Na manhã desta quinta-feira (11) aconteceu a 1º Reunião da Mesa Setorial de Negociação do MEC com entidades representativas da categoria docente. A instauração da mesa foi uma reivindicação do PROIFES-Federação e tem como objetivo debater as pautas não orçamentárias que envolvem a carreira do Magistério Superior e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).
Neste primeiro encontro, o MEC foi representado pelo Secretário Executivo da pasta, Gregório Grisa e por representantes da SESU (Secretaria de Educação Superior) e SETEC (Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica). Pelo PROIFES, estiveram presentes o presidente, Wellington Duarte, o diretor tesoureiro, Jairo Bolter, o diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, Geci Silva, e a diretora de Direitos Humanos, Rosângela Oliveira. A mesa foi composta ainda pelas seguintes entidades representativas dos docentes, técnicos e servidores públicos federais , Fasubra Sindical, Sinasefe, Sindsep – DF e Andes.
Durante a reunião o MEC explicou o funcionamento da Mesa, que a partir de agora acontecerá com reuniões bilaterais entre as entidades representativas e seus respectivos setores dentro do MEC, com um primeiro encontro já previsto para o dia 06 de maio. Gregório Grisa reforçou também o compromisso do Ministério da Educação com a reestruturação das carreiras, o Secretário afirmou ainda a disposição em analisar as propostas das entidades para um debate efetivo das pautas.
Em sua participação, Wellington Duarte reforçou a importância do processo de negociação e a disposição do PROIFES em dialogar de forma propositiva sobre as questões que envolvem a carreira docente. “ Temos um carinho muito especial pela nossa carreira e é dentro disso que iremos trabalhar na Mesa Setorial. Entendemos que, nesse momento, as discussões passam pela questão salarial e isso é fato, sabemos que a qualidade de vida dos docentes e o poder de compra caíram em média de 40%, então pretendemos convencer o MEC e o Governo da necessidade da recomposição salarial, inclusive dentro do orçamento de 2024. Quanto às pautas não orçamentárias, o nosso diálogo com o Governo está permanentemente aberto, a proposta de carreira está na mesa e já foi entregue a todos os órgãos do Governo, acredito que nesta condição podemos avançar e distensionar as negociações” afirmou.
Geci Silva defendeu ainda a instalação do Grupo de Trabalho para discussão da carreira. “Temos vários pontos encaminhados que precisam ser tratados com agilidade. Precisamos discutir as condições de trabalho, principalmente dos campi da expansão e das novas universidades. Ressaltamos aqui a necessidade da criação do GT específico para discutir a carreira que atualmente está desvalorizada, com uma malha salarial que não cumpre o piso do professor”, destacou Geci.