O PROIFES – Federação protocolou, durante a 24ª Plenária do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), uma moção de repúdio às declarações do vereador de Caxias do Sul, Sandro Fatinel (sem partido). O vereador realizou declarações xenofóbicas contra trabalhadoras e trabalhadores nordestinos.
Além desta, foi apresentada também uma proposta de apoio ao MST, que teve sua atuação criminalizada no sul da Bahia após descumprimento de acordo por parte de uma empresa de celulose, que apontaria as terras para ocupação do movimento, o que assentaria 450 famílias.
Jailson Alves, diretor jurídico do PROIFES, se encarregou de protocolar as duas moções. Ele declarou que o discurso de ódio contra o povo nordestino é na verdade um discurso escravocrata que precisa ser punido. “Viemos debater tudo que impacta na comunicação, tanto estatal quanto da sociedade como um todo. Esse debate perpassa todas as outras agendas sindicais pelas quais nós lutamos”, declarou.
Gilka Pimentel, diretora de comunicação do PROIFES, declarou que é importante a participação do movimento sindical em eventos como este, para que haja contato com outras esferas da sociedade civil.
“O FNDC é uma organização dos movimentos da sociedade civil. Então não tem só jornalistas e comunicadores, mas tem entidades que participam hoje do debate da democratização da comunicação. A importância da gente estar aqui é se vincular a esta e outras lutas, como a agenda necessária de conquistas do governo (no âmbito da comunicação) e a relevância da EBC (Empresa Brasileira de comunicação), que foi tema que perpassou o evento. É importante que nós que fazemos comunicação sindical estejamos vinculados a um debate mais geral”, disse.
Leonardo Santa Inês, que também integrou a comitiva do PROIFES, colocou que esta é uma oportunidade de novos esforços em prol da promoção do espírito democrático. “Essa plenária acontece num momento de grande esperança de retomar uma pauta tão importante como a democratização da comunicação. Depois de anos de ataques e de desinformações sendo promovidas pelos próprios agentes estatais, nós temos agora a oportunidade de fazer novos esforços de regulação tanto das mídias tradicionais quanto das digitais, que promovam mais diversidade ao debate público e mais democracia pro nosso país”, concluiu.
Acesse as moções de repúdio no site oficial da APUB: apub.org.br