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Eixo 3 do XXI Encontro Nacional do PROIFES propõe reflexão sobre direitos humanos, diversidade e a luta contra o adoecimento nas universidades e institutos federais

O XXI Encontro Nacional do PROIFES-Federação, que acontecerá a partir do dia 30 de julho em Florianópolis, terá, em seu Eixo 3, uma discussão sobre os Direitos Humanos e a luta pela inclusão, equidade e contra todas as formas de preconceito e discriminação, com atenção especial ao cenário de retrocessos vividos nos últimos anos.

Durante as gestões Temer e Bolsonaro, o Brasil assistiu a ataques sistemáticos a direitos básicos, especialmente relacionados à gênero, sexualidade, religiosidade, cor e etnia. Embora algumas reparações estejam em curso, ainda há um longo caminho de reconstrução e resistência exigindo ação firme dos movimentos sociais, das entidades sindicais e das instituições educacionais.

“Enfrentamos um contexto de adoecimento generalizado nas universidades e institutos federais, fruto de anos de políticas desestruturantes e ataques ideológicos. Os danos à saúde mental e física dos trabalhadores e trabalhadoras da educação exigem enfrentamento direto, tanto no campo político quanto no cotidiano institucional”, afirmou a coordenadora do eixo e diretora de direitos humanos do PROIFES, Rosangela Gonçalves.

O eixo 3 também propõe uma reflexão sobre o conflito epistemológico em torno do conceito de “público”: enquanto princípios republicanos e constitucionais são relativizados por uma moral religiosa imposta, em especial por segmentos neopentecostais com crescente influência política, vemos a urgência de reafirmar a laicidade do Estado, a liberdade de crença e a valorização da diversidade como princípios fundamentais da educação e da convivência democrática.

A resistência a políticas públicas de inclusão, como o sistema de cotas, demonstra como a narrativa moralista e neoliberal busca manter os mais vulneráveis à margem, minando o acesso e a permanência da população negra, indígena, LGBTQIAPN+ e periférica nos espaços de poder e saber.

O Eixo 3 convida os participantes do XXI Encontro Nacional a construírem coletivamente uma agenda de lutas que enfrente a violência simbólica e física, o racismo estrutural, a LGBTQIAPN+fobia, o feminicídio e todas as formas de opressão.

“Mais do que debater, é hora de agir com coragem e consciência coletiva. A defesa da vida, da ciência, da equidade e da democracia passa, necessariamente, pelo enfrentamento das ideologias que buscam excluir, controlar e silenciar”, concluiu Rosangela.

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