silva, que trabalha com políticas de relações exteriores, elogiou a iniciativa da presidência brasileira no G20 de criar o G20 Social para trazer a sociedade para perto da cúpula do bloco. “A gente aqui tem uma oportunidade ímpar de fazer a diferença em muitas perspectivas, seja no sentido de a gente poder falar, mas também a de escutar e entender o que nossas lideranças estão fazendo. São 35 mil pessoas aqui. O G20 Social tem que vir para ficar. A gente torce para a África do Sul manter. Termos a oportunidade de influenciar um texto, uma proposta, faz diferença”, destacou. A África do Sul será a presidente do G20 a partir da próxima semana, quando o Brasil finaliza o trabalho à frente do bloco. Os debates e acordos firmados durante a cúpula dos líderes do G20 não têm poder mandatório. Cabe a cada país implementar internamente ou não o que foi definido. Ainda assim, as decisões do bloco são vistas como sinalizações de políticas que os governos pretendem construir. Confira o documento final: Fonte: APUFSC Sindical
PROIFES-Federação debate Carta de Fortaleza e propostas para os temas do documento no G20 Social
Na manhã desta quinta-feira (14), o PROIFES-Federação, juntamente com a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e com a Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) apresentaram os resultados do Seminário Internacional da Educação da Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa (CPLP-SE), debatendo os encaminhamentos para os temas da Carta de Fortaleza, na atividade “Do local ao global: fortalecendo a educação pública”. O evento acontece no Rio de Janeiro e segue com programação até sábado, 16 de novembro. O vice-presidente, Flávio Silva; o diretor de políticas educacionais, Carlos Alberto Marques; a diretora de direitos humanos, Rosangela Oliveira; e a segunda secretária, Adnilra Sandeski, estão presentes no evento. A Carta de Fortaleza é fruto do Seminário Internacional da Educação, ocorrido nos dias 29 e 30 de outubro de 2024, em Fortaleza. Mais de oitenta entidades membros da CPLP-SE e da Internacional da Educação (IE), que participaram do evento na capital cearense, assinam o documento que apresenta as principais reivindicações para a educação pública de qualidade e valorização dos trabalhadores/as da educação em todo o mundo. Participação social O G20 Social é uma iniciativa do Governo Federal para a inclusão da sociedade civil nos debates e processos de construção de políticas públicas. Proposta pelo presidente Lula durante a 18ª Cúpula dos Chefes de Governo e Estrado do G20, o objetivo é dar voz aos atores não-governamentais nas atividades e tomadas de decisão do G20. Nesse processo, vários movimentos sociais com histórico de luta e contribuição nacional foram convidados a integrar o G20 social. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), à qual o PROIFES é filiado, é um desses. Ao fim, será construído um documento que reúne as pautas da classe trabalhadora a ser entregue aos chefes de Estado dos países do G20. Confira a Carta de Fortaleza e os encaminhamentos para o G20 Social: Fonte/Imagens: CNTE
Nota de repúdio do PROIFES-Federação ao atentado contra o Supremo Tribunal Federal
O PROIFES-Federação manifesta seu repúdio ao atentado contra o Supremo Tribunal Federal ocorrido na última quarta-feira (13) em Brasília, um resultado do ódio político, instalado no Brasil nos últimos anos. O ataque deixa evidente que ainda não superamos as ameaças do radicalismo e do extremismo político que culminaram na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, vimos a articulação de grupos antidemocráticos que, inconformados com a vitória legítima do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022, buscaram atacar as instituições democráticas do Brasil. O atentado desta quarta-feira, demonstra que a semente do extremismo continua a ser uma constante ameaça à democracia brasileira e nos coloca em alerta contra um movimento golpista que ainda está vivo em setores da sociedade. O PROIFES-Federação reafirma seu posicionamento contra qualquer ato que tente intimidar e fragilizar o estado de direito e as estruturas democráticas do país. Devemos continuar vigilantes no combate a discursos que promovem a violência e a desestabilização política, principalmente por meios digitais, que são meios potentes na disseminação de discursos de ódio e fake news. Além disso, ressaltamos que o último acontecimento deve enterrar todas as possibilidades de anistia para os envolvidos no 8 de janeiro.