PROIFES denuncia práticas antissindicais em 10º Congresso da Internacional da Educação
Na tarde desta quinta-feira (01) em sua participação no 10° Congresso da Internacional da Educação (IE) na Argentina, o vice-presidente do PROIFES, Flávio Silva denunciou as práticas antissindicais praticadas contra o PROIFES durante as últimas negociações salariais entre o Governo Federal e as entidades representantes dos docentes das universidades e institutos federais. “Diante das organizações e entidades de educação do mundo todo, em especial aos membros de Internacional da Educação, o PROIFES-Federação vem registrar nossa veemente crítica e condenação à toda e qualquer tipo de prática antissindical. Somos educadores e educadoras, necessitamos sempre dar e ser exemplo de respeito, da convivência com o diverso, pois somos defensores da inclusão, da democracia e da solidariedade. Essa deve ser nossa identidade e nossa inspiração” afirmou o vice-presidente em seu discurso. O Congresso que acontece desde a última segunda-feira (29) tem como tema “Capacitar nossos sindicatos, elevar nossas profissões, defender a democracia” e conta com a participação de mais 1,2 mil sindicalistas da educação de mais de 150 países. Confira na íntegra a participação do vice-presidente, Flávio Silva Nós das organizações da lusofonia identificamos que não são apenas grupos que se etiquetam partidariamente como “de direita” que ameaçam e atacam a liberdade académica e a autonomia institucional. Vemos com muita preocupação a crescente influência de grupos religiosos e grupos conservadores sem etiqueta partidária ou ideológica, que se apresentam como “neutros”. Estes têm ações perniciosas e impeditivas na construção de instituições de ensino autónomas. Atuam na desvalorização de princípios democráticos. Mas, infelizmente, há também grupos de extrema esquerda atacando ferozmente outras entidades sindicais que buscam soluções concretas aos problemas dos trabalhadores, por vezes possíveis através de acordos e do diálogo com o governos democráticos e progressistas (a exemplo do Brasil, com o presidente Lula). Isso ocorreu nas últimas negociações salariais do governo com docentes universitários e dos institutos federais no Brasil. Foi um ambiente nocivo e tóxico, com ataques promovidos por uma outra organização sindical extremista (ANDES). Agindo com falta de respeito à convivência, à pluralidade de ideias e as diferentes formas de manifestação, essa entidade praticou uma tentativa permanente de eliminação sindical, o que é inaceitável. Diante das organizações e entidades de educação do mundo todo, em especial aos membros de Internacional da Educação, o Proifes federação vem registrar nossa veemente crítica e condenação à toda e qualquer tipo de prática antissindical. Somos educadores e educadoras, necessitamos sempre dar e ser exemplo de respeito, da convivência com o diverso, pois somos defensores da inclusão, da democracia e da solidariedade. Essa deve ser nossa identidade e nossa inspiração.
PROIFES-Federação defende colaboração internacional no Setor Educativo no 10º Congresso da IE
Na manhã desta quinta-feira (01) a diretora de relações internacionais e de assuntos sindicais do PROIFES-Federação, Ana Boff de Godoy em sua participação no 10º Congresso da Internacional da Educação (IE) defendeu a criação de um marco de colaboração no setor educativo entre as entidades representativas do setor, com o apoio e colaboração da IE. “É fundamental, por exemplo, que possamos mapear as condições de saúde física e mental dos professores e das professoras, bem como as suas condições de formação permanente”, afirmou a diretora. A IE reúne organizações de docentes e outros trabalhadores da educação de todo o mundo. Por meio das suas 383 organizações membros, entre elas o PROIFES, representa mais de 32 milhões de docentes e demais profissionais da educação em 178 países e territórios. O PROIFES é o único filiado do Brasil à IE que representa docentes do ensino superior. A Federação participa do Congresso que acontece até amanhã (2), representado pelo pelo vice-presidente, Flávio Silva, pela diretora de relações internacionais Ana Boff de Godoy, pelo diretor de assuntos jurídicos Oswaldo Negrão, pela diretora de direitos humanos, Rosângela Oliveira, pelo diretor de políticas educacionais Carlos Alberto Marques e pelo integrante do Conselho Deliberativo, Lúcio Olímpio. Confira na íntegra a fala da diretora Ana Boff de Godoy durante o congresso: Resolução A6PROPUESTA PARA IMPLEMENTAR UNMARCO DE COLABORACIÓN EN EL SECTOREDUCATIVOPropuesta por SADTU/Sudáfrica, BTU/Botsuana, NANTU/Namibia y LAT/LesotoEn nombre de PROIFES-Federación , defendimos la propuesta de los compañeros y compañeras de Sudáfrica, Botsuana, Namibia y Lesoto, de implementación de un marco de colaboración en el sector educativo sobretudo en que toca las investigaciones.Proifes, como miembro de la CPLP, Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa, (y por eso passo a hablar en portugués), defende que a Internacional da Educação deva estimular e coordenar esforços para aumentar a capacidade investigativa das organizações, incluindo as da comunidade lusófona. Para isso, é fundamental que a IE apoie projetos e garanta estímulos financeiros. Na minha organização, de docentes do ensino superior, há quadros capacitados com experiência e conhecimento necessário, além de vontade para contribuir para esse esforço. A dificuldade, no entanto, é que não há, hoje, um mecanismo organizado para levar essas pesquisas a cabo, e assim, as organizações que mais precisam estar preparadas, que mais precisam ter dados, análises, pontos de partida para um debate político mais aprofundado, não têm os recursos adequados para realizar as investigações úteis e necessárias ao movimento sindical.Não podemos nos afastar de nosso trabalho docente nas universidades, tampouco da pesquisa científica, para nos dedicar exclusivamente à pesquisa sindical. Precisamos, então, de um sistema de apoio e de recursos humanos para poder fazer diagnósticos essenciais ao nosso trabalho. É fundamental, por exemplo, que possamos mapear as condições de saúde física e mental dos professores e das professoras, bem como as suas condições de formação permanente. Outro ponto importante é sobre a permanência na profissão. No Brasil, há uma fuga de cérebros. Docentes abandonando sua profissão, abandonando as salas de aula e também suas pesquisas, isso por conta dos baixos salários, do baixo orçamento, das precárias condições de trabalho e do decrescente prestígio de nossa profissão e da violência (o Brasil ocupa a triste posição de violência contra professores e professoras). E, pelo que vimos aqui a longo das falas, me parece que a fuga da carreira é um fenômeno generalizado.É, ainda, uma demanda da comunidade lusófona da Internacional da Educação, que a divulgação das pesquisas sejam feitas, também, em língua portuguesa. Aliás, agradeço a oportunidade de falar, aqui, na minha língua.