PROIFES-Federação participa de plenária sobre previdência de servidores públicos federais
Evento das três esferas do funcionalismo público será nesta quinta-feira, dia 8, às 18h30. Veja como participar Nesta quinta-feira (08) as entidades filiadas à CUT (Central Única dos Trabalhadores) que compõem a aliança das três esferas do serviço público realizam a partir das 18h30 uma plenária que tem como objetivo discutir a previdência dos servidores públicos. O PROIFES, uma das entidades que compõem o grupo, estará presente no evento. A plenária tem como principal objetivo debater a votação do julgamento em curso no STF pelo fim do confisco da aposentadoria dos servidores e demais pontos da reforma da Previdência. Para participar, use o aplicativo Zoom. Além da CUT e do Proifes, estarão presentes na plenária a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) e Federação Nacional dos Servidores e Empregados Públicos Estaduais e do DF (Fenasepe). Entenda o caso Em junho, o STF retomou julgamento de 12 ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) que questionam a reforma da Previdência (EC 103/19) e formou maioria para derrubar alguns pontos. Entre eles, estão a contribuição extraordinária e o desconto de aposentados que recebem abaixo de R$ 7,7 mil. O ministro Gilmar Mendes interrompeu a votação com pedido de vistas, e a finalização do julgamento acontecerá em sessão futura do STF. A plenária dos representantes de servidores das esferas federal, estadual e municipal vai abrir um debate amplo sobre o movimento de defesa do fim do confisco da aposentadoria dos servidores, além de discutir os demais pontos da EC 103/19. Com informações da Condsef e Apufsc
PROIFES-Federação alerta para a necessidade de envolvimento sindical em pautas ambientais durante o 10º Congresso Internacional da Educação
Na última sexta-feira (02) durante o 10º Congresso da Internacional da Educação, a diretora de relações internacionais e assuntos sindicais do PROIFES-Federação, Ana Boff de Godoy, falou a respeito da tragédia ambiental que assolou o Rio Grande do Sul em maio deste ano, alertando para que as entidades se envolvam também nas pautas ambientais. “A sociedade de consumo perdeu o limite e se desumanizou. Precisamos confrontar esse modelo e mudar o nosso modo de vida. Precisamos compreender e aceitar os limites da natureza, com base científica e ética. Precisamos aprender e ensinar os conceitos de saúde única, saúde global, desenvolvimento socioambiental sustentável e justiça socioambiental. Essa é tarefa da educação e precisa estar na pauta dos nossos sindicatos e, por isso, apoiamos essa resolução”, afirmou a diretora. O Congresso que aconteceu na última semana teve como tema “Capacitar nossos sindicatos, elevar nossas profissões, defender a democracia” e conta com a participação de mais 1,2 mil sindicalistas da educação de mais de 150 países. Confira na íntegra a fala da diretora, Ana Boff de Godoy durante o Congresso: Falo em nome do PROIFES-Federação, Brasil. Sou professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Talvez vocês tenham ouvido falar da minha cidade recentemente, pois fomos palco da maior inundação jamais vista no Brasil. No início de maio desse ano, chuvas fortes e permanentes inundaram 475 cidades do Rio Grande do Sul; 60 mil famílias foram atingidas; 12 mil perderam suas casas; 182 pessoas morreram e 32 continuam desaparecidas. Em Porto Alegre, ao menos 200 escolas foram atingidas. Até mesmo o nosso aeroporto sofreu sérios danos e segue inoperante. A principal atividade econômica do sul do país é a agricultura e a pecuária. O pampa é o nosso principal bioma, o qual está sendo comprometido pela legislação ambiental permissiva aos interesses econômicos.As chuvas são um fenômeno natural, mas não é natural sua intensidade e volume. Suas consequências são fruto da má ocupação do território, da impermeabilização asfáltica nas cidades, da devastação das nossas florestas e das margens fluviais, da monocultura, da superexploração mineral, que empobrece o solo e provoca erosões. Produzimos e desperdiçamos alimentos para um mundo onde pessoas continuam morrendo de fome. A sociedade de consumo perdeu o limite e se desumanizou. Precisamos confrontar esse modelo e mudar o nosso modo vida. Precisamos compreender e aceitar os limites da natureza, com base científica e ética. Precisamos aprender e ensinar os conceitos de saúde única, saúde global, desenvolvimento sócio ambiental sustentável e justiça socioambiental. Essa é tarefa da educação e precisa estar na pauta dos nossos sindicatos e, por isso, apoiamos essa resolução.
5ª Conferência Nacional de CT&I tem público recorde e debates sobre temas urgentes
Chegou ao fim na última quinta-feira (1) a 5º Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O evento que teve como tema “Para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido” aconteceu em Brasília e reuniu mais de 30 mil participantes e espectadores de todas as regiões do Brasil, de forma presencial e virtual, para discutir as potencialidades e os desafios da área. O PROIFES-Federação participou da comissão organizadora da Conferência e foi representado durante os três dias pelo diretor de ciência e tecnologia, Ênio Pontes, pelo diretor de comunicação, Jailson Santos e pelos integrantes do GT de Ciência e Tecnologia Bárbara Coelho, Adnilra Sandeski, Ana Marochi, Reinaldo Donizete, Darlio Teixeira, Geovana Reis e Romualdo Filho. Ênio Pontes coordenou a atividade da plenária do eixo 3 com o tema: “Transição energética: as energias renováveis e as vantagens brasileiras”. O Diretor participou ainda da mesa de encerramento da Conferência como representante do PROIFES-Federação. A Conferência promoveu nesses três dias de evento e nas mais de duzentas reuniões preparatórias a esse encontro um ambiente de diálogo e colaboração essencial para o avanço científico e tecnológico do país. Por meio da pesquisa e da inovação, a ciência pode promover soluções que melhoram a qualidade de vida, desde avanços na saúde pública até tecnologias que aumentam a produtividade e a sustentabilidade ambiental. Dentre as temáticas abordadas na 5 CNCTI destaca-se a inovação para o Desenvolvimento Social e Ações com Sustentabilidade, como o tema da transição energética, BioEconomia, Inteligência Artificial (IA). Na ocasião, foi lançado pelo presidente Lula um plano nacional estratégico para a IA com estratégia de fortalecimento de fundos de financiamento para Ciência, Tecnologia e Inovação. A Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos encerrou a 5 CNCTI agradecendo a todos os envolvidos na Conferência. “Ao final dessa jornada de muito debate e mobilização, o sucesso que essa conferência coroa é fruto dos brasileiros e brasileiras que acreditam no Brasil, que estão colocando a sua energia e força física a disposição para construir um país cada vez mais inclusivo, um país que possa ter o seu lugar dentro da geopolítica mundial e que cumpra na nossa geração um esforço de décadas de geração que se preocupou com o povo brasileiro”, afirmou a ministra. A previsão é que, nos próximos dez dias, já seja apresentado um documento inicial com a compilação do que foi discutido na 5CNCTI. Para a elaboração, será utilizado o recurso da inteligência artificial. “Temos um material muito rico desses três dias, que contou com participação ativa das pessoas. Todas as salas estavam cheias e foram levantadas questões de extrema relevância. O balanço é extremamente positivo”, afirma Anderson Gomes, diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e secretário-adjunto da 5CNCTI. O documento final deve ser entregue pela subcomissão de Sistematização ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em 30 dias. Com informações do MCTI
PROIFES denuncia práticas antissindicais em 10º Congresso da Internacional da Educação
Na tarde desta quinta-feira (01) em sua participação no 10° Congresso da Internacional da Educação (IE) na Argentina, o vice-presidente do PROIFES, Flávio Silva denunciou as práticas antissindicais praticadas contra o PROIFES durante as últimas negociações salariais entre o Governo Federal e as entidades representantes dos docentes das universidades e institutos federais. “Diante das organizações e entidades de educação do mundo todo, em especial aos membros de Internacional da Educação, o PROIFES-Federação vem registrar nossa veemente crítica e condenação à toda e qualquer tipo de prática antissindical. Somos educadores e educadoras, necessitamos sempre dar e ser exemplo de respeito, da convivência com o diverso, pois somos defensores da inclusão, da democracia e da solidariedade. Essa deve ser nossa identidade e nossa inspiração” afirmou o vice-presidente em seu discurso. O Congresso que acontece desde a última segunda-feira (29) tem como tema “Capacitar nossos sindicatos, elevar nossas profissões, defender a democracia” e conta com a participação de mais 1,2 mil sindicalistas da educação de mais de 150 países. Confira na íntegra a participação do vice-presidente, Flávio Silva Nós das organizações da lusofonia identificamos que não são apenas grupos que se etiquetam partidariamente como “de direita” que ameaçam e atacam a liberdade académica e a autonomia institucional. Vemos com muita preocupação a crescente influência de grupos religiosos e grupos conservadores sem etiqueta partidária ou ideológica, que se apresentam como “neutros”. Estes têm ações perniciosas e impeditivas na construção de instituições de ensino autónomas. Atuam na desvalorização de princípios democráticos. Mas, infelizmente, há também grupos de extrema esquerda atacando ferozmente outras entidades sindicais que buscam soluções concretas aos problemas dos trabalhadores, por vezes possíveis através de acordos e do diálogo com o governos democráticos e progressistas (a exemplo do Brasil, com o presidente Lula). Isso ocorreu nas últimas negociações salariais do governo com docentes universitários e dos institutos federais no Brasil. Foi um ambiente nocivo e tóxico, com ataques promovidos por uma outra organização sindical extremista (ANDES). Agindo com falta de respeito à convivência, à pluralidade de ideias e as diferentes formas de manifestação, essa entidade praticou uma tentativa permanente de eliminação sindical, o que é inaceitável. Diante das organizações e entidades de educação do mundo todo, em especial aos membros de Internacional da Educação, o Proifes federação vem registrar nossa veemente crítica e condenação à toda e qualquer tipo de prática antissindical. Somos educadores e educadoras, necessitamos sempre dar e ser exemplo de respeito, da convivência com o diverso, pois somos defensores da inclusão, da democracia e da solidariedade. Essa deve ser nossa identidade e nossa inspiração.
PROIFES-Federação defende colaboração internacional no Setor Educativo no 10º Congresso da IE
Na manhã desta quinta-feira (01) a diretora de relações internacionais e de assuntos sindicais do PROIFES-Federação, Ana Boff de Godoy em sua participação no 10º Congresso da Internacional da Educação (IE) defendeu a criação de um marco de colaboração no setor educativo entre as entidades representativas do setor, com o apoio e colaboração da IE. “É fundamental, por exemplo, que possamos mapear as condições de saúde física e mental dos professores e das professoras, bem como as suas condições de formação permanente”, afirmou a diretora. A IE reúne organizações de docentes e outros trabalhadores da educação de todo o mundo. Por meio das suas 383 organizações membros, entre elas o PROIFES, representa mais de 32 milhões de docentes e demais profissionais da educação em 178 países e territórios. O PROIFES é o único filiado do Brasil à IE que representa docentes do ensino superior. A Federação participa do Congresso que acontece até amanhã (2), representado pelo pelo vice-presidente, Flávio Silva, pela diretora de relações internacionais Ana Boff de Godoy, pelo diretor de assuntos jurídicos Oswaldo Negrão, pela diretora de direitos humanos, Rosângela Oliveira, pelo diretor de políticas educacionais Carlos Alberto Marques e pelo integrante do Conselho Deliberativo, Lúcio Olímpio. Confira na íntegra a fala da diretora Ana Boff de Godoy durante o congresso: Resolução A6PROPUESTA PARA IMPLEMENTAR UNMARCO DE COLABORACIÓN EN EL SECTOREDUCATIVOPropuesta por SADTU/Sudáfrica, BTU/Botsuana, NANTU/Namibia y LAT/LesotoEn nombre de PROIFES-Federación , defendimos la propuesta de los compañeros y compañeras de Sudáfrica, Botsuana, Namibia y Lesoto, de implementación de un marco de colaboración en el sector educativo sobretudo en que toca las investigaciones.Proifes, como miembro de la CPLP, Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa, (y por eso passo a hablar en portugués), defende que a Internacional da Educação deva estimular e coordenar esforços para aumentar a capacidade investigativa das organizações, incluindo as da comunidade lusófona. Para isso, é fundamental que a IE apoie projetos e garanta estímulos financeiros. Na minha organização, de docentes do ensino superior, há quadros capacitados com experiência e conhecimento necessário, além de vontade para contribuir para esse esforço. A dificuldade, no entanto, é que não há, hoje, um mecanismo organizado para levar essas pesquisas a cabo, e assim, as organizações que mais precisam estar preparadas, que mais precisam ter dados, análises, pontos de partida para um debate político mais aprofundado, não têm os recursos adequados para realizar as investigações úteis e necessárias ao movimento sindical.Não podemos nos afastar de nosso trabalho docente nas universidades, tampouco da pesquisa científica, para nos dedicar exclusivamente à pesquisa sindical. Precisamos, então, de um sistema de apoio e de recursos humanos para poder fazer diagnósticos essenciais ao nosso trabalho. É fundamental, por exemplo, que possamos mapear as condições de saúde física e mental dos professores e das professoras, bem como as suas condições de formação permanente. Outro ponto importante é sobre a permanência na profissão. No Brasil, há uma fuga de cérebros. Docentes abandonando sua profissão, abandonando as salas de aula e também suas pesquisas, isso por conta dos baixos salários, do baixo orçamento, das precárias condições de trabalho e do decrescente prestígio de nossa profissão e da violência (o Brasil ocupa a triste posição de violência contra professores e professoras). E, pelo que vimos aqui a longo das falas, me parece que a fuga da carreira é um fenômeno generalizado.É, ainda, uma demanda da comunidade lusófona da Internacional da Educação, que a divulgação das pesquisas sejam feitas, também, em língua portuguesa. Aliás, agradeço a oportunidade de falar, aqui, na minha língua.
Envolvimento dos sindicatos no combate às mudanças climáticas é tema de plenária em Congresso Mundial da Internacional da Educação
Na última terça-feira (30) o Diretor de assuntos jurídicos do PROIFES-Federação, Oswaldo Negrão e o diretor de políticas educacionais, Carlos Alberto Marques, representaram o PROIFES na sessão plenária “Educação pelo planeta” durante o 10º Congresso Mundial da Internacional da Educação em Buenos Aires. As sessões tiveram como propósito destacar a importância do envolvimento dos sindicatos e sindicalistas no combate às mudanças climáticas, por meio de várias iniciativas, próprias ou governamentais, reforçando a importância do Sindicalismo pela Defesa do Ambiente. A plenária foi desenvolvida por dois Painéis de três expositores cada. No primeiro estiveram: Ndlovu (Zimbabue), Fataki (Ilhas Fiji) e Montegomery (USA-AFT ). Já o segundo painel foi desenvovido por Kamikamica (Ilhas Fiji), Salas (SNTE – México) e Ganay Marroco). Durante o encontro, foram feitos diversos relatos de experiências pedagógicas, curriculares e de aplicação de tecnologias limpas como forma de enfrentamento às situações emergências climáticas, como nas Ilhas Fiji. Exemplos de lutas nas escolas por apoio governamental para instalação de painéis solares, de emprego grátis de energia limpas, de (re)utilização da água da chuva e por melhorias no isolamento térmico. Campanhas por alimentação orgânica, construção de escolas verdes e mais ecológicas e por zero emissão de carbono via utilização de equipamentos adequados. Além disso, os diretores do PROIFES acompanharam os relatos feitos sobre a atuação dos sindicatos de professores mexicanos juntos às comunidades que lutam por medida de prevenção às mudanças climáticas e de campanhas pela preservação da água, de combate a redução do acesso à água potável, que cujo efeito é a diminuição e a permanência das crianças nas escolas. Um outro destaque da plenária foi o relato dos representantes da Ilhas Fiji , que falaram da situação quase dramática dos ciclones, cada vez mais frequentes e destrutivos, e do aumento do oceano, que estão exigindo aplicação de volumosos recursos financeiros na contenção de danos o que acaba drenando os recursos financeiros da educação. Os painéis apontaram ainda para a necessidade de mudanças curriculares em todos os níveis da educação, seja para incluir temas ambientais seja para abordar a questão da justiça climática. Por fim, como encaminhamento da atividade, houve concordância dos expositores sobre a necessidade da Internacional de Educação elaborar um Plano de Ação para orientar os Sindicatos de todo mundo ao forte engajamento e atuação, contínua e urgente, no enfrentamento das mudanças climáticas. O PROIFES-Federação está participando do Congresso, representado pelo vice-presidente, Flávio Silva, pela diretora de relações internacionais Ana Boff de Godoy, pelo diretor de assuntos jurídicos Oswaldo Negrão, pela diretora de direitos humanos, Rosângela Oliveira, pelo diretor de políticas educacionais Carlos Alberto Marques e pelo integrante do Conselho Deliberativo, Lúcio Olímpio.
Uso de energias renováveis é tema de eixo de debate coordenado pelo PROIFES-Federação na 5º CNCTI
Na última terça-feira (30) o PROIFES-Federação, representado pelo diretor de Ciência e Tecnologia, Ênio Pontes, coordenou uma atividade do eixo III da 5º Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que teve como tema: “Transição energética: as energias renováveis e as vantagens brasileiras”. A mesa foi composta pelo coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro; pelo analista técnico Juliano Martins, da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias; e pelo professor Florival Carvalho, da UFPE, tendo como relatora a professora Suzana Kahn, diretora da Coppe/UFRJ. Na abertura, Enio Pontes destacou o aproveitamento dos recursos naturais, como o vento, o sol, a água, resíduos de biomassas, energia das marés, energia geotérmica e fusão nuclear, chamando também a atenção para a adoção do hidrogênio verde como uma estratégia vital para a descarbonização e segurança energética do Brasil. As energias renováveis têm colocado o Brasil numa posição estratégica no panorama internacional da transição energética, que vem sendo imposta pelo aquecimento global agravado pelo uso de combustíveis fósseis. Em todo o mundo, as atividades de produção e uso de energia respondem pela emissão de 72% dos gases de efeito estufa. No caso do Brasil, porém, a fonte das emissões está mais na agropecuária e uso da terra, que concentram 75% das emissões. O uso de energias renováveis no país, no entanto, já ultrapassou os 49,1% dentre o total de matrizes energéticas, com crescimento médio de 1,5% ao ano; em contraste com apenas 14,7% de média desta utilização no resto do mundo; conforme dados da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Nivalde de Castro, ressaltou a transformação econômica e social que deriva da transição energética, que é motivada pelo desafio ambiental de descarbonizar todas as cadeias produtivas de bens, serviços e padrões de consumo. Junto com a descarbonização, ele observa uma tendência à eletrificação, pautada nos recursos renováveis. Além das fontes citadas, o coordenador do Gesel/UFRJ, também defendeu o uso das hidrelétricas reversíveis, que são modalidades de usinas que reaproveitam a água, reduzindo seu impacto ambiental. Atuando na Diretoria de Novos Negócios da ABEEólica, Juliano Martins, disse que a Associação também inseriu em seu foco de interesse o hidrogênio verde, o sistema de armazenamento em bateria de lítio, a energia eólica offshore e o mercado regulador de carbono. O analista técnico destacou o papel crescente do uso dos ventos na matriz energética brasileira, que hoje representa a segunda fonte de energia mais usada, além de ser limpa, renovável e 80% nacionalizada. A ABEEólica fez um estudo do impacto econômico do uso da energia, revelando que cada R$ 1 investido na matriz eólica representa um retorno de R$ 3 para o PIB brasileiro. Coordenador do Laboratório de Combustíveis da UFPE, Florival Carvalho reforçou que, no panorama internacional das emissões, o Brasil se encontra em uma posição favorável em relação à energias renováveis. Dados da EPE (2021), mostram que o número de emissões de CO2 por pessoa, do país é de 2,1 toneladas por habitante, enquanto os EUA chegam a 13,8 toneladas e a China a 7,5. Tendo o país aumentado em 10% o uso das energias renováveis nos últimos 10 anos, o professor também enfatiza as condições desenvolvidas pelo país para produzir combustíveis a partir de biomassas, com possibilidades de gerar etanol, biodiesel, diesel verde e SAF (combustível sustentável de aviação), além de já ter a fonte eólica mais competitiva que os combustíveis fósseis. Em sua conclusão, a diretora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn, frisou a recomendação reforçada pelos demais palestrantes, de que o Brasil reforce suas instituições de planejamento energético e promova a integração entre as diversas matrizes energéticas. A professora também observou a importância das decisões sempre serem marcadas pela transparência, pois além da meta da descarbonização as definições de políticas repercutem na dinâmica de investimentos do setor de energia. Com informações da 5 CNTCI Assista à integra desta sessão da 5CNCTI: https://www.youtube.com/watch?v=mBYlRmj8eE4
Começa em Brasília a 5º Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia
Na manhã desta terça-feira (30) teve início a 5° Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil justo, sustentável e Desenvolvido”. A cerimônia de abertura contou com a participação do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e do secretário-geral da CNCTI, Sérgio Rezende. No discurso de abertura, Lula destacou o papel da ciência para o desenvolvimento do País. “Hoje é um dia histórico para o País. Um dia marcante para a sociedade. O Brasil precisa aprender a voar sozinho”, disse para a plateia que lotava a plenária principal do complexo Brasil 21. O presidente se referiu a proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), feita pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) e entregue a ele. O plano apresenta cinco eixos que vão direcionar a política da área. “É muito importante que vocês não tratassem o dia de hoje como uma coisa menor, como uma coisa insignificante. Os cientistas estão pensando no Brasil”, enfatizou o presidente. Ao longo dos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto serão discutidos o futuro da ciência, da política e inovação no Brasil para os próximos 10 anos. “Hoje aqui estamos vivendo um marco importante para a ciência brasileira que é o coroamento da retomada do diálogo e da participação dos cientistas e popular”, disse a ministra Luciana Santos. PROIFES-Federação na CNCTI O PROIFES-Federação, representado pelo seu GT de ciência e tecnologia, estará presente durante todo o evento, participando das plenárias e contribuindo propositalmente para os debates da Conferência. Na tarde desta terça-feira, o coordenador do GT Ênio Pontes coordenou a atividade do eixo 3 que teve como tema “Transição energética: as energias renováveis e as vantagens brasileiras”. Ênio é diretor de Ciência e Tecnologia do PROIFES e também participa como membro do Conselho consultivo da Conferência. “Essa é uma discussão valiosa do GT de ciência e tecnologia do PROIFES, juntos estamos debatendo a questão da transição energética que é um dos eixos estratégicos do governo brasileiro. O PROIFES-Federação continuará atuando e contribuindo para o crescimento e fortalecimento da ciência e tecnologia brasileira”, afirmou o diretor Ênio Pontes. Estão presentes na 5° CNCTI o diretor de comunicação Jailson Santos e os membros do GT Bárbara Coelho, Adnilra Sandeski, Ana Marochi, Reinaldo Donizete, Darlio Teixeira, Geovana Reis e Romualdo Filho. Imagem capa: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
PROIFES-Federação participa do 10º Congresso Mundial da Internacional da Educação
Desde a última segunda-feira (29) até o dia 02 de agosto, o PROIFES-Federação participa em Buenos Aires do 10º Congresso Mundial da Internacional da Educação, entidade que o PROIFES faz parte como único representante dos docentes das universidades e institutos federais do Brasil. O Congresso que tem como tema “Capacitar nossos sindicatos, elevar nossas profissões, defender a democracia” conta com a participação de mais 1,2 mil sindicalistas da educação de mais de 150 países. a Federação será representada por uma delegação composta pelo vice-presidente, Flávio Silva, pela diretora de relações internacionais Ana Boff de Godoy, pelo diretor de assuntos jurídicos Oswaldo Negrão, pela diretora de direitos humanos, Rosângela Oliveira, pelo diretor de políticas educacionais Carlos Alberto Marques e pelo integrante do Conselho Deliberativo, Lúcio Olímpio. Durante a abertura, que contou com a participação do governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, as discussões foram em torno das problemáticas e desafios mundiais da educação. Os debates e decisões do congresso orientarão o trabalho da IE nos próximos anos e moldarão o setor educacional em todo o mundo. Além disso, os delegados do congresso elegerão o próximo presidente e o próximo Conselho Executivo da IE. Dentre os temas que serão tratados no Congresso estão a necessidade de fortalecimento da educação a favor do desenvolvimento e do bem estar das nações e a promoção de ações que tenham prerrogativas comprometidas com educação pública universal e de qualidade para todas as pessoas. Um outro ponto de debate é o desafio da escassez de docentes no mundo, que tem relação com a precarização e flexibilização das relações de trabalho, bem como a flexibilização dos currículos de forma desregulada. A necessidade de ações concretas que garantam um real investimento na educação pública também será discutida durante o evento. Um outro desafio é a relação com a inteligência artificial que, com sua chegada de forma desregulada, tem ameaçado a gestão de dados e informações. Além disso, o Congresso irá traçar estratégias que visam aumentar a diversidade nos sindicatos e realizar ações sindicais significativas para alcançar a igualdade de gênero. Internacional da Educação A IE é a federação sindical internacional que reúne organizações de docentes e outros trabalhadores da educação de todo o mundo. Por meio das suas 383 organizações membros, entre elas o PROIFES, representa mais de 32 milhões de docentes e demais profissionais da educação em 178 países e territórios. O PROIFES é o único filiado do Brasil à IE que representa docentes do ensino superior. ::: Clique aqui para conferir a programação completa do evento
Fórum da Lusofonia debate os desafios para a educação em países de língua portuguesa
Delegação do PROIFES-Federação esteve presente no Fórum que antecedeu o 10º Congresso Mundial da Internacional da Educação No último sábado (27) os trabalhadores(as) da educação de diversos países cujo idioma é o Português se reuniram no Foro da Lusofonia em Buenos Aires. O encontro foi organizado pela Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa (CPLP-SE), entidade que o PROIFES faz parte, e antecedeu o 10º Congresso Mundial da Internacional da Educação (IE), que teve início nesta segunda-feira (29). Durante o evento, os(as) participantes trocaram experiências dos movimentos em defesa da educação de países como Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, entre outros. O PROIFES-Federação participou do Fórum representado por uma delegação composta pelo vice-presidente, Flávio Silva, pela diretora de relações internacionais Ana Boff de Godoy, pelo diretor de assuntos jurídicos Oswaldo Negrão, pela diretora de direitos humanos, Rosângela Oliveira e pelo integrante do Conselho Deliberativo, Lúcio Olímpio. Na abertura dos trabalhos, o Secretário Geral da CPLP,Heleno Araújo destacou a importância da realização do Fórum para o fortalecimento da atuação da Confederação. Durante a atividade, o diretor de assuntos jurídicos, Oswaldo Negrão falou da importância da apresentação da Carta de Amarante, construída no evento que aconteceu em outubro do ano passado, em Portugal; e o relato do movimento sindical dos professores e professoras de Angola. “Os colegas angolanos trouxeram a situação difícil dos professores universitários deste país, que ganham em média 500 dólares por mês, além de problemas complexos da sociedade angolana, como o desvio de recursos da merenda escolar, a dificuldade de investimentos, e a insuficiência de investimentos públicos para a educação”, explicou Oswaldo. Para ele, os relatos revelaram a necessidade de uma maior solidariedade entre os países lusófonos. Os debates apresentaram ainda a preocupação que há no Brasil com as Escolas Cívico militares, com o crescimento da extrema direita em escala global e com as questões relativas à precarização das relações de trabalho. Durante a reunião, também foi relatada a importância de se estabelecer estratégias para valorizar a diversidade cultural, questões políticas e econômicas específicas de cada país, e de buscar entendimentos em todas as temáticas que os trabalhadores e trabalhadoras da educação de países de língua portuguesa têm em comum para transformar os desafios em ações de fortalecimento interinstitucionais. As propostas de resolução produzidas pelo CPLP-SE ao 10º congresso da IE foram acatadas e serão apresentadas na sessão plenária no evento. Essas propostas indicam à IE e as entidades sindicais a ela ligadas que elaborem diversas ações, dentre elas a obtenção de um diagnóstico da situação a nível internacional; promoção de ações e propostas que façam avançar a agenda sindical e que promovam os valores da liberdade e da construção educativa em bases democráticas, evitando assim a promoção do ódio, do negacionismo científico e das fake news. Além disso, houve a indicação também para que as entidades sindicais avancem com propostas que possam ser inovadoras de modo a conseguir fortalecer a estrutura sindical, nas suas diferentes dimensões, tornando-a apelativa e agregadora para a maioria dos trabalhadores, particularmente para os mais jovens que ingressam no mundo do trabalho; Fonte: ADURN Sindicato