Ricardo Galvão é confirmado como novo presidente do CNPq

Nessa terça-feira (17) o cientista Ricardo Galvão foi anunciando pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação como novo presidente do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. O órgão é responsável por financiar bolsas de pesquisas de graduação e pós-graduação superior. O anúncio formal foi realizado pela ministra da pasta, Luciana Santos, que apontou o reajuste das bolsas de pesquisa do CNPq como uma das prioridades do ministério. “Estamos fazendo um estudo junto com o ministro Camilo Santana já com a perspectiva de fazer um reajuste de bolsas, que estão congeladas há nove anos”, afirmou a ministra Luciana Santos. O cientista, que foi demitido por Jair Bolsonaro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) após apresentar os primeiros dados do desmatamento da Amazônia ocorrido durante aquela gestão, irá chefiar a área que é a principal agência de estímulo à pesquisa científica e de formação de pesquisadores nas mais diversas áreas do conhecimento, com mais de 80 mil bolsistas em universidades e institutos do país e no exterior. “Esse é mais um passo dado na reconstrução das instituições científica brasileiras. Galvão é reconhecido por seu incansável trabalho em defesa da Ciência e Tecnologia nacional. A nomeação além de acertada em razão da sua competência tem valor simbólico, pois no governo anterior Galvão foi destituído da sua função por combater o negacionismo e defender o trabalho do órgão na aferição de dados relativos ao desmatamento” afirmou o professor Ênio Pontes, diretor de Ciência e Tecnologia do PROIFES-Federação. “A reconstrução institucional do Brasil começou, os desafios são grandes, mas nossa vontade é maior” finalizou Ênio. Ricardo Galvão é formado em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense, no ano de 2019 foi escolhido como uma das dez pessoas mais importantes para a ciência pela revista Nature, uma das publicações científicas de maior prestígio no mundo. Em 2021, recebeu o Prêmio da Liberdade e Responsabilidade Científica da Associação Americana para o Avanço da Ciência. Galvão já atuou como diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e como presidente da Sociedade Brasileira de Física. Além disso, possui doutorado na área de física de plasmas pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets.

Lei que cria a Política Nacional de Educação Digital é sancionada

Na última semana o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou com vetos a Lei 14.533/23, que cria a Política Nacional de Educação Digital para promover a inclusão, a capacitação, a especialização, a pesquisa e a educação escolar digital. A nova lei estabelece a viabilização de politicas para o desenvolvimento de planos digitais para as redes de ensino, a formação de lideranças, a qualificação dos dirigentes escolares, a inclusão de mecanismos de avaliação externa da educação digital e o estabelecimento de metas concretas e mensuráveis na aplicação da política válidas para os ensinos público e privado. Além disso, o texto sancionado trás alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação fixando a educação digital como dever do Estado por meio da garantia de conectividade à internet de alta velocidade de todas as instituições públicas de ensinos básico e superior. No âmbito das relações entre ensino e aprendizagem digitais se espera a criação de técnicas, ferramentas e recursos digitais que criem espaços coletivos de mútuo desenvolvimento entre professores e alunos. “Aos poucos vamos retomando a normalidade institucional, que passa pelo reordenamento das políticas públicas. Esperamos que essa normalização avance, e que a Federação conquiste espaços de diálogos em busca de melhorias no cenário educacional. Temos trabalhado nesse sentido e estamos aguardando retorno da solicitação de reunião com o ministério da Educação”, afirmou o vice-presidente do PROIFES-Federação, Wellington Duarte. Vetos Foram vetados três dispositivos do texto, o primeiro dispositivo previa a inclusão da educação digital (computação, programação, robótica) no currículo do ensino fundamental e médio. O segundo exclui trecho que garantia prioridade de financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) aos programas de imersão de curta duração em técnicas e linguagens computacionais para estudantes matriculados em cursos da educação profissional, técnica e tecnológica. O terceiro veto retirou as alterações que seriam feitas na Lei do Livro para incluir na definição de livro as publicações digitais equiparadas ao livro físico. No entendimento do governo, esse tema precisa ser debatido de forma mais ampla pelo Parlamento.

Proifes e Adufg participam de posse das Ministras Anielle Franco e Sonia Guajajara

O ato conjunto foi realizado no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Representantes do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) e do PROIFES-Federação acompanharam nesta quarta-feira (11/01) a cerimônia de posse das ministras Anielle Franco, da Igualdade Racial, e Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas. O ato conjunto foi realizado no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Elas foram as últimas ministras a tomar posse no governo. “São pastas extremamente importantes e, mais do que nunca, necessárias. Esperamos que Anielle Franco demonstre sua competência à frente do Ministério da Igualdade Social e trabalhe ativamente para implementação de políticas destinadas a superar as desigualdades raciais no Brasil. Na educação, esperamos o fortalecimento e efetividade das Leis de Cotas no Ensino Superior, na Pós Graduação e no Serviço Público”, diz o diretor administrativo do Adufg e tesoureiro do PROIFES Federação, professor Flávio Silva. A diretora de Assuntos Interinstitucionais da entidade, professora Geovana Reis, também esteve presente. “Emocionante acompanhar a posse da ministra Sonia Guajajara, no Ministério dos Povos Indígenas. Trata-se de uma pasta inédita e histórica, extremamente necessária para tratar com respeito os povos originários. A ancestralidade finalmente está sendo reconhecida”, ressalta. Também foi nomeada como secretária de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, a coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), Iêda Leal de Souza. “Muito feliz com essa nomeação. Iêda é uma mulher lutadora, uma grande referência para todos nós”, afirma a professora Geovana. Destruição A última leva de posses de ministros do novo governo Lula estava marcada para segunda e terça-feira, mas precisou ser adiada para esta quarta em razão dos atos terroristas de golpistas no último domingo. Presentes para a posse, os diretores presenciaram um cenário de destruição no Palácio do Planalto. “Uma grande tristeza andar pelos espaços e ver o que os golpistas fizeram por aqui. Um grande prejuízo ao patrimônio público. Vendo de perto, é ainda mais triste. Por isso, reforçamos que é preciso que sejam responsabilizados quem organizou, financiou, participou e foi omisso na contenção dos atos. Esperamos uma resposta rígida das autoridades eleitas e constituídas a partir de um processo democrático”, finaliza o professor Flávio.