Docentes debatem os desafios do Movimento Sindical em mesa do XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação

Após seis anos de retrocessos, sobretudo para a Educação brasileira, o Encontro Nacional do PROIFES-Federação volta a acontecer em um momento que proporciona não só para os docentes, mas também para os demais trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, uma janela de oportunidade para a retomada de avanços. Diante disso, quais são os desafios do Movimento Sindical frente ao novo governo? Essa foi a questão que os delegados e delegadas que apresentaram textos no Eixo 2 buscaram responder durante a tarde desta quinta-feira (20). Sob a coordenação do vice-presidente do PROIFES-Federação e diretor do ADURN-Sindicato, Wellington Duarte, e da diretora do ADUFG-Sindicato, Geovana Reis, foram apresentadas 15 teses com propostas de encaminhamentos para a Federação. Os textos abordaram diversos temas, como a defesa da universidade pública; o papel da extensão; fake news e os desafios da comunicação sindical; a independência dos sindicatos; Reforma do Ensino Médio; entre outros.  A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 555/2006, que trata do fim da contribuição previdenciária para aqueles e aquelas que já estão aposentados, também foi abordada durante as discussões. A ideia é que o PROIFES-Federação intensifique o trabalho pela aprovação da PEC.  Em todas as exposições um consenso: a Democracia não está consolidada no Brasil. Nesse sentido,  foram apresentadas diversas propostas com o objetivo de fortalecê-la  e reforçando a necessidade de manter a autonomia dos sindicatos diante do governo. Todas as propostas apresentadas foram debatidas e votadas pelos delegados e delegadas presentes e, as aprovadas, serão encaminhadas para avaliação do Conselho Deliberativo do PROIFES-Federação, que vai se reunir no próximo sábado (22). Além dos encaminhamentos, os docentes aprovaram três moções: em defesa do Ministério da Ciência, Tecnologia & Inovação (MCTI); em defesa da redução da taxa de juros e da retomada do processo de desenvolvimento; e em defesa da memória do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier. Os documentos serão disponibilizados posteriormente no site do PROIFES-Federação. “Tivemos uma mesa bem produtiva, com 45 propostas aprovadas, o que demonstra que os docentes estão ligados com as pautas da educação. Agora as propostas serão encaminhadas pelo Conselho Deliberativo da Federação para que saíamos fortalecidos desse processo”, afirmou Wellington Duarte. O XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação segue até amanhã (21), na cidade de Salvador/BA. Acompanhe a cobertura completa do evento nas redes do PROIFES e dos sindicatos federados.

Plano Nacional da Educação e enfrentamento entre público e privado são discutidos no XIX Encontro Nacional do Proifes

Eixo I teve 12 textos apresentados que trataram, entre outros temas, do financiamento da educação, formação docente e diversidade A mesa do Eixo I discutido no XIX Encontro Nacional do Proifes-Federação foi conduzida por Carlos Alberto Marques, diretor de Políticas Educacionais da entidade, membro do Fórum Nacional de Educação (FNE) e ex-presidente da Apufsc-Sindical, e Raquel Nery, diretora de Seguridade Social do PROIFES e diretora da Apub-Sindicato,na manhã desta quinta-feira, dia 20.  No total, 12 professoras e professores apresentaram suas propostas neste eixo, que teve como tema o Plano Nacional de Educação (PNE), enfrentamento da questão pública x privado: mercantilização e disputa ideológica. Ao abrir os trabalhos, Bebeto e Raquel explicaram a dinâmica da mesa. Depois, todos os autores apresentaram seus textos. Ao final, se discutiram as propostas e foi realizada votação.  O primeiro texto foi “A barreira simbólica – Universidade estranha às causas populares”, de Lúcio Vieira. Depois, Reginaldo Soeiro falou sobre “Vagas Remanescentes das IEs públicas e a relação com as verbas da educação destinadas ao Fies”. “Desafios da educação frente às políticas educacionais ainda em vigência” foi o tema do texto de Andréa Hack, Eliane Gonçalves, Marta Lícia Teles Brito de Jesus e Silvia Maria Leite de Almeida. Silvia também apresentou o texto “Fortalecer o FNPE: O PNE em disputa”. Bebeto Marques apresentou o texto “Por uma reforma da universidade”, produzido coletivamente pela delegação da Apufsc-Sindical para o XIX Encontro Nacional do Proifes-Federação. Na sequência, Isabelle Maria Mendes de Araújo falou sobre “Novo arcabouço fiscal e desafios para o financiamento da educação pública”.  “A mercantilização da educação nacional e o risco para os campi avançados da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica” foi o assunto do texto de Gabriel Augusto Cação Quinato e Marcos Paulo Rosa. Já Maria Cristina Martins tratou dos “Desafios da educação pública”. “Evasão no ensino superior público do Brasil: Debate necessário” foi o tema do texto de Oswaldo Gomes Corrêa Negrão. Depois, foi abordado o “Massacre neoliberal contra a educação: propostas para o enfrentamento do extremismo de direita nas instituições de ensino”, de Rogério Martins Marlier. Douglas Verrangia tratou de “Diversidade nos campi como base para a defesa da universidade pública, laica, gratuita e de qualidade”. Depois, Fernanda Castelano Rodrigues falou sobre “A universidade como direito: Desafios para uma nova Política Nacional de Educação”. O último texto do Eixo I foi “A necessidade de construção do novo PNE”, de Geovana Reis. Depois da apresentação dos textos, foram lidos pela mesa os blocos de propostas por categorias: PNE; financiamento para manutenção e/ou expansão da educação pública; formação e valorização; participação, gestão democrática da educação e reforma universitária; legislação e normas; EPT e EBTT; e valorização da diversidade. Após  a leitura das propostas de cada bloco e de discussão, foi aberta a votação – que em alguns casos ocorreu em bloco e em outros individualmente. “Respeitar aquilo que veio das bases dos sindicatos: esse é nosso esforço”, ressaltou Carlos Alberto.

XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação lança campanha contra privatização da educação pública na América Latina

Iniciativa também tem como objetivo promover a defesa de mais recursos para o ensino público; Discussão reuniu especialistas em educação do Brasil e outros países O PROIFES-Federação e a Internacional da Educação para a América Latina (IEAL) lançaram nesta quinta-feira (21/07), uma campanha contra a privatização da educação. A iniciativa também tem como objetivo defender mais recursos financeiros para o ensino público em todos os seus níveis. A campanha foi apresentada durante a programação do XIX Encontro Nacional do PROIFES, que ocorre até sexta-feira (21), em Salvador, na Bahia. Na ocasião, a vice-presidente da IEAL, Fátima Silva, destacou que a iniciativa deve ser movida pela defesa da educação pública. “Nossa campanha defende a formação humanista, que tenha a pessoa como centro do processo ensino-aprendizagem. As tecnologias precisam ser incorporadas como meio e não como final”, destacou. Fátima também falou sobre o contexto econômico do ensino. “Quando temos mais recursos, também temos como garantir autonomia, soberania e valorização. Precisamos nos unir para conseguir avançar nas pautas em defesa da educação e dos serviços públicos”, defendeu. O debate sobre os problemas enfrentados com a privatização da educação também contou com a participação da secretária de Relações Internacionais da Federação Nacional de Docentes Universitários da Argentina (Conadu), Yamile Socolovsky. “O ensino não pode ter como base ou ser pensado sob o aspecto neoliberal. Vejo com muita preocupação essa força da privatização. É fundamental adotar estratégias para enfrentar esse problema. Afinal, educação é sinônimo de soberania”, disse. Para o secretário-geral da Federação Nacional de Docentes Universitários da Argentina (CONADU), Carlos de Feo, a mobilização dos trabalhadores será decisiva para evitar retrocessos. “Creio que a América Latina se prepara para uma época de fortalecimento dos movimentos populares”. O diretor de Relações Internacionais do PROIFES, Eduardo Rolim, que coordenou o debate, também ressaltou a importância da mobilização. “Os trabalhadores precisam se organizar internacionalmente. Por isso nossa entidade tem buscado ter uma atuação internacional cada vez mais forte para enfrentar os desafios do presente e do futuro”, declarou. Antes do debate, o presidente do PROIFES, professor Nilton Brandão, apresentou o novo livro que será lançado pela entidade: Relações Internacionais do PROIFES. A obra relata as ações da entidade em âmbito internacional e conta com entrevistas com lideranças de diversos países. “A história passa e precisa ser contada. As futuras gerações devem saber o que temos feito por nós e por elas. O livro é um resgate da nossa trajetória”.

Começa em Salvador o XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação

Teve início na noite desta quarta-feira (19) na capital baiana o XIX Encontro Nacional do PROIFES-Federação. O evento, que vai até o dia 21, reúne uma média de 200 convidados, entre diretores, delegados dos sindicatos federados, palestrantes e observadores.  Durante todo o evento, dividido em quatro eixos de debate, serão discutidos temas como a valorização e carreira dos docentes das universidades e institutos federais, a luta contra a privatização da educação pública, a reestruturação sindical e os desafios do momento.  A abertura contou, dentre outros nomes, com a presença do presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) Heleno Araújo, da Vice-presidente da IEAL  (Internacional da Educação da América  Latina) , Fatima Silva, do Secretário Geral da CONADU (Federação Nacional de docentes universitários da Argentina), Carlos de Feo, e da presidente da CUT-BA, Maria Madalena Firmo.  A anfitriã e presidente da APUB, professora Marta Lícia, iniciou a solenidade agradecendo a todos os presentes e destacando o trabalho realizado por toda diretoria e funcionários do sindicato, que assumiram a responsabilidade de trazer o encontro nacional do PROIFES para Salvador.   “O encontro acontece justamente no mês de julho, quando comemoramos o  bicentenário da independência da Bahia, local que nos últimos seis anos foi palco de muita resistência. Com a realização desse encontro reforçamos o compromisso da APUB de construir sua história pautada nas defesas da democracia, da universidade pública e da categoria docente“, afirmou Marta Lícia. O Secretário Geral da Federação Nacional de Docentes Universitários da Argentina (CONADU), Carlos de Feo, destacou a importância da participação do PROIFES no cenário internacional. “Como entidades defensoras da educação, temos a obrigação de defender e fortalecer as universidades, lutando contra os fantasmas da mercantilização e privatização da educação. Lutar pelas universidades é lutar também pelo futuro“, afirmou o Secretário. O presidente da CNTE, Heleno Araújo, reforçou o simbolismo do encontro nacional do PROIFES. “Esse encontro simboliza a construção de orientações importantes para o governo, tendo a educação e a  democracia como eixos de luta. A história é movida pela luta de classe e, considerando o lugar que os professores e trabalhadores ocupam no Brasil, participar desse evento nos honra. A organização sindical cumpriu um papel importante na construção do Brasil que estamos agora e tenho certeza que deste evento sairão grandes contribuições para os próximos anos de governo“, afirmou Heleno. O presidente do PROIFES, professor Nilton Brandão finalizou a cerimônia de abertura destacando as pautas de luta do PROIFES e a importância que cada convidado presente na mesa simboliza para a defesa dessas pautas.   “Temos aqui um conjunto de pessoas que são fundamentais para a nossa luta, representações que vão desde os estudantes até os aposentados, o que demonstra o compromisso do PROIFES com as diversas pautas da educação. Nos orgulhamos de dizer que os avanços da educação federal nos últimos 20 anos tem as digitais da Federação. O PROIFES veio à Bahia para discutir a educação pública, gratuita, de qualidade e o compromisso dos governos de cada estado na construção dessa pauta“, finalizou Brandão. Participaram também da solenidade de abertura, Mateus Martins, representando o governador da Bahia, a vice-presidente da UNE (União Nacional dos estudantes), Dayane Araújo, o coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da UFBA, Arlindo Neto, a Secretária Regional da SBPC (Sociedade Brasileira para o progresso da ciência), Tânia Hetkowski, a diretora da ANAPAR (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos beneficiários de Saúde Suplementar, Julia Margarida, o presidente da MOSAP (Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas), Edison Haubert, a diretora da UNILAB, Miriam Carneiro, o pró-reitor de gestão acadêmica da Universidade Federal do Sul da Bahia , Francisco Lanciotti, o reitor da Universidade Federal do Oeste baiano, Jacques Miranda, o reitor do instituto federal baiano e representante do CONIF, Aécio Duarte, o reitor da universidade federal da Bahia representando a ANDIFES, Paulo César Oliveira e o presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia, Paulo Nacif. Reconhecimento Em todos os encontros do PROIFES, a diretoria escolhe um professor para receber uma homenagem da Federação, neste ano a Diretora de Comunicação, Gilka Pimentel foi a homenageada da vez.  Durante a solenidade, o brilhante trabalho exercido pela professora desde a fundação do PROIFES, foi reconhecido. “Forjada nas lutas que escolheu travar, dedicou a cada uma o melhor da sua energia. Foi assim no movimento estudantil, é assim no movimento sindical docente“, foi assim que Gilka foi reconhecida com muito aplauso por todos presentes na abertura.