Envolvimento dos sindicatos no combate às mudanças climáticas é tema de plenária em Congresso Mundial da Internacional da Educação
Na última terça-feira (30) o Diretor de assuntos jurídicos do PROIFES-Federação, Oswaldo Negrão e o diretor de políticas educacionais, Carlos Alberto Marques, representaram o PROIFES na sessão plenária “Educação pelo planeta” durante o 10º Congresso Mundial da Internacional da Educação em Buenos Aires. As sessões tiveram como propósito destacar a importância do envolvimento dos sindicatos e sindicalistas no combate às mudanças climáticas, por meio de várias iniciativas, próprias ou governamentais, reforçando a importância do Sindicalismo pela Defesa do Ambiente. A plenária foi desenvolvida por dois Painéis de três expositores cada. No primeiro estiveram: Ndlovu (Zimbabue), Fataki (Ilhas Fiji) e Montegomery (USA-AFT ). Já o segundo painel foi desenvovido por Kamikamica (Ilhas Fiji), Salas (SNTE – México) e Ganay Marroco). Durante o encontro, foram feitos diversos relatos de experiências pedagógicas, curriculares e de aplicação de tecnologias limpas como forma de enfrentamento às situações emergências climáticas, como nas Ilhas Fiji. Exemplos de lutas nas escolas por apoio governamental para instalação de painéis solares, de emprego grátis de energia limpas, de (re)utilização da água da chuva e por melhorias no isolamento térmico. Campanhas por alimentação orgânica, construção de escolas verdes e mais ecológicas e por zero emissão de carbono via utilização de equipamentos adequados. Além disso, os diretores do PROIFES acompanharam os relatos feitos sobre a atuação dos sindicatos de professores mexicanos juntos às comunidades que lutam por medida de prevenção às mudanças climáticas e de campanhas pela preservação da água, de combate a redução do acesso à água potável, que cujo efeito é a diminuição e a permanência das crianças nas escolas. Um outro destaque da plenária foi o relato dos representantes da Ilhas Fiji , que falaram da situação quase dramática dos ciclones, cada vez mais frequentes e destrutivos, e do aumento do oceano, que estão exigindo aplicação de volumosos recursos financeiros na contenção de danos o que acaba drenando os recursos financeiros da educação. Os painéis apontaram ainda para a necessidade de mudanças curriculares em todos os níveis da educação, seja para incluir temas ambientais seja para abordar a questão da justiça climática. Por fim, como encaminhamento da atividade, houve concordância dos expositores sobre a necessidade da Internacional de Educação elaborar um Plano de Ação para orientar os Sindicatos de todo mundo ao forte engajamento e atuação, contínua e urgente, no enfrentamento das mudanças climáticas. O PROIFES-Federação está participando do Congresso, representado pelo vice-presidente, Flávio Silva, pela diretora de relações internacionais Ana Boff de Godoy, pelo diretor de assuntos jurídicos Oswaldo Negrão, pela diretora de direitos humanos, Rosângela Oliveira, pelo diretor de políticas educacionais Carlos Alberto Marques e pelo integrante do Conselho Deliberativo, Lúcio Olímpio.
Uso de energias renováveis é tema de eixo de debate coordenado pelo PROIFES-Federação na 5º CNCTI
Na última terça-feira (30) o PROIFES-Federação, representado pelo diretor de Ciência e Tecnologia, Ênio Pontes, coordenou uma atividade do eixo III da 5º Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que teve como tema: “Transição energética: as energias renováveis e as vantagens brasileiras”. A mesa foi composta pelo coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro; pelo analista técnico Juliano Martins, da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias; e pelo professor Florival Carvalho, da UFPE, tendo como relatora a professora Suzana Kahn, diretora da Coppe/UFRJ. Na abertura, Enio Pontes destacou o aproveitamento dos recursos naturais, como o vento, o sol, a água, resíduos de biomassas, energia das marés, energia geotérmica e fusão nuclear, chamando também a atenção para a adoção do hidrogênio verde como uma estratégia vital para a descarbonização e segurança energética do Brasil. As energias renováveis têm colocado o Brasil numa posição estratégica no panorama internacional da transição energética, que vem sendo imposta pelo aquecimento global agravado pelo uso de combustíveis fósseis. Em todo o mundo, as atividades de produção e uso de energia respondem pela emissão de 72% dos gases de efeito estufa. No caso do Brasil, porém, a fonte das emissões está mais na agropecuária e uso da terra, que concentram 75% das emissões. O uso de energias renováveis no país, no entanto, já ultrapassou os 49,1% dentre o total de matrizes energéticas, com crescimento médio de 1,5% ao ano; em contraste com apenas 14,7% de média desta utilização no resto do mundo; conforme dados da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Nivalde de Castro, ressaltou a transformação econômica e social que deriva da transição energética, que é motivada pelo desafio ambiental de descarbonizar todas as cadeias produtivas de bens, serviços e padrões de consumo. Junto com a descarbonização, ele observa uma tendência à eletrificação, pautada nos recursos renováveis. Além das fontes citadas, o coordenador do Gesel/UFRJ, também defendeu o uso das hidrelétricas reversíveis, que são modalidades de usinas que reaproveitam a água, reduzindo seu impacto ambiental. Atuando na Diretoria de Novos Negócios da ABEEólica, Juliano Martins, disse que a Associação também inseriu em seu foco de interesse o hidrogênio verde, o sistema de armazenamento em bateria de lítio, a energia eólica offshore e o mercado regulador de carbono. O analista técnico destacou o papel crescente do uso dos ventos na matriz energética brasileira, que hoje representa a segunda fonte de energia mais usada, além de ser limpa, renovável e 80% nacionalizada. A ABEEólica fez um estudo do impacto econômico do uso da energia, revelando que cada R$ 1 investido na matriz eólica representa um retorno de R$ 3 para o PIB brasileiro. Coordenador do Laboratório de Combustíveis da UFPE, Florival Carvalho reforçou que, no panorama internacional das emissões, o Brasil se encontra em uma posição favorável em relação à energias renováveis. Dados da EPE (2021), mostram que o número de emissões de CO2 por pessoa, do país é de 2,1 toneladas por habitante, enquanto os EUA chegam a 13,8 toneladas e a China a 7,5. Tendo o país aumentado em 10% o uso das energias renováveis nos últimos 10 anos, o professor também enfatiza as condições desenvolvidas pelo país para produzir combustíveis a partir de biomassas, com possibilidades de gerar etanol, biodiesel, diesel verde e SAF (combustível sustentável de aviação), além de já ter a fonte eólica mais competitiva que os combustíveis fósseis. Em sua conclusão, a diretora da Coppe/UFRJ, Suzana Kahn, frisou a recomendação reforçada pelos demais palestrantes, de que o Brasil reforce suas instituições de planejamento energético e promova a integração entre as diversas matrizes energéticas. A professora também observou a importância das decisões sempre serem marcadas pela transparência, pois além da meta da descarbonização as definições de políticas repercutem na dinâmica de investimentos do setor de energia. Com informações da 5 CNTCI Assista à integra desta sessão da 5CNCTI: https://www.youtube.com/watch?v=mBYlRmj8eE4