Adufg-Sindicato: a força da atuação sindical garantiu a conquista do reajuste

No pagamento deste mês de maio, referente a folha salarial de abril, o governo federal pagou o reajuste e as diferenças salariais relativas aos meses de janeiro, fevereiro e março. O reajuste é fruto do acordo assinado pelo Proifes Federação em 27/05/2024. Um mês depois as demais entidades assinaram o mesmo acordo. O governo federal publicou a Medida Provisória 1286/24 em 31/12/2024 contemplando o acordo assinado, mas a confirmação do reajuste só foi possível após aprovação da LOA/2025 pelo Congresso Nacional em 21/03/2025, (21), com um atraso de quase quatro meses. O acordo proporcionou a unificação das duas classes iniciais por uma nova classe de entrada, trazendo um reajuste de até 26,7% para os que estavam nas classes iniciais e tornando a carreira mais atrativa, proposta apresentada pelo Proifes Federação. Além disso, teve reajuste de 9% para todos e alteração nos steps da Classe B (denominação de Adjuntos) de 4% para 4,5%. Nesse sentido, o reajuste em 2025 foi de 10,5% para Adjunto 4 e 10,8% para o professor titular. É importante ressaltar, para que não seja esquecido, que desde o início de 2024, o Adufg-Sindicato se fez presente em Brasília, com diversos diretores e diretoras, participando das reuniões das mesas de negociação debatendo a recomposição salarial e os avanços na carreira. O Prof. Geci Silva, Presidente do Adufg Sindicato, esteve nas unidades apresentando as propostas e a ideia de unificação das classes A e B, bem como alteração nos índices. Desde março de 2024, o Proifes-Federação buscou debater junto ao Governo Federal medidas de valorização da carreira docente que englobasse avanços pertinentes à categoria, tais como aumento salarial, avanço dos steps e reconfiguração das classes de trabalho. O Adufg-Sindicato esteve presente em todos esses momentos Depois de muitas discussões e com os resultados das consultas às bases, o Conselho Deliberativo do Proifes-Federação, composto por representações de todos os sindicatos filiados ao Proifes-Federação, votou pela aprovação da proposta apresentada pelo governo e assinou o acordo dia 27 de maio de 2024. Quase um ano depois, um novo desafio se apresentou: a luta pela aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), utilizada como manobra, por membros do Congresso Nacional, para a liberação das emendas parlamentares barradas pelo STF no fim do ano passado. Novamente o Adufg Sindicato participou ativamente nas mobilizações para forçar os Congressistas a votarem a LOA/2025. Essa é mais uma prova de que a luta sindical, feita com responsabilidade e inteligência, garante resultados positivos para os(as) professores(as). Soubemos aproveitar os momentos certos para levantar os temas pertinentes à nossa carreira, reforçando o conhecimento sobre nossos direitos, com base no exercício da cidadania, tão arduamente garantida pela constituição. Continuamos de olhos abertos e com muita disposição para defender nossa categoria, professores(as) das Universidades Federais, as instituições federais de ensino públicas, a educação, a pesquisa e o Brasil. Força, coragem, resiliência, e seguimos firmes na luta dos professores e professoras das Universidades Federais de Goiás, Jataí e Catalão. Fonte: ADUFG Sindicato
PROIFES reforça compromisso com a educação pública em audiência sobre o novo PNE (2024–2034)

Na manhã desta terça-feira (6), o presidente do PROIFES-Federação, Wellington Duarte, participou de audiência pública promovida pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, que debateu o Projeto de Lei nº 2614/2024, responsável por instituir o novo Plano Nacional de Educação (PNE). A audiência contou com a participação de entidades representativas da educação básica, profissional, superior, indígena e da primeira infância. Ao abrir a sessão, a senadora Teresa Leitão ressaltou que ouvir as entidades é essencial para a construção de uma política educacional democrática, plural e inclusiva. Durante sua participação, Wellington Duarte reforçou que a discussão do PNE está profundamente ligada à construção de um país mais justo e soberano. “Esse é um rico debate, que exige que nos debrucemos com qualidade sobre o que está estabelecido, porque o PNE deve ser compreendido como uma política de Estado”, destacou o presidente da Federação. Em sua fala, Wellington afirmou que o PROIFES-Federação entende a educação como base fundamental para que o Brasil se torne uma nação forte e respeitada no cenário internacional, além de ser um direito humano e instrumento essencial de justiça social. Destacou, ainda, que a Federação defende a educação pública desde a sua fundação, participando ativamente de espaços como a Conferência Nacional de Educação (CONAE) e o Fórum Nacional de Educação (FNE) desde 2011, e em todo esse tempo, participa ativamente das discussões sobre a construção de um PNE sempre antenado com a perspectiva de uma educação cada vez mais alinhada com os interesses do povo brasileiro. “O PROIFES, durante toda sua existência, tem construído pontes com os parceiros da CNTE e da CONTEE, inclusive na trincheira da resistência, quando por um período, a própria docência foi alvo de perseguição e as universidades foram vítimas de uma campanha orquestrada de desqualificação de suas atividades. Nesse período sombrio, o PROIFES participou ativamente do Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE) e da Conferência Nacional Popular de Educação (CONAPE)”, afirmou Wellington. No que diz respeito à educação superior, Duarte apontou a necessidade de analisar com profundidade temas como acesso, permanência e conclusão dos estudos, além da ampliação das políticas públicas voltadas para a expansão, regionalização e interiorização da educação superior. Enfatizou também a urgência da recomposição orçamentária e da garantia de financiamento público para manutenção e expansão das universidades, assegurando a autonomia universitária. Outro ponto ressaltado foi a importância do debate sobre o papel da Educação a Distância (EaD) e o uso de novas tecnologias. “Esse é um debate fundamental para que possamos fazer a leitura do que queremos para as universidades e para a educação como um todo”, afirmou. O presidente do PROIFES também destacou a necessidade de fortalecer o compromisso com a equidade, a inclusão e a gestão democrática, elementos centrais na construção de uma educação pública alinhada aos interesses do povo brasileiro. Durante a audiência, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, defendeu a definição clara de recursos para a efetivação das políticas públicas e destacou a necessidade de superar a estagnação da educação desde 2018. Segundo ele, “não é possível pensar política educacional sem tratar diretamente da desigualdade social”, e alertou para a importância de evitar retrocessos e lacunas nas políticas existentes. Heleno também ressaltou a educação ambiental como pauta indispensável no novo plano e reforçou o papel central da participação social por meio do FNE. O PROIFES-Federação continuará participando de forma propositiva das discussões em torno do novo Plano Nacional de Educação, colaborando na construção de uma política educacional baseada na justiça social e no fortalecimento da educação pública em todos os níveis.