Nota do Conselho Deliberativo do PROIFES-Federação
O Conselho Deliberativo (CD) do PROIFES-Federação, reunido remotamente no dia 22 de abril, ao analisar a última proposta de acordo apresentada pelo Governo Federal em 19/04, avalia que houve avanços em relação à proposta original. No entanto, este CD entende que há necessidade de melhorar a proposta e, para tanto, reivindica que o Governo: apresente um índice de reajuste ainda em 2024; aumente o índice de reajuste proposto para 2026; cumpra o Piso Salarial do Magistério até 2026; valorize a entrada na carreira do magistério federal, substituindo as classes A/DI e B/DII por uma classe de entrada; aumente os steps das classes C/DIII e D/DIV para 5%; equipare os valores dos auxílios alimentação, saúde suplementar e creche dos servidores do Poder Executivo com os dos servidores dos demais Poderes até 2026. O aperfeiçoamento da proposta deverá ser apresentado ao Governo Federal na próxima Mesa Específica e Temporária de Negociação. Nesse sentido, o CD orienta todos os Sindicatos Federados que realizem reuniões e/ou assembleias para debater tanto a proposta de 19/4 apresentada pelo Governo, quanto as reivindicações de sua melhoria ora listadas. Solicita, ainda, que essa rodada de consultas seja realizada entre os dias 23 e 30 de abril de 2024.
Governo mantém proposta de reajuste zero para servidores federais e apresenta proposta apenas de reajuste de benefícios
Na tarde desta quarta-feira (10), aconteceu mais uma reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente entre o Governo Federal e a bancada sindical representante dos servidores públicos. O PROIFES-Federação foi representado pelo Diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, Geci Silva. Na ocasião, o Secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo, apresentou uma proposta que contempla o reajuste dos benefícios assistenciais recebidos pelos servidores: Auxílio alimentação de R$ 658,00 para R$ 1000,00; Reajuste por faixa salarial de saúde suplementar e Assistência pré-escolar de R$ 321,00 para R$ 484.90. O Governo Federal também indicou que as negociações relativas à estruturação de carreiras e de remuneração serão efetuadas nas mesas específicas das categorias, que deverão ser instaladas na totalidade até o mês de julho de 2024. Afirmou ainda que, caso alguma categoria entre em greve, as negociações setoriais serão paralisadas, as entidades pediram a retirada desta cláusula da proposta de acordo, porém, o Governo não cedeu. Além disso, o Governo esclareceu que não haverá a aplicação do reajuste linear. O termo de compromisso, conforme afirmou Feijóo, será enviado formalmente para as entidades sindicais que terão até a semana que vem para apresentar resposta ao Governo. O PROIFES-Federação irá discutir com a Diretoria e Conselho Deliberativo a proposta apresentada e levar até os sindicatos locais para que a base dos docentes avalie e apresente uma resposta.
PROIFES discute contraproposta de reestruturação de carreira com o MEC
Na manhã desta quarta-feira (03) o PROIFES-Federação se reuniu com a Secretaria de Educação Superior (SESU) do Ministério da Educação para apresentar e debater a contraproposta de reestruturação de carreira do Magistério Superior e EBTT enviada ao Governo Federal na última semana. Na ocasião, o Diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior do PROIFES, Geci Silva, explicou para o Secretário Alexandre Fonseca os principais pontos da contraposta da Federação, reforçando a importância do avanço na recomposição das perdas salariais, o cumprimento do piso salarial e a valorização dos docentes, tornando a carreira mais atrativa. O PROIFES solicitou ainda a imediata criação de um Grupo de Trabalho dentro do Ministério, para discussão efetiva das questões que envolvem a carreira do Magistério Superior e EBTT. O presidente do PROIFES, Wellington Duarte deixou claro o compromisso da Federação com o processo de negociação visando o sucesso da Mesa de Negociação Específica e o fortalecimento da carreira. “Estamos aqui acreditando em um processo contínuo de negociação que irá fortalecer e valorizar os docentes, para isso estamos abertos ao diálogo propositivo com o Governo, em busca da recomposição das perdas salariais, reajuste digno e reestruturação da carreira para que os professores e professoras sejam valorizados e respeitados”, afirmou Wellington. Contraproposta O documento entregue ao Ministério da Gestão e Inovação e apresentado durante a reunião contém uma proposta de valorização da carreira docente, projetando reajustes em 2024, 2025 e 2026 de modo que em 2026 a malha salarial cumpra com o Piso Salarial Nacional (Lei 11.378/2008) Os reajustes propostos são: 9,39% em 2024 (a justificativa para esse índice em 2024 é que na malha salarial da carreira proposta o Professor 40H, graduado, na Classe C/DIII, nível 1, teria o cumprimento do piso, ou seja, os aprovados no estágio probatório já teriam pelo menos o piso do professor em 2024), 6,82% em 2025 e 6,82% em 2026. Na contraproposta apresentada, ressalta-se a preocupação com os jovens docentes e com a atração da carreira para os que desejam se tornar professores e professoras das IFES. Confira aqui o documento na íntegra O Secretário Alexandre Fonseca explicou que o MEC está aberto ao diálogo e que a SESU busca criar caminhos possíveis para que os docentes sejam de fato valorizados. O Secretário sinalizou que acolheu com simpatia às demandas da Federação e ressaltou que “Estamos cientes de que é impossível ter uma boa educação sem a devida valorização dos profissionais. Agradecemos a disponibilidade do PROIFES em dialogar e negociar, iremos continuar trabalhando em conjunto para o bom andamento das demandas”, afirmou Alexandre que informou ainda que o MEC está trabalhando para que as negociações tenham resultados positivos Participaram também da reunião representando o PROIFES, o Diretor de Assuntos Educacionais do EBTT, Romeu Bezerra, o Diretor de Políticas Educacionais, Carlos Alberto Marques, o Diretor de Assuntos Jurídicos Oswaldo Negrão, o Diretor Tesoureiro Jairo Bolter, a Diretora de Seguridade Social Raquel Nery e a Diretora de Direitos Humanos, Rosângela Oliveira. O MEC foi representado ainda pela Coordenadora Geral de Articulação Institucional, Anne Caroline Oliveira e pela Diretora de Desenvolvimento de Rede da IFES, Tânia Mara.
O instrumento da greve e o PROIFES-Federação
O instrumento da greve e o PROIFES-Federação Cara/caro colega docente, Atravessamos um momento de grandes dificuldades: nossos salários perderam mais de um terço de seu poder de compra; nossas condições de trabalho estão gravemente afetadas por cortes orçamentários que precarizam as IFES em que atuamos, fragilizando ainda mais as bases em que se apoiam o ensino, a pesquisa e a extensão; as/os estudantes, que na última década formaram um corpo socialmente mais diverso, enfrentam dificuldades objetivas em dedicar-se à vida acadêmica e permanecer estudando; os técnicos-administrativos com quem dividimos o cotidiano laboral, por precárias condições salariais e de carreira, decidiram parar, tornando a manutenção de nossas atividades acadêmicas e administrativas um desafio ainda maior. Há alguns meses estamos em campanha salarial: temos na MNNP (Mesa Nacional de Negociação Permanente) e na Mesa Específica de Negociação o espaço institucional do diálogo, mas as respostas recebidas têm sido lentas, insuficientes e até inaceitáveis. O instrumento da negociação, saudável indicativo de que vivemos uma democracia, cumpre apenas parcialmente sua função quando as/os trabalhadores recebem o “zero” como resposta. Desde os últimos encontros com o governo nas duas mesas mencionadas (22 e 28 de fevereiro) e diante da gravidade do cenário, as entidades representativas da categoria docente, junto com outros trabalhadores do serviço público federal, têm reagido com intenso debate em suas assembleias, considerando o conjunto complexo de instrumentos de que dispõe, entre os quais figura a greve. Sobre esse instrumento específico o PROIFES Federação vem se manifestar – em apoio e solidariedade às/aos companheiros técnicos-administrativos, que decidiram em suas bases aderir à greve; em apoio e solidariedade ao SindiEdutec (Paraná), valoroso e importante sindicato de nossa Federação que, a partir das discussões feitas pelos docentes EBTT e técnicos administrativos que representa, decidiu pelo recurso à greve estabelecendo o marco de representar o primeiro corpo docente em greve na atual conjuntura; – para esclarecer que pela natureza da organização da Federação, o Conselho Deliberativo do PROIFES, instância decisória máxima, decidiu que a tática a ser seguida no momento é a das negociações e foi essa a indicação dada a todos os sindicatos federados, os quais, atuando a partir de sua soberania e de acordo com suas especificidades, têm suas decisões respeitadas e apoiadas pela Federação; – para esclarecer que não há no território brasileiro nenhuma entidade sindical que possa, de modo vertical e centralizado, decidir ou deflagrar movimento grevista em nome do conjunto dos servidores docentes federais; – para denunciar o caráter nefasto da proliferação de informações imprecisas que circulam entre a comunidade acadêmica das IFES, gerando dúvidas e insegurança para as comunidades acadêmicas, em especial o corpo discente, e desvirtuando as possibilidades organizativas e políticas da mobilização nas bases; – para informar que os demais sindicatos federados estão debatendo em suas bases sobre os caminhos a seguir diante do contexto, sem perder a centralidade do diálogo e das negociações, recursos de luta que nos levaram ao maior ganho salarial desde a implementação do Plano Real, no ano de 2015. O PROIFES-Federação reafirma sua disposição para a luta em defesa dos docentes, suas condições de trabalho, de salário e de aposentadoria, tanto quanto da universidade pública e a liberdade de pensar e produzir conhecimentos; reafirma seu empenho em representar de modo qualificado e responsável os interesses dos docentes em todas as instâncias em que lhe couber incidir; reafirma sua coerência com a cultura e os princípios democráticos, bem representados em sua estrutura organizativa, que tem no Conselho Deliberativo, em sua diversidade e pluralidade, a instância máxima de decisão e ação. O PROIFES-Federação, portanto, reconhece a greve como um direito das e dos trabalhadores, assegurado pela Constituição; não pode ser contra ou a favor do instrumento, pois a decisão por empregá-lo é das bases, organizadas em seus sindicatos; não vê contradição entre os esforços de diálogo e negociação com as demais formas de mobilização das e dos trabalhadores em contextos democráticos, pois apenas nas democracias é possível, com liberdade e segurança, negociar, manifestar-se e fazer greve.
PROIFES-Federação apresenta proposta de reestruturação de carreira em reunião com Andifes
Nesta quinta-feira (21) o PROIFES-Federação, representado pelo presidente, Wellington Duarte e pelo Diretor de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, Geci Silva, participou da reunião do Conselho Pleno da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior). Na ocasião, foi apresentada a proposta de reestruturação de carreira do PROIFES-Federação, bem como a contraproposta a ser apresentada ao Governo Federal na próxima reunião da Mesa de Negociação Específica. O presidente Wellington Duarte participou de forma remota da reunião e reforçou o histórico do PROIFES na assinatura dos últimos acordos referentes à carreira bem como a atuação do PROIFES nas negociações com o Governo Federal. “Os professores e professoras são partes fundamentais das universidades e institutos federais e precisam de valorização em sua carreira profissional, por isso estamos aqui apresentando a nossa proposta de reestruturação de carreira e buscando o apoio necessário para que saiamos vitoriosos nas negociações”, afirmou Wellington. Em sua apresentação, Geci Silva elencou as preocupações atuais com a carreira como o não cumprimento do atual piso do professor e o fato de termos uma carreira economicamente empobrecida que a curto, médio e longo prazo não será capaz de atrair nem de reter a inteligência e o talento necessários para a manutenção e o avanço da qualidade da educação superior brasileira, colocando o sistema em colapso. Considerações para contraproposta O PROIFES apresentou também alguns pontos que foram levados em consideração para a criação da contraproposta dentre eles estão: Considerar as diferentes gerações de professores/as, conforme reformas previdenciárias; A não possibilidade de existir uma carreira única de professor federal; Manutenção da isonomia salarial entre Magistério Superior e EBTT e o necessário avanço na recuperação das perdas acumuladas desde março de 2015, que até fevereiro deste ano é de 36,63%. Geci Silva explicou ainda que a contraproposta a ser apresentada terá como objetivo principal reajustes em 2024, 2025 e 2026 de modo que em 2026 a malha salarial cumpra com o Piso do Professor de 2024, R$4.580,57, reajustado considerando a projeção do IPCA de 2024 em 4% e o de 2025 em 4%. Ou seja, considerar em 2026 o salário de entrada do professor 40H graduado como sendo R$ 4.954,34. “O PROIFES tem trabalhado de maneira árdua nas negociações, buscando o diálogo e procurando caminhos políticos, espaço e subsídio para que os docentes das universidades e institutos federais sejam de fato valorizados, para isso, pedimos também o apoio da Andifes para que de forma urgente o MEC constitua um Grupo de Trabalho para o debate da carreira do Magistério Superior e EBTT”, afirmou Geci Silva. A presidente da Andifes, Márcia Abrahão agradeceu a participação do PROIFES na reunião de pleno da Andifes e se dispôs a colaborar com a Federação no apoio necessário para o bom andamento das pautas apresentadas dentro das negociações com o MEC.
PROIFES se mobiliza em luta permanente pelos direitos dos docentes e demais servidores públicos
No próximo dia 22 (quinta-feira) acontecerá mais uma reunião da Mesa de negociação com o governo para tratar das pautas específicas da educação. Posteriormente, no próximo dia 28 haverá mais uma rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente, onde o governo deverá apresentar resposta a contraproposta apresentada pela bancada sindical em janeiro. O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE), do qual o PROIFES faz parte, irá realizar na próxima segunda-feira (26) uma live com Maria Lúcia Fattorelli, da Auditoria Cidadã Pública, representantes do DIEESE e as deputadas federais, Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Erika Kokay (PT-DF). O encontro tem como propósito, expor informações e sanar as dúvidas acerca das reivindicações contidas na contraproposta apresentada, além de apresentar a viabilidade de sua aplicação pelo Governo Federal. O PROIFES-Federação estará presente nas agendas, reforçando a sua luta na defesa dos docentes das universidades e institutos federais que necessitam de reestruturação de carreira e de recomposição salarial urgente. Acompanhe o calendário de mobilização: – 22/02 – Reunião da Mesa de Negociação de Carreira; – 26/02 – Live do Fonsasefe: O que os servidores (as) estão reivindicando? –28/02 – Dia Nacional de Luta com Paralisação dos servidores públicos/ Reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente;
“Investir na qualidade da educação é valorizar os nossos professores”, diz Camilo Santana na abertura da Conae 2024
Ministro da Educação esteve no evento, que conta com a participação de delegação do Proifes-Federação Na noite deste domingo, dia 28, no Centro Comunitário Athos Bulcão, na Universidade de Brasília (UnB), foi aberta oficialmente a Conferência Nacional de Educação (Conae) 2024. Cerca de 2,5 mil pessoas participaram do evento, incluindo representantes da sociedade civil, de segmentos educacionais e setores sociais. Sindicatos federados ao Proifes-Federação estão representados na Conae. No total, são 17 delegados e quatro observadores representando o Proifes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aguardado para a abertura, não esteve presente, mas deve comparecer à conferência na segunda ou na terça-feira. O ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, o coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE), Heleno Araújo, e a reitora da UnB, Márcia Abrahão Moura, entre outras autoridades, estiveram na mesa de abertura. Anfitriã, a reitora da UnB falou também como presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). “Estamos aqui reunidos para discutir o futuro da educação brasileira, com forte responsabilidade inclusiva”, afirmou. Moura lembrou das intimidações a reitores, professores e sindicatos, ataques à universidade pública, e citou a morte do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier. “Não abrimos mão da democracia. Defendemos o nosso país e a educação pública, gratuita, inclusiva, democrática, laica e de qualidade”, defendeu. Heleno Araújo, do FNE, iniciou seu discurso destacando: “resistimos e chegamos até aqui”. Ele ressaltou a política de participação social do governo Lula e o fato de a Conae ter mobilizado todo o Brasil. Foram mais de 1,3 mil conferências realizadas, em 4,3 mil municípios de todos os estados e do Distrito Federal. O ministro Camilo Santana aplaudiu professores e professoras e fez um histórico da atuação no Ministério da Educação. “Foi preciso reconstruir o MEC em todos os aspectos, primeiro o orçamentário”, iniciou. Relembrou ainda a reabertura do ministério para a participação de diferentes setores educacionais. “Ninguém constroi nenhuma política pública sem diálogo”, afirmou. Segundo Santana, foram recriadas todas as comissões relacionadas à educação, e mais de 200 entidades hoje participam da construção dessas políticas. “Abrimos as portas do MEC para ouvir estudantes, para ouvir professores, que são os grandes responsáveis pelas políticas educacionais no Brasil”, destacou. O ministro afirmou que o governo federal tem feito a recomposição orçamentária das universidades e institutos federais, assim como retomado obras nos campi. Ressaltou ainda o plano de construção de 100 novos institutos federais. “Pela primeira vez, a educação entrou no PAC”, citou. Santana mencionou ainda o aumento no valor das bolsas de pesquisa e afirmou que o MEC está revendo “toda a questão dos cursos EaD ofertados no país”. Adiantou também que “antes de lançar o Fies em 2024, nós vamos lançar o novo Fies social”. Ao encerrar sua fala, o ministro se referiu às delegações da Conae como representantes da educação de todo o país e “os melhores fiscais de toda política pública”. Explicou que o documento-base que sairá da conferência “vai orientar a construção do novo Plano Nacional de Educação do nosso país”. “Esse documento vai orientar o projeto de lei que será encaminhado pelo presidente Lula ao Congresso Federal”, completou Santana. Em um aceno aos profissionais da educação, o ministro finalizou seu discurso afirmando: “Nós não vamos construir um país melhor sem investir na qualidade da educação. Investir na qualidade da educação é valorizar os nossos professores”. Entre as outras pessoas da mesa, houve pedidos como o de revogação do Novo Ensino Médio e a regulação do ensino superior privado. A conferência nacional vai até terça-feira, dia 30, e tem como tema central o Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034: política de Estado para garantia da educação como direito humano com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável. Proifes na Conae O Proifes-Federação terá participação nos colóquios e plenárias que compõem a programação da Conae. O presidente da entidade, Nilton Brandão, falou do desafio da Conae pensar na educação que queremos para os próximos dez anos. Brandão ressaltou o trabalho dos sindicatos federados nas plenárias municipais e estaduais. “É uma tarefa fundamental para o futuro da educação brasileira”. Nesta segunda, dia 29, das 10h45 às 12h45, no Anfiteatro 2 do Instituto Central de Ciências (ICC), será realizado o Colóquio 6 com o tema “Justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável: contribuições para o PNE”, que terá como palestrantes Antonio Ibañez (UnB), Marilene Corrêa da Silva Freitas(SBPC/UFAM), Rita Silvana Santana (Secadi/MEC), Leosmar Terena (MPI), e será mediado por Carlos Alberto Marques. No mesmo dia e horário, mas no Anfiteatro 7 do ICC, ocorre o Colóquio 14, “Privatização da educação: desafios e estratégias de luta para o próximo decênio”, que foi proposto pelo Proifes-Federação e terá como palestrantes Geovana Reis (ADUFG/Proifes), Carlos De Feo (Conadu), e Fátima Silva (CNTE/IEAL), e será mediado por Raquel Nery (Apub/Proifes). Já no Anfiteatro 4 do ICC, também no mesmo dia e horário, haverá o Colóquio 20, “Desconstruindo Paradigmas na Educação: Uma Perspectiva Bell Hooks”, mediado por Rosângela Oliveira, do Proifes, e que terá como palestrantes Raissa Silveira de Melo (UBM), Mônica Oliveira (UBM) e Ana Claudia Marocchi (Sindiutec). À tarde começam as plenárias de eixos. A plenária do Eixo 1 – O PNE como articulador do Sistema Nacional de Educação, sua vinculação aos planos decenais estaduais, distrital e municipais de educação, em prol das ações integradas e intersetoriais, em regime de colaboração interfederativa – começa às 14h no Anfiteatro 4 do ICC, e terá relatoria de Rosângela Oliveira, do Proifes. No mesmo horário, no Anfiteatro 13 do ICC, ocorre a Plenária do Eixo 7 – Educação comprometida com a justiça social, a proteção da biodiversidade, o desenvolvimento socioambiental sustentável para a garantia de uma vida com qualidade e o enfrentamento das desigualdades e da pobreza – que será coordenada por Carlos Alberto Marques.
Governo não concederá reajuste salarial para 2024, apenas de benefícios para Servidores do Executivo Federal
Foto: Rafa Neddermeyer – Agência Brasil Na tarde da última segunda-feira, 18 de dezembro, aconteceu a última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) de 2023, na qual o Governo Federal anunciou que não concederá reajuste salarial em 2024 para servidores públicos federais do Executivo e propôs reajuste apenas de benefícios, a partir de maio de 2024. Nilton Brandão esteve presente representando o PROIFES-Federação. Para os benefícios, foram apresentadas as seguintes propostas de reajuste: R$ 1.000,00 (51,9%) no vale alimentação; R$ 215 (51%) no subsídio per capita saúde suplementar; e de R$ 484 (51%) no auxílio-creche. A proposta, segundo o secretário, é que os reajustes nos benefícios sejam aplicados a partir de 2024. Vale destacar que durante as negociações, as entidades representantes das diversas categorias dos servidores públicos federais pediram que aposentados e pensionistas não fossem excluídos da negociação, no entanto, de acordo com essa proposta, esse grupo só seria contemplado com o reajuste no subsídio de saúde complementar. Ademais, para o funcionalismo do executivo em geral, ativos e aposentados, as perdas salariais podem chegar a 35% ao considerar as previsões atuais de inflação. “O questionamento incisivo recai sobre o impacto prejudicial aos aposentados, uma preocupação que, a nosso ver no PROIFES, exige uma análise cuidadosa. Muitos aposentados contam apenas com uma mínima assistência de alimentação, enquanto alguns sequer conseguem arcar com planos de saúde atualmente. A contribuição destinada a eles é praticamente insignificante. Nesta proposta, os aposentados permanecem à margem, continuando a ser desvalorizados. A busca por reajustes, prevista apenas para 2024, mantém uma perspectiva distante de melhoria para essa parcela da população,” afirmou Nilton Brandão O Governo Federal pretende garantir, apenas para 2025 e 2026, o mesmo índice de 18% de reajuste salarial concedido aos servidores do Legislativo e Judiciário. Mas, nesse caso, seriam descontados os 9% concedidos em maio de 2023, restando apenas 9% dividido em duas parcelas, sendo 4,5% para 2025 e mais 4,5% para 2026. Na reunião, o secretário do MGI afirmou que o compromisso do Governo Federal é “conseguir para 2025 e 2026 os mesmos índices concedidos pelo judiciário. Vale ressaltar que, considerando as previsões atuais de inflação, a categoria docente, por exemplo, deve chegar a janeiro de 2024 com 35% de defasagem. Com informações de APUB-Sindicato e ADUFG-Sindicato
PROIFES-Federação assina Declaração da CPLP-SE sobre o Dia Internacional dos Direitos Humanos
O PROIFES-Federação, enquanto entidade integrante da Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa (CPLP-SE), assinou documento da entidade, divulgado nesta sexta-feira (8), no âmbito do Dia Internacional dos Direitos Humanos. Na declaração, a CPLP-SE reafirma que “direitos sindicais também são direitos humanos e são essenciais na luta por uma sociedade em harmonia com todos os seres vivos e o meio ambiente, uma sociedade justa, solidária, inclusiva e democrática”. Leia o documento completo abaixo:
Em nota, diretoria do PROIFES-Federação pede cessar-fogo na Faixa de Gaza
Partindo da premissa de que ninguém pode se omitir diante da barbárie, reunida em Brasília na última sexta-feira (24), a diretoria do PROIFES-Federação emitiu nota pedindo um imediato e definitivo cessar-fogo na Faixa de Gaza. Trazendo o contexto sócio-político atual, o documento afirma que a questão humanitária está relegada a segundo plano. “Em dois meses de conflito na Faixa de Gaza já morreram mais pessoas do que em dois anos de guerra na Ucrânia, sem que a ONU consiga parar o conflito ou impor um cessar-fogo”, afirma a diretoria na nota. No texto, a Federação apela ainda por uma imediata libertação dos reféns e por ajuda humanitária para os milhares de feridos em Gaza, defendendo que uma paz justa e duradoura passa pela coexistência de Estados independentes de Israel e da Palestina. Leia a nota completa abaixo: Nota da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e do Ensino Básico Técnico e Tecnológico – PROIFES Por um imediato e definitivo cessar-fogo na faixa de Gaza Ninguém pode omitir-se diante da barbárie,venha de onde vier e pelo motivo que for. O mundo todo está vivendo uma grande e grave instabilidade sociopolítica, muito em função da severa e crônica crise econômica do modelo de reprodução do capital, especialmente nos países mais desenvolvidos, mas que, como sempre, os seus reflexos atingem os países mais frágeis e os excluídos da distribuição da riqueza, as nações periféricas do capital financeiro mundial. As faces dessa crise se manifestam nas migrações, na fome, nas emergências climáticas e, especialmente, nos conflitos pelo poder hegemônico do capital em diversos países. É a falência de um modelo econômico que ao produzir muita riqueza, concentrá-la nas mãos de poucos, inevitavelmente socializa miséria, sofrimento, destruição ambiental e dilaceração social. Os interesses econômicos se sobrepõem a tudo e a todos. Portanto, sem qualquer escrúpulo, para garantir a manutenção do estado atual da geopolítica econômica, os sistemas políticos e econômicos lançam mão de todos os meios e estratégias, inclusive as guerras. O avanço de forças reacionárias na política que, em nome da liberdade, naturalizam a violência e pregam o ódio ao próximo, se difundem mundo afora pelas mídias sociais e se reforçam pelos interesses da indústria de armas, que vive de guerras – a indústria armamentista, especialmente a americana, detém mais de 40% do mercado mundial de armamentos. Portanto, se enriquece com a morte. Os dados coletados e compilados sobre a economia mundial preveem o recrudescimento desses reflexos, já que a maioria dos países deve encolher o PIB em torno de 25%, em média, em 2024, quando comparados a 2023, ano que saímos da pandemia de Covid, mas não superamos ainda a crise econômica que ela nos legou. Os custos para cada dia de guerra giram em torno de 2 bilhões de dólares para cada um dos países envolvidos, mas que, certamente, serão distribuídos entre todas as nações; e o maior beneficiário de um planeta em constante estado de beligerância são, como sabemos, os Estados Unidos. Nesse contexto, de extrema fragilidade social, a questão humanitária é relegada a segundo plano. Em dois meses de conflito na faixa de Gaza já morreram mais pessoas do que em dois anos de guerra na Ucrânia, sem que a ONU consiga parar o conflito ou impor um cessar-fogo. Governado por uma coalizão de reacionários e fundamentalistas, declaradamente sionistas, a resposta do Estado de Israel ao condenável ataque terrorista do braço armando do Hamas, está trazendo o terror e morte aos 2,3 milhões de habitantes dessa pequena faixa de terra. A resposta do governo israelense, com um exército poderosíssimo, é uma punição coletiva ao povo civil palestino, especialmente a milhares de crianças. É uma prática condenável em todos os aspectos e que ganha, a cada dia, características de extermínio. Diante disso, o PROIFES Federação faz um veemente apelo por um imediato e definitivo cessar-fogo, pela imediata libertação dos reféns, pela imediata ajuda humanitária para os milhares de feridos em Gaza. Nossa Federação defende ainda que uma paz justa e duradoura passa pela coexistência de Estados independentes de Israel e da Palestina. Parem essa guerra! Parem o genocídio!