No último dia 24 o PROIFES-Federação, representado pelo seu presidente, Nilton Brandão, participou da 12° Conferência de Ensino Superior e de Pesquisa no México organizada pela Internacional da Educação e pelo Sindicato Nacional de Trabajadores de la Educación (SNTE).
Durante o evento, dois temas importantes foram colocados em pauta: A discussão sobre conhecimento aberto x direito de autor e a descolonização da Educação Superior. Nilton Brandão coordenou uma oficina a respeito da descolonização ressaltando a necessidade de que a educação esteja centrada nos problemas das comunidades onde estão as universidades e não em temas de interesse dos antigos colonizadores, ou seja, uma educação centrada na transformação das realidades locais.
A proposta é de uma educação que se concentre na transformação das realidades promovendo o entendimento e a valorização da cultura e buscando alternativas para corrigir injustiças históricas. Os sindicatos presentes foram desafiados a apresentar ações em seus países que representem essa transformação, com ênfase na promoção de justiça social e igualdade.
Na ocasião, o presidente do PROIFES, abordou a implementação de cotas no Brasil, que se deu a partir de 2008 no primeiro governo Lula. Brandão também destacou a criação de universidades voltadas especificamente para a correção de injustiças históricas, como a UNILAB (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) e a UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul)
“A participação do PROIFES na Conferência reforça o comprometimento da Federação com questões críticas e pertinentes dentro da construção de uma educação pública, gratuita e de qualidade, além disso, reforça a defesa do conhecimento como um bem público fundamental para o desenvolvimento de sociedades mais justas e igualitárias”, destacou Nilton Brandão.
Conhecimento Aberto x Direito de Autor
Um outro tema debatido durante a Conferência foi a discussão entre “conhecimento aberto” e “direito de autor”. Na ocasião, os participantes chegaram ao consenso de que o conhecimento deve ser livre de amarras e que a ciência deve ser de domínio público. Foi ressaltada ainda a importância de que pesquisas financiadas com dinheiro público tenham seus resultados disponíveis para toda a sociedade e não apenas para benefício privado.
Nilton Brandão destacou a necessidade de garantir que o conhecimento gerado por meio de financiamento público esteja acessível a todos, enfatizando que isso é essencial para promover avanços científicos e sociais. Ele também expressou o compromisso do PROIFES em lutar por políticas que promovam o acesso ao conhecimento em igualdade de condições.