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O que há de novo?

Decisão foi publicada no último domingo, dia 12 A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou nesta

PROIFES participa da Plenária do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação

Na noite da última sexta (3), teve início a 24° plenária do fórum nacional pela democratização da comunicação (FNDC). O Proifes teve sua representação garantida por Gilka Pimentel, diretora de comunicação, Jailson Alves Dos Santos, diretor de assuntos jurídicos e Leonardo Santa Inês Cunha (APUB).

Durante a mesa de abertura, foram apresentados os temas e os desafios da comunicação como instrumento de garantia da democracia, da civilidade. Helena Martins, que integrou a equipe de transição da comunicação, destacou que há muita dificuldade de entender a centralidade da luta pela democratização da comunicação. “É preciso pensar o papel do movimento de comunicação. Foi num ambiente alimentado pela mídia que fomos jogados numa realidade nefasta de retirada de direitos de destruição social e mesmo da própria vida”, disse.

Na mesa também estava presente Renata Mieli, coordenadora do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé. Para ela, o que é preciso combater é a malha de desinformação que se articulou. “São várias plataformas que se organizaram num ecossistema que se retroalimenta. O direito a comunicação passa também por manter o ambiente comunicacional seguro e com qualidade para que haja possibilidade de estabelecer diálogos entre as diferenças”, explicou.

Mieli destacou ainda que a universalização do acesso à internet é uma bandeira estratégica para a luta pela democratização da comunicação, junto a uma regulação convergente da comunicação, que abranja várias frentes. “A liberdade de expressão não é um direito absoluto. Não se pode defender ideias que exterminem outras pessoas. Precisamos recuperar essa bandeira. Reconquistar a liberdade de expressão, para que ela não seja mais um meio de ataque à democracia.”, disse.

João Brant, Secretário de Políticas Digitais da SECOM, presente de maneira online, também comentou que a chave da equação é a liberdade de expressão. “A gente só resolve a cilada se a gente retomar a bandeira da liberdade de expressão. Coletivamente é preciso garantir que a sociedade esteja bem informada – por isso não podemos apostar em soluções que não tenham pacto real com a sociedade”, comentou.

Ana Mielke, militante do coletivo de comunicação Intervozes, colocou que atualmente a agenda da comunicação está fragmentada, principalmente a digital, o que, para ela enfraquece a capacidade de acompanhar os debates todos e se posicionar.

Jailton dos Santos, representando o PROIFES, propôs que o FNDC se posicionasse contra o vereador Sandro Fatinel que, depois de virem à tona casos de trabalho análogo a escravidão no Rio Grande do Sul, fez discurso xenofóbico contra baianos.

Na manhã de sábado (4) a mesa foi composta por Rita Freire, presidenta do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Samira de Castro, presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que debateram o combate ao fascismo no cenário mundial e nacional.

Rita Freire ressaltou a importância de manter o processo de retomada e defesa da democracia latente, principalmente no contexto mundial, que traz o desmonte de democracias via desinformação. “Isso não se faz em silêncio e deixando de exercer a crítica. A comunicação e a crítica não são construídas para destruir o projeto democrático. A crítica vem de uma perspectiva democrática e hoje é importantíssimo pressionar o governo para proteger esse flanco que ainda está aberto.”, disse.

Samira de Castro, presente de maneira online, colocou que combater o sequestro do legislativo e a investida fascista sejam desafios do governo, é preciso que a comunicação exerça seu papel social. “Nada disso vai acontecer com desinformação, mentiras e manipulações, que são recursos recorrentes, mas o objetivo de desmonte da democracia só é possível com a aliança tática da mídia hegemônica com o projeto golpista. Diante disso, a mídia vive uma incapacidade de lidar com a realidade social, e de desmentir o volume de desinformação que recebemos hoje em dia. É preciso democracia na comunicação para defender a democracia”, ressaltou.

Renata Mieli falou sobre a Campanha Calar jamais, criada para denunciar violações ao exercício da profissão de jornalista, tao frequente no governo Bolsonaro. Mieli apresentou o relatório ao final da apresentação da campanha. 

Na parte da tarde, finalizando o dia, o regimento da plenária foi colocado em apreciação assim como as teses apresentadas e as emendas.

Fonte: SINDEDUTEC

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