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O que há de novo?

Decisão foi publicada no último domingo, dia 12 A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou nesta

O Programa Mais Professores e a valorização do Magistério no Brasil

Por Geovana Reis, membro do Conselho Deliberativo do PROIFES e Diretora de Relações Interinstitucionais do ADUFG-Sindicato

O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (15), o Programa Mais Professores pelo Brasil. A iniciativa engloba duas importantes medidas de valorização da docência no país. Uma delas é a criação da Prova Nacional Docente (PND), que será realizada anualmente para a seleção de professores. A outra é o Pé-de-Meia Licenciaturas, cujo objetivo é oferecer um auxílio mensal para que estudantes permaneçam nos cursos de formação de docentes.

O anúncio do programa vem em boa hora. Desvalorizada e sobrecarregada, a categoria enfrenta obstáculos cada vez maiores, da formação ao exercício da profissão. Essa condição leva muitos professores ao adoecimento físico e mental, o que acarreta o abandono da profissão em muitos casos.

Uma pesquisa publicada pela FTD Educação no início de 2024 entrevistou professores e coordenadores escolares em todo o país. Os resultados mostraram a principal preocupação dos professores (cerca de 58%), é com a saúde mental e socioemocional.

A histórica negligência com os docentes por parte do poder público já pode ser observada na formação dos professores. De acordo com o Censo da Educação publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), entre os anos de 2022 e 2023 houve uma queda de 9,7% no número de alunos formados nos cursos de licenciatura. Quando se observa o índice de evasão escolar, o cenário é ainda mais alarmante, chegando a 40%. Entre 2021 e 2022 a evasão chegou a quase 60%.

O lançamento do programa vem para corrigir esse cenário. Ele tem impacto positivo no cumprimento de diversas metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) que não foram cumpridas. Questões como a universalização da educação, a formação continuada para professores e a valorização do magistério não serão resolvidas sem o investimento massivo na educação.

A iniciativa contribui também para outra meta importante do PNE: a redução das desigualdades educacionais nas diversas regiões do país. Cidades e estados distantes dos grandes centros urbanos, notadamente das regiões norte e nordeste, enfrentam graves problemas de financiamento e de infraestrutura. Um programa nacional como esse certamente ajudará os professores que estão na ponta.

Entretanto, muito ainda precisa ser feito.  Ampliar os investimentos e valorizar os(as) trabalhadores(as) da educação é condição fundamental para qualquer nação que deseja ser soberana e que almeje a qualidade de vida para o seu povo.

Mais do que um instrumento de ascensão social, a educação cumpre um papel insubstituível na construção de um futuro melhor, mais justo e que supere as desigualdades e as misérias que vivemos em nosso tempo. Cuidar da educação é, em certa medida, cuidar do futuro da humanidade. E não é possível cuidar da educação sem cuidar de quem a constrói todos os dias.

Fonte: ADUFG-Sindicato

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