SINDIEDUTEC realiza 1º Encontro Sindical LGBTQIAPN+ em parceria com ADUFRGS, ADUFG e ADURN
Nos dias 13 e 14 de dezembro, o SINDIEDUTEC promoveu, em parceria com a ADUFRGS, ADUFG e ADURN, o primeiro Encontro Sindical LGBTQIAPN+, marcando um avanço significativo na luta por direitos e diversidade no ambiente sindical. O evento reuniu palestras de especialistas renomados e encerrou com uma roda de relatos e vivências, fortalecendo a troca de experiências e inspirações entre os participantes. A abertura, na sexta-feira (13), trouxe a palestra “Vamos falar de interseccionalidades” com Heliana Hemetério, historiadora especializada em História da África e Gênero. Mulher negra, mãe e avó, Heliana é uma figura de destaque no movimento lésbico brasileiro. Desde 1986, Heliana atua na luta pelos direitos humanos, com foco na violência estrutural racista e homofóbica. Organizadora do primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (1996), ela ocupa atualmente o cargo de vice-presidenta da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis (ABGLT) e é articuladora da Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais Negras Feministas Autônomas – CANDACES. Em sua palestra, Heliana destacou a importância de articular raça, gênero e sexualidade para promover políticas inclusivas e combater as desigualdades estruturais. No sábado (14), o evento prosseguiu com debates sobre desafios e conquistas da diversidade no mercado de trabalho e na academia. A manhã começou com a palestra “LGBTfobia no mundo do trabalho e saúde mental”, ministrada por Ale Mujica Rodríguez. Médico e pesquisador, Ale é doutor em Saúde Coletiva pela UFSC e ativista em diversas frentes, como os movimentos trans, feminista e gordo. Ele destacou os impactos da discriminação no bem-estar da população LGBTQIAPN+ e a necessidade de políticas públicas que garantam saúde mental e inclusão no ambiente profissional. Em seguida, Alexandre Almeida e Débora Fernandes Coelho, docentes da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), conduziram a palestra “Equidade e Diversidade de Gênero em Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão”. Alexandre, doutor em Letras e especialista em Gênero e Sexualidade, falou sobre a relação entre linguagem, gênero e diversidade na formação em saúde. Débora, enfermeira e doutora em Enfermagem, destacou sua atuação na promoção da saúde para populações vulneráveis, com foco em gênero, sexualidade e saúde das mulheres, além de sua trajetória como ativista social. O encontro foi concluído com uma roda de relatos e vivências, onde participantes compartilharam suas trajetórias, desafios e conquistas na luta por igualdade. Esse momento de troca reafirmou o compromisso do SINDIEDUTEC, ADUFRGS, ADUFG e ADURN com a promoção da inclusão e da diversidade nos espaços de trabalho e no sindicalismo. O evento marcou um passo importante para fortalecer a representatividade LGBTQIAPN+ nos sindicatos e construir diálogos que combatam a discriminação e promovam a equidade de gênero e sexualidade em todas as esferas da sociedade. Fonte: SINDEDUTEC
Governo vai publicar MP com reajuste para servidores a partir de janeiro
Medida provisória coloca em prática acordos para aumentos salariais em 2025 e 2026 O governo deve publicar, nos próximos dias, uma Medida Provisória (MP) com reajustes salariais para quase 50 categorias do serviço público a partir de janeiro de 2025. Fontes do governo relataram à CNN que o texto já saiu do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), responsável pela negociação dos acordos salariais, e foi remetido para a Casa Civil. A MP vai validar os novos salários para 2025 e 2026, que serão feitos conforme a categoria. Em 2023, houve um reajuste linear de 9%. Em 2024, não houve alterações na remuneração. Os aumentos se limitaram neste ano a benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-creche e auxílio-saúde. Além dos reajustes, um ponto-chave nas negociações foi alongar o tempo percorrido para que funcionários cheguem ao topo de sua carreira. A ideia era justamente romper com a lógica de que trabalhadores entram no serviço público ganhando altos salários e logo alcançam o nível máximo. De acordo com o MGI, graças aos acordos fechados em 2024, 86% das carreiras terão agora 20 níveis diferentes de progressão — anteriormente, essa proporção era de 30% das carreiras. Em muitas delas, o salário de entrada diminuiu. Ao optar pelo envio ao Congresso de uma MP, o governo não precisará esperar necessariamente pelo PLOA, que corre risco de atrasar. Assim, os servidores poderão ter seus reajustes validados a partir de janeiro. “A MP é a melhor solução. Ela tem força de lei e possui efeito imediato, garantindo o cumprimento dos acordos. E aí, a partir de fevereiro, março, o Congresso pode aprovar a MP, convertendo-a em Lei”, comentou Sérgio Ronaldo, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo. Fonte: CNN/ Imagem: Pedro França/Agência Senado